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Estado de Minas

'S� houve escravid�o porque �ndio n�o gosta de trabalhar', diz procurador do Par�

Afirma��o foi feita durante palestra a estudantes de direito; Minist�rio P�blico diz que declara��o reflete 'apenas opini�o pessoal do membro da institui��o'


27/11/2019 12:13 - atualizado 27/11/2019 12:51
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(foto: Divulga��o/ MPPA)

�udio
vazado nas redes sociais mostra o ouvidor-geral do Minist�rio P�blico do Par�, procurador de Justi�a Ricardo Albuquerque da Silva, dizendo que houve escravid�o de negros no Brasil porque "o �ndio n�o gosta de trabalhar".

"Se voc� for ver sua fam�lia duzentos atr�s, nenhum de n�s trouxe um navio cheio de pessoas da �frica para ser escravizado aqui no Brasil", diz o procurador. "E n�o esque�am - voc�s devem ter estudado Hist�ria - que o problema da escravid�o no Brasil foi porque o �ndio n�o gosta de trabalhar. At� hoje", afirmou Albuquerque da Silva.

O �udio foi gravado durante palestra do procurador a estudantes de Direito de uma faculdade particular de Bel�m. O tema da conversa era uma compara��o entre o Minist�rio P�blico brasileiro e seu cong�nere nos Estados Unidos.

No �udio, ele d� argumentos para o coment�rio pol�mico. "O �ndio preferia morrer do que cavar mina, do que plantar para os portugueses. E por isso que foram buscar pessoas nas tribos da �frica para vir substituir a m�o de obra do �ndio no Brasil."

Por meio de nota, Ricardo Albuquerque da Silva disse que o �udio � "tendencioso", foi retirado de seu contexto e a pessoa que divulgou o material agiu "de forma sub-rept�cia". "O assunto era o Minist�rio P�blico como institui��o e n�o tinha como escopo a an�lise de etnias ou nenhum outro movimento dessa natureza."

O Minist�rio P�blico no Estado repudiou as afirma��es de Albuquerque e disse que elas "refletem t�o somente a opini�o pessoal do referido membro da institui��o".

"O Minist�rio P�blico do Par� tem trabalhado para assegurar a implementa��o de pol�ticas p�blicas para garantir �s popula��es negras e ind�genas a efetiva��o da igualdade de oportunidades", disse, em nota, a Procuradoria de Justi�a do Estado.

Confira a �ntegra da nota do MP

"O Minist�rio P�blico do Estado do Par� repudia o teor do �udio que circula nas redes sociais onde constam manifesta��es do Procurador de Justi�a Ricardo Albuquerque da Silva referentes � quest�o racial de negros e �ndios, cujo teor reflete t�o somente a opini�o pessoal do referido membro da institui��o. Em rela��o � quest�o racial, o MPPA tem trabalhado para assegurar a implementa��o de pol�ticas p�blicas para garantir �s popula��es negras e ind�genas a efetiva��o da igualdade de oportunidades. No �ltimo dia 20 a institui��o promoveu evento em alus�o ao Dia da Consci�ncia Negra, que reuniu ONGs e a sociedade civil num debate sobre discrimina��o racial e religiosa no Brasil. O �rg�o tamb�m vem implementado pol�ticas afirmativas no �mbito da pr�pria institui��o como, por exemplo, a decis�o do Col�gio de Procuradores de Justi�a (CPJ), em abril deste ano, de incluir cotas para estudantes quilombolas e ind�genas nas sele��es de estagi�rios de n�vel superior realizadas pela institui��o. Nesse sentido a institui��o tamb�m tem fiscalizado e cobrado a��es afirmativas, fiscalizando os programas e medidas especiais adotados pelo Estado e pela iniciativa privada para a corre��o das desigualdades raciais e para a promo��o da igualdade de oportunidades. Finalmente, este �rg�o reafirma n�o compactuar com qualquer ato de preconceito ou discrimina��o a grupos vulner�veis da sociedade."

Confira, tamb�m a nota do procurador

"O procurador de Justi�a Ricardo Albuquerque esclarece que proferiu palestra nesta ter�a-feira, 26, a estudantes do curso de direito de uma faculdade particular de Bel�m a respeito das atribui��es do Minist�rio P�blico. Nesse ambiente acad�mico no qual ideias e valores s�o expressos de maneira livre e sem preconceito algum, estava se discutindo a atua��o do MP brasileiro em compara��o com o seu equivalente nos Estados Unidos, onde l�, quem defende direitos civis s�o as ONGs. O �udio que est� sendo veiculado tendenciosamente nas redes sociais foi divulgado fora de seu contexto, uma vez que o assunto era o Minist�rio P�blico como institui��o e n�o tinha como escopo a an�lise de etnias ou nenhum outro movimento dessa natureza. Em v�rios momentos da palestra, inclusive no trecho do �udio divulgado, ficou clara a afirma��o de que todos s�o iguais perante a lei, tanto isso � verdade que o �udio veiculado conclui que n�o houve a viola��o do direito de nenhum grupo. Depois de falar por aproximadamente uma hora e 20 minutos, o procurador de justi�a disponibilizou a palavra aos presentes para que, num ambiente acad�mico, respondesse a cr�ticas, coment�rios ou curiosidades, lamentando que o divulgador ao inv�s de mostrar sua discord�ncia de maneira dial�tica e leal, optou por, de maneira sub-rept�cia, tentar macular o bom nome de uma pessoa preocupada em contribuir com a dissemina��o do conhecimento de maneira imparcial."


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