Em live na noite dessa quinta-feira (28), o presidente Jair Bolsonaro ironizou as doa��es que o ator e ativista Leonardo DiCaprio teria realizado em prol de uma ONG’s ambiental. A organiza��o seria a mesma, segundo Bolsonaro, respons�vel por inc�ndios criminosos na Amaz�nia. O chefe do Executivo tamb�m voltou a criticar ONGs ambientalistas, refor�ando uma poss�vel autoria por parte delas nas queimadas. Para basear os coment�rios, ele citou a pris�o preventiva dos quatro brigadistas da organiza��o Brigadas de Alter do Ch�o do Par�, acusados de serem os respons�veis por queimadas no m�s de setembro.
“Primeiro me atacaram na quest�o de derrubada na Amaz�nia. Depois vieram as queimadas, me acusaram de ser conivente. Falei que suspeitava de ONG's, pronto. A imprensa comendo meu f�gado pelo Brasil, disseram que era irresponsabilidade... Bem, a casa caiu”, disparou o chefe do Executivo.
E emendou: “Uma ONG contratou 70 mil por uma foto de queimadas. Ent�o o que o pessoal da ONG fez? O que � mais f�cil? Tocar fogo, tira foto, filma, a ONG divulga, faz campanha contra o Brasil, entra em contato com Leonardo DiCaprio e ele doa 500 mil d�lares para essa ONG. Uma parte foi para o pessoal que estava tacando fogo. � Leonardo, voc� est� colaborando com a queimada na amaz�nia, assim n�o d�”, disparou Bolsonaro. Mais cedo, o filho nº 02, o deputado federal Eduardo Bolsonaro fez coment�rios semelhantes.
Bolsonaro ainda pediu que n�o sejam feitas doa��es �s organiza��es. “N�o doe dinheiro para ONG, acabe com essa hist�ria. N�o est�o l� para preservar o meio ambiente, est�o l� em causa pr�pria. Estava circulando uma foto dos quatro ongueiros parece que � verdadeiro, n�o tenho certeza. Os caras vivendo em lux�ria de fazer inveja para qualquer trilion�rio e ganhando a vida como? Tacando fogo na Amaz�nia! Grande jogada. Taca fogo na Amaz�nia, divulga as imagens e ganha um dinheirinho do Leonardo DiCaprio. � DiCaprio pisou na bola, hein?P elo amor de Deus”, reiterou o presidente.
Carne mais cara
Sobre a alta do pre�o da carne, o presidente da Rep�blica afirmou “lamentar” e que dentro de tr�s a quatro meses os pre�os devem voltar � normalidade. “O pessoal est� reclamando do pre�o da carne. Com raz�o. Subiu. Na nossa andan�a pelo mundo, o mundo come�ou a comprar da gente. Est� faltando. Come�a a vender mais, est� faltando na prateleira. Infelizmente, isso acontece. Eu n�o posso querer tabelar o pre�o da carne, congelar. N�o posso. N�o vou fazer isso da�. A nossa pol�tica � de mercado aberto”, afirmou.
O chefe do Executivo indicou que a expectativa � de que os pre�os caiam nos pr�ximos meses. “Conversei hoje com a ministra Tereza Cristina [Agricultura], ela acha que daqui a tr�s, quatro meses, volta � normalidade. Porque o pecuarista est� buscando meios de aumentar a produtividade”, explicou.
“N�o podemos tomar medidas aqui que n�o deram certo em nenhum lugar do mundo: tabelamento de pre�o, obrigar a exportar menos para abastecer o mercado interno. Aqui � livre concorrencia. Daqui a pouco volta ao normal. Lamento a�”.
Excludente de ilicitude
Bolsonaro tamb�m comentou que o objetivo do decreto que assinou para encaminhar a proposta de excludente de ilicitude em caso de Garantia da Lei e da Ordem (GLO) � o de garantir a seguran�a dos policiais e agentes das For�as Armadas que estiverem “entrando em territ�rios onde o terrorismo est� instalado”. Ele defendeu que o projeto de lei n�o tem por tr�s uma inten��o de conten��o de manifesta��es "na base da bala".
"Se um governador entende que tem que mandar uma For�a [de Seguran�a Nacional] para l�, eles est�o indo num ambiente onde praticamente o terrorismo est� instalado, pessoal queima �nibus, atenta contra a vida de inocentes, depreda patrim�nio p�blico e privado, taca fogo em �nibus" disse o presidente.
E criticou: “O pessoal acha que as For�as Armadas t�m que chegar com rosas, soltando beijinhos, a GLO n�o � uma a��o social”, disse. “Se o lado de l� tiver um comportamento hostil pode receber tiro do lado de c�. […] Se o pessoal das for�as de seguran�a encontrar algu�m amea�ando v�timas, portando armas de forma ostensiva, pode o sniper atirar e ser condecorado por isso”.
O presidente ressaltou, no entanto, que a medida precisa ser aprovada pela C�mara e Senado.
“Se n�o passar tudo bem, eu entendo. Ningu�m quer matar ningu�m, mas se o cara t� armado, mete fogo nele. Tenho certeza que se for aprovado, assinou, o pessoal j� t� em casa, n�o vai mais ficar na rua portando uma arma de fogo ostensiva”, declarou.
� isso que estou pedindo. Essa deturpa��o que quero conter manifesta��es a base da bala � desinforma��o por parte de setores da m�dia, estamos cansados dos desmandos por parte da marginalidade. Vai passar pelo parlamento se Deus quiser”, concluiu.