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Estado de Minas POL�TICA

'Com Moro de vice, Bolsonaro ganha no primeiro turno', diz Luiz Eduardo Ramos

Ministro-chefe da Secretaria de Governo aprova uma alian�a entre Moro e Bolsonaro


postado em 02/12/2019 13:00 / atualizado em 02/12/2019 13:14

(foto: Marcos Corrêa/Presidência da República)
(foto: Marcos Corr�a/Presid�ncia da Rep�blica)
Articulador pol�tico do Pal�cio do Planalto, o ministro-chefe da Secretaria de Governo, Luiz Eduardo Ramos, avaliou que uma dobradinha entre o presidente Jair Bolsonaro e o ministro da Justi�a, S�rgio Moro, seria imbat�vel na disputa de 2022. "Eu falei para o presidente que, se hoje ele fosse tentar a reelei��o, com Moro de vice, ganhava no primeiro turno, disparado", afirmou Ramos ao jornal O Estado de S. Paulo, sem mencionar o atual vice, Hamilton Mour�o. O general disse, por�m, que Bolsonaro n�o enxerga essa possibilidade. "Ele n�o v� nada disso." Ex-juiz da Lava-Jato, Moro enfrenta resist�ncias para emplacar o pacote anticrime no Congresso e � alvo de questionamentos, mas ainda mant�m a popularidade e foi aplaudido de p�, no s�bado, 30, em show do cantor Roberto Carlos, em Curitiba.

O governo prepara uma reforma ministerial?

O presidente ficou um pouco contrariado com not�cias que sa�ram sobre isso. Ele brincou comigo: "Ramos, eu vi logo que era fake news porque seu nome n�o estava l� (entre as poss�veis mudan�as)".

Mas, nos �ltimos dias, muitos pediram, por exemplo, a cabe�a do ministro da Educa��o, Abraham Weintraub.

Quando acontece isso, a� � que ele n�o tira. Se o presidente tiver interesse em mudar, (ser�) no ano que vem... Agora � chance zero de isso ocorrer.

O "ano que vem" j� est� a�...

Eu digo mar�o, abril.

Mas o ministro Weintraub n�o exagera nas redes sociais?

Sim, mas... At� o general Fernando (Fernando Azevedo, ministro da Defesa) ficou chateado com aquela postagem do Dia da Rep�blica, que ele botou o Deodoro da Fonseca ao lado do presidente Lula (no Twitter, Weintraub chamou a Proclama��o da Rep�blica de "o primeiro golpe de Estado no Brasil"). Agora, ele tem de responder pelo que fala. Eu n�o posso falar nada. Tenho 72 mil seguidores, mas n�o ligo para esse bichinho aqui (aponta para o celular). Voc� tem de tomar cuidado com o que escreve e posta, porque pode cometer um erro grosseiro, ofender pessoas.

Essa situa��o preocupa?

Esquece o Weintraub. Estamos vivendo, gra�as a Deus (bate na mesa tr�s vezes), um momento feliz, de muita serenidade nas m�dias sociais.

Sem o vereador Carlos Bolsonaro (PSC-RJ) nas redes...

Voc�s � que falaram, n�o fui eu. N�o estou dizendo que o Carlos est� fora, nada disso.

� uma coincid�ncia?

Eu n�o sei.

O governo adiou o envio da proposta de reforma administrativa ao Congresso por medo de protestos de rua?

N�o. O Paulo Guedes (ministro da Economia) ficou chateado, mas o presidente achou que este projeto agora ia dar ru�do. Havia coisas que iam bater no Judici�rio e ficaram algumas pontas soltas. A reforma ser� apresentada com melhoramentos.

Por que o pacote anticrime do ministro da Justi�a, S�rgio Moro, n�o avan�ou no Congresso?

Eu acho que n�o correspondeu ao clamor da sociedade. Mas o ministro Moro tem raz�o. Eu, por exemplo, tive um sobrinho de 31 anos assassinado numa saidinha de banco, no Rio. Agora teve um sargento assassinado porque o bandido queria o celular.

O ministro Moro poder� ser vice numa chapa liderada pelo presidente Bolsonaro, em 2022?

Eu falei para o presidente que, se hoje ele fosse tentar a reelei��o, com Moro de vice, ganhava no primeiro turno, disparado. Mas o presidente n�o v� isso como uma possibilidade. Mas n�o v� porque n�o v� nada disso (risos). Seria importante ele ter, sim, um novo mandato para arrumar a casa. Sinceramente, em quatro anos n�o d� para consertar tudo.

