Fl�vio Bolsonaro: parentes da ex-mulher do meu pai eram, sim, meus assessores

Em v�deo publicado no YouTube nesta quinta-feira, 19, o senador Fl�vio Bolsonaro (sem partido-RJ), filho do presidente Jair Bolsonaro, disse que os parentes de Ana Cristina Siqueira Valle cujos endere�os foram alvos nesta quarta-feira, 18, de mandados de busca e apreens�o no contexto de uma investiga��o do Minist�rio P�blico do Rio (MP-RJ) trabalharam de fato como seus ex-assessores. Ana Cristina � ex-mulher do presidente Jair Bolsonaro.

"As pessoas trabalhavam em Resende, e como era uma dist�ncia longa da cidade at� o meu gabinete, trabalhavam l�. Todo pol�tico tem isso. Nem sempre os assessores ficam dentro do gabinete", argumentou o senador. Para o MP, h� ind�cios de que estes ex-assessores poderiam ser funcion�rios-fantasmas do gabinete de Fl�vio, ent�o deputado estadual na Assembleia Legislativa do Rio de Janeiro (Alerj).

Apartamentos

No v�deo, o senador se defendeu das suspeitas levantadas pelo MP-RJ de que teria lavado dinheiro obtido por meio de suposta pr�tica de "rachadinha" comprando dois apartamentos em Copacabana, no Rio. A opera��o envolve R$ 638,4 mil.

"S� porque consegui comprar um apartamento num pre�o bom, estou lavando dinheiro? S�o duas quitinetes que eu comprei, de 29 m2, sem vaga na garagem, 'cacarecadas', em Copacabana. Comprei de um grupo de investidores americanos que estava saindo do Brasil e eles me ofereceram tr�s im�veis. Como eu n�o tinha dinheiro, eu comprei s� dois", disse o senador. "� �bvio que eu consegui um pre�o melhor porque eram dois im�veis dos mesmos vendedores. Eu tenho que comprar mais caro para n�o ter suspeita? Que loucura � essa?" questionou.

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Segundo Fl�vio, as acusa��es do MP fazem parte de uma "persegui��o absurda do Rio de Janeiro em cima de mim porque querem me atingir para tentar atingir o presidente da Rep�blica", Jair Bolsonaro, de quem � filho. O senador tamb�m disse que tem um patrim�nio "muito menor" do que afirmaria o MP, de R$ 9 milh�es. No entanto, o parlamentar n�o citou valores.

Boleto

Sobre a afirma��o do MP de que o policial militar Diego Sodr� de Castro Ambr�sio teria pago um boleto de R$ 16.564,81 emitido em nome da esposa do senador, Fernanda Bolsonaro, o parlamentar disse que Diego, que � seu amigo, teria pago o boleto porque "o banco j� tinha fechado e eu n�o tinha aplicativo no telefone na �poca". O boleto � referente a uma parcela de um apartamento. O valor do pagamento n�o foi mencionado pelo senador no v�deo publicado.

"Qual o problema nisso? A� v�o cruzar as informa��es dos dep�sitos banc�rios... Como ele Diego � um pequeno empres�rio bem-sucedido, comprava produtos na minha loja no final do ano para dar de presente para os seus clientes", disse Fl�vio, em refer�ncia � loja de chocolates da qual � s�cio em um shopping center na Barra da Tijuca, no Rio e Janeiro.