
O recente estudo Tr�s D�cadas de Evolu��o do Funcionalismo P�blico no Brasil, divulgado pelo Instituto de Pesquisa Econ�mica Aplicada (Ipea), mostra que o funcionalismo p�blico cresceu 123% no Brasil de 1986 a 2017, de 5,1 milh�es para 11,4 milh�es — no mesmo per�odo, o setor privado teve alta de 95%.
De acordo com o levantamento, s� em 2017, o pa�s gastou R$ 750,9 bilh�es com o pagamento de servidores ativos, o que corresponde a 10,5% do Produto Interno Bruto (PIB).
O pesquisador F�lix Lopez, respons�vel pelo estudo, destaca que a m�dia dos sal�rios dos federais � de R$ 7 mil; dos estaduais, em torno de R$ 3 mil; e dos municipais, de R$ 2 mil. Ou seja, em 2017 persistia a discrep�ncia na remunera��o dos tr�s n�veis federativos.
Apesar de representarem 60% do setor p�blico, os municipais ganhavam, em m�dia, tr�s vezes menos que os federais. Dos servidores nos munic�pios, 40% est�o nas �reas de educa��o e sa�de.
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A Frente Parlamentar Mista em Defesa do Servi�o P�blico, com base em dados do pr�prio Minist�rio da Economia, nega “o mito de que o Estado � intrinsecamente ineficiente”.
O estudo Reforma Administrativa do Governo – contornos, mitos e alternativas destaca que a Previd�ncia, que contava com 18,9 milh�es de benefici�rios em 2002, passou para 30,9 milh�es em 2018. O BPC (Benef�cio de Presta��o Continuada) saltou de 2,3 milh�es para 4,6 milh�es, no per�odo. Os procedimentos ambulatoriais do SUS chegaram a 3,8 bilh�es em 2013, contra 1,8 bilh�o em 2002. As matr�culas na educa��o profissional, de n�vel m�dio, subiram de 279 mil em 2002 para 1,8 milh�o em 2018. “Dessa discuss�o, n�o se depreende que fazer mais com menos n�o seja importante, como, ali�s, em v�rias �reas se faz mais com a mesma quantidade de servidores p�blicos”, assinala a Frente.