O ex-presidente Lula ainda pode ser o principal advers�rio de Bolsonaro, caso volte a ficar eleg�vel?

U�, mas ele n�o foi condenado de novo? Pergunta dif�cil, mas eu acho que n�o. Lula saiu com muito �dio (da pris�o). Passou do ponto.

O que o sr. acha de propostas que tramitam no Congresso para retomar a pris�o ap�s condena��o em segunda inst�ncia?

Sou da opini�o do ministro Moro: � necess�rio retomar a segunda inst�ncia para a seguran�a p�blica e a jur�dica. Temos o sentimento de impunidade pela quantidade de recursos que existem. Esquece o presidente Lula. Vamos falar de traficantes, assassinos... Olha o tanto de gente que foi solta.

O Supremo Tribunal errou?

N�o. S� que tomou uma decis�o, em 2018, de manter a segunda inst�ncia e, um ano depois, mudou. Quem � que mudou o voto ali? Rosa Weber. O que houve? Press�o? N�o sei.

O presidente corre o risco de n�o conseguir aprovar no Tribunal Superior Eleitoral a Alian�a pelo Brasil a tempo de o novo partido disputar as elei��es municipais. Isso n�o pode prejudicar o projeto de reelei��o?

� muito cedo para tra�ar qualquer quadro. O partido pode n�o concorrer (em 2020), mas isso n�o quer dizer que o presidente n�o possa ter candidato na elei��o nem que esse nome n�o possa mudar para a Alian�a depois. N�o fa�am uma leitura equivocada de um craque na pol�tica. Prefeito pode mudar de partido.

E quem ele vai apoiar em S�o Paulo?

S� acho que n�o vai apoiar a Joice Hasselmann (deputada do PSL e ex-l�der do governo no Congresso), pelo que houve. � dedu��o minha, porque em pol�tica acontece muita coisa.

Em recente reuni�o, deputados do Centr�o amea�aram travar vota��es, caso o governo n�o pagasse emendas nem liberasse cargos. Como resolver isso?

J� resolvemos, gra�as a Deus. Confesso que, no dia dessa reuni�o, havia um d�ficit e n�o sab�amos como resolver. Diziam assim: "O senhor n�o pode ir l�. Vai enfrentar os le�es do Centr�o?". Eu respondi: "Qual � o problema? Participei de negocia��o no Haiti, Copa, Olimp�ada, pancadaria. Ningu�m vai bater em mim". Logo depois, o presidente determinou que o Paulo Guedes desse uma solu��o, com R$ 2 bilh�es para a C�mara e R$ 400 milh�es para o Senado. At� o fim do m�s, cada parlamentar receber� os seus R$ 20 milh�es em emendas para sua base eleitoral.

E isso n�o � toma l�, d� c�?

Espera a�. No in�cio do governo foi dito que, para esse ano, ter�amos a reforma da Previd�ncia e outras pautas. Ent�o, houve esse acordo. O deputado do Paran�, por exemplo, foi eleito por causa de munic�pios, que exigem dele recursos para hospitais, col�gios, etc. Se no passado isso permitia desvio, � outra coisa. N�s exigimos projeto. Agora, s� v�o votar se der o dinheiro? Eu acho que n�o. Na MP 890 (que instituiu o programa M�dicos pelo Brasil) houve mesmo um pouco de press�o. Faz parte. A democracia � assim.

Mas h� fogo amigo na rela��o entre o sr. e o ministro da Casa Civil, Onyx Lorenzoni, por causa da articula��o pol�tica.

N�o existe fogo amigo entre mim e Onyx. Esquece. Eu gosto muito do Onyx e estou dando continuidade ao excepcional trabalho realizado por ele. Peguei um trem em movimento. N�o sei quem � que faz a intriga, mas o meu setor n�o �.

O governo vai agora apoiar a abertura de cassinos no Pa�s?

O presidente disse que tem de debater a ideia com a sociedade, com os evang�licos. Uma coisa � abrir um cassino em Bras�lia, que n�o faz sentido. Outra � na Amaz�nia, em uma �rea que precisa se desenvolver, como foi feito em Atlantic City ou Las Vegas (EUA). Mas � preciso ver os efeitos colaterais, as poss�veis associa��es com drogas, contraven��es.

As informa��es s�o do jornal O Estado de S. Paulo.


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