
As declara��es de Bolsonaro sugerem uma posi��o contr�ria ao recomendado pela diplomacia internacional em uma crise deflagrada entre Estados Unidos e Ir�. A rela��o foi ainda mais escancarada depois que o Minist�rio das Rela��es Exteriores se posicionou. “Ao tomar conhecimento das a��es conduzidas pelos EUA nos �ltimos dias no Iraque, o governo brasileiro manifesta seu apoio � luta contra o flagelo do terrorismo e reitera que essa luta requer a coopera��o de toda a comunidade internacional sem que se busque qualquer justificativa ou relativiza��o para o terrorismo”, comunicou.
O Itamaraty ressalta, ainda, que acompanha “com aten��o” os desdobramentos da a��o no Iraque e refor�a que condena “igualmente” os ataques � embaixada dos EUA em Bagd�, ocorridos nos �ltimos dias. “E apela ao respeito da Conven��o de Viena e � integridade dos agentes diplom�ticos norte-americanos reconhecidos pelo governo do Iraque presentes naquele pa�s”, informou.
O posicionamento pegou de supet�o e preocupou conselheiros oriundos das For�as Armadas do alto ao m�dio escal�o do governo. “Diplomacia tem que ser pautada pela serenidade e isen��o total. Ao tomar essa posi��o, corremos v�rios riscos”, ponderou um assessor. Outro interlocutor, entretanto, considera que h� espa�o para mudar o tom e adotar um tom pragm�tico. Ele n�o considera muitos riscos, ao menos n�o em termos de conflito armado. “Nossa situa��o em termos de localiza��o geogr�fica, nesse caso, � privilegiada, estamos fora da zona de a��o”, sustentou.
O analista pol�tico e especialista em rela��es exteriores Ricardo Mendes, s�cio-diretor da Prospectiva, concorda com a vis�o de ado��o do pragmatismo. “Apesar dos posicionamentos, n�o acredito que o Brasil tomar� partido. N�o creio que tenha condi��o para isso”, frisou. “S�o interesses contr�rios aos militares, a �rea agr�cola e econ�mica. N�o interessa a ningu�m. Creio que o pa�s deve se manter neutro, e Bolsonaro vai voltar atr�s”, acredita.
Em entrevista, nesta sexta-feira (3/1), ao programa Brasil Urgente, da TV Bandeirantes, Bolsonaro disse que o governo � favor�vel a qualquer medida que combata o terrorismo no mundo. “A nossa posi��o � de nos aliarmos a qualquer pa�s no mundo no combate ao terrorismo. N�s sabemos, em grande parte, o que o Ir� representa para os seus vizinhos e para o mundo”, frisou. “A vida pregressa dele (Qasem Soleimani) era voltada, em grande parte, para o terrorismo. Nossa posi��o aqui no Brasil � bem simples: tudo que pudermos fazer para combater o terrorismo, n�s faremos.”
Embaixada aconselha cautela
A Embaixada do Brasil em Bagd�, no Iraque, recomendou, nesta sexta-feira (3/1), que n�o sejam feitas viagens ao pa�s devido ao “quadro de incertezas e especula��es”, ap�s a��o militar dos Estados Unidos que matou o general iraniano Qasem Soleimani.
Alerta publicado no site da embaixada tamb�m afirma que brasileiros que estiverem no Iraque devem “evitar as �reas de conflitos e agir com extrema cautela, sobretudo em lugares com grande concentra��o de pessoas”. O governo brasileiro ainda recomenda que esses brasileiros mantenham “contato regular” com a Embaixada.
A representa��o brasileira ainda alerta para que not�cias sobre a situa��o pol�tica no pa�s sejam monitoradas por fontes confi�veis. “No atual quadro de incertezas e especula��es, a Embaixada do Brasil recomenda aos portadores de passaporte brasileiro que monitorem as not�cias por meio de fontes confi�veis, evitando tomar decis�es baseadas em rumores e especula��es que, como sabemos, s�o comuns e se espalham rapidamente nessas horas de crise.”
“Entendemos as preocupa��es com rela��o � seguran�a de nossos compatriotas, e a Embaixada buscar� prestar, no momento adequado, a assist�ncia consular cab�vel e poss�vel, dentro dos recursos humanos e financeiros dispon�veis”, afirma a nota.
A Embaixada disponibilizou contatos em seu site para d�vidas. Tamb�m disse que formar� um grupo em aplicativo de mensagens para emerg�ncias. “� �til integrar esse grupo e informar outros brasileiros da sua exist�ncia. As mensagens enviadas ao grupo devem se limitar a quest�es urgentes, relativas � atual situa��o e procedimentos a adotar”, diz o texto.
Em defesa da neutralidade
A press�o pela neutralidade n�o vir� apenas de n�cleos do pr�prio governo, mas, tamb�m, de aliados no Congresso. O presidente da Comiss�o de Rela��es Exteriores do Senado, Nelsinho Trad (PSD-MS), sugeriu que o Brasil se mantenha em cima do muro em rela��o ao conflito. O senador lembrou que, historicamente, o pa�s � considerado pac�fico. “E, assim, deve continuar. H� uma celeuma estabelecida entre Ir� e Estados Unidos. O Brasil tem de pesar e torcer para que isso seja exaurido no mais curto espa�o de tempo”, defendeu. “Al�m disso, em um conflito vindouro, poder� sobrar para pa�ses aliados de um ou de outro, e acho que o Brasil n�o deve se envolver ou tecer coment�rios”, recomendou.
O parlamentar analisa, ainda, que o Brasil n�o tem “tamanho” para entrar na briga. “Temos de observar e torcer por um entendimento e para a paz”, opinou. “Uma guerra n�o � boa para nenhum dos lados. Se algo assim vier a acontecer, teremos de observar as consequ�ncias nas rela��es comerciais que temos e que ser�o afetadas”, ressaltou. “O pre�o do barril de petr�leo, por exemplo, j� disparou. N�o devemos entrar no pormenor de quem fez o que. � melhor a gente n�o se envolver”, insistiu.
A tomada de posi��o de um lado pode trazer consequ�ncias negativas para o Brasil, sobretudo se mantiver uma pol�tica de alinhamento incondicional aos Estados Unidos, alertou o professor Juliano da Silva Cortinhas, do Instituto de Rela��es Internacionais da Universidade de Bras�lia (UnB). “Sempre que eles entram em confronto, voltam suas aten��es para o problema e nos esquecem. Se acontece em um momento de alinhamento autom�tico, nosso aliado principal deixa de nos dar aten��o”, destacou. “Mas, se nossa pol�tica internacional for pragm�tica, pode ser um momento estrat�gico para viabilizar novas possibilidades”, sustentou.
Heleno: “Vamos observar”
O general Augusto Heleno, ministro do Gabinete de Seguran�a Institucional (GSI), disse ao Correio que conversou com o presidente Jair Bolsonaro sobre a crise entre os Estados Unidos e o Ir�. Ele afirmou que considera “delicada” a situa��o e destaca que o momento � o de aguardar: “N�o � uma situa��o em que possamos estabelecer com anteced�ncia tudo o que vai acontecer. Por isso que digo: vamos olhar. Mais do que falar, opinar. Vamos olhar, vamos prestar aten��o”. O ministro afirmou que os acontecimentos ainda est�o “muito no in�cio”. “O presidente e eu conversamos muito. Sou seguran�a internacional, n�o tenho pretens�o de ser conselheiro, mas converso com ele, e a gente discute. Por enquanto, a ideia � a gente ficar observando. Acabei de receber um documento, vou estudar para conversar com ele e, por enquanto, a ideia � a gente ficar observando.”
Preocupa��o com alta do petr�leo
O presidente Jair Bolsonaro convocou uma reuni�o para a pr�xima segunda-feira, com o objetivo de debater com o presidente da Petrobras, Roberto Castello Branco, e com ministros e t�cnicos da �rea econ�mica os impactos da alta do pre�o do barril de petr�leo no mercado interno. Diante da perspectiva de alta da commodity e do d�lar — dois insumos da pol�tica de reajuste de pre�os da estatal —, a ideia � discutir medidas para atenuar impactos que o conflito entre Ir� e Estados Unidos podem provocar no pre�o da gasolina e do �leo diesel ao consumidor. A inten��o do chefe do Executivo � incentivar a abertura do mercado de combust�veis. Ele promete n�o intervir na autonomia da empresa p�blica.
A reuni�o ter� a presen�a de ministros e t�cnicos da Petrobras e da �rea econ�mica do governo. Bolsonaro garante, contudo, que o encontro � para discutir o diagn�stico sobre o cen�rio internacional e eventuais medidas para mitigar os efeitos da alta do d�lar, que subiu, nesta sexta-feira (3/1), 0,74%, e do pre�o do barril de petr�leo do tipo Brent, que avan�ou 3,64%, na composi��o do reajuste que, em breve, deve ser anunciado pela empresa p�blica.
Bolsonaro sustenta que n�o h� qualquer inten��o em intervir na pol�tica de pre�os da estatal, ainda que assessores pr�ximos do presidente n�o descartem a possibilidade, sobretudo se a tens�o entre Ir� e Estados Unidos for duradoura. “N�s optamos por isso e n�o vamos interferir. Agora, sabemos o quanto isso impacta toda a nossa economia, cujo produto final, gasolina e diesel, j� est� bastante alto. O povo quer que diminua o pre�o do combust�vel, com raz�o, mas n�o podemos tabelar”, declarou o comandante do Planalto, em entrevista ao programa Brasil Urgente, da TV Bandeirantes.
Adiamento
A posi��o encontra alinhamento com a Petrobras. Em nota, a empresa informou, nesta sexta-feira (3/1), que seguir� acompanhando o mercado e decidir� “oportunamente” sobre os pr�ximos ajustes nos pre�os. Ressaltou, contudo, que n�o h� “periodicidade pr�-definida” para a aplica��o de reajustes. Ou seja, ainda � incerto quando ser�o corrigidos os custos da gasolina e do diesel nas refinarias, mas, a depender da continuidade da oscila��o do d�lar e do petr�leo, o ajuste vir�.
O governo espera, assim, estar preparado para discutir a��es capazes de atenuar os impactos. Estar�o na mesa do governo o debate sobre a eleva��o da importa��o de gasolina e diesel, bem como a venda de refinarias da Petrobras, que det�m 13 das 17 em funcionamento no pa�s. Em 2019, foram anunciadas oito delas, que devem ser leiloadas este ano. O objetivo � apresentar ao consumidor um meio-termo que n�o aponte para a interven��o ou o tabelamento. “Vou conversar com quem entende. O Brasil est� dando certo porque n�o meto o bedelho em tudo, busco informa��es. (...) J� fizemos no passado a pol�tica de tabelamento e n�o deu certo. Na quest�o de combust�vel, temos de quebrar monop�lios”, ressaltou.
Corte no ICMS
Uma alta mais acentuada no pre�o do petr�leo poderia ser compensada no mercado dom�stico por redu��es na al�quota do Imposto sobre Circula��o de Mercadorias e Servi�os (ICMS) de combust�vel, sugeriu, nesta sexta-feira (3/1), o presidente Jair Bolsonaro. “A gente apela para governadores. Vamos supor que aumente 20% o pre�o do petr�leo, vai aumentar em 20% o pre�o do ICMS. N�o d� para uns governadores cederem um pouco nisso tamb�m? Porque todo mundo perde. Quando voc� mexe em combust�vel, toda a nossa economia � afetada”, declarou. O ICMS � um imposto estadual e representa, em m�dia, um ter�o do custo final dos combust�veis. Pela legisla��o atual, cada estado define sua al�quota de ICMS sobre os combust�veis. O imposto estadual incide sobre o pre�o m�dio de cada combust�vel — valor atualizado pelo Conselho Nacional de Pol�tica Fazend�ria (Confaz).
Possibilidade de interven��o
Por mais que o presidente Jair Bolsonaro diga o contr�rio, a probabilidade de ele n�o intervir na pol�tica de reajuste da Petrobras � baixa, a depender do tempo de dura��o da crise entre Estados Unidos e Ir�. E esse � um cen�rio prov�vel na avalia��o do economista Cl�udio Frischtak, presidente da Inter.B Consultoria Internacional. Para ele, o envio de tropas americanas para o Oriente M�dio refor�a uma escalada da tens�o. “� uma a��o que voc� sabe onde come�a, mas n�o sabe onde termina. Se eu tivesse que adivinhar, o presidente vai intervir caso as tens�es explodam, e o petr�leo suba abruptamente. N�o h� d�vida disso”, analisou.
O especialista considera, tamb�m, que a Petrobras ainda n�o tem completa autonomia para repassar o pre�o. “Principalmente para o diesel, que � o que realmente pesa mais. O que pode acontecer � ela repassar plenamente ou at� mais do que plenamente para a gasolina, e fazer um subs�dio cruzado para o diesel”, ponderou.
J� o coordenador-t�cnico do Instituto de Estudos Estrat�gicos de Petr�leo, G�s Natural e Biocombust�veis (Ineep), Rodrigo Le�o, apontou para outros desafios. O cen�rio projetado por ele sugere um ambiente complexo, com press�es exercidas por importadores e caminhoneiros, caso o pre�o do barril de petr�leo continue subindo. “Os importadores v�o pressionar por reajuste r�pido. Os caminhoneiros v�o pressionar para que n�o suba. A Petrobras ficar� no meio do caminho, mas a tend�ncia � de que optem pelo reajuste, resultando em uma queda de bra�o. A primeira coisa a ser feita � manter a calma”, destacou.
O governo, contudo, n�o prev� uma escalada da alta do pre�o do petr�leo. “H� poucas semanas (em setembro), tivemos um ataque de drones a refinarias na Ar�bia Saudita e houve um pequeno aumento do petr�leo. Conversei com o Castello Branco e ele acha que esse pico de reajuste, agora (nesta sexta-feira — 3/1), de aumento vai ser semelhante ao ocorrido no ataque dos drones. Ele acha que um pouco disso vai se acomodar”, justificou, numa refer�ncia ao presidente da Petrobras, Roberto Castello Branco.
Temor de disparada dos pre�os nas bombas
Os consumidores est�o apreensivos com uma poss�vel disparada dos pre�os da gasolina, caso a tens�o no Oriente M�dio se agrave e perdure por muito tempo. A crise na regi�o ganhou dimens�es inesperadas depois de um ataque a�reo feito pelos Estados Unidos ao aeroporto de Bagd�, no Iraque, que matou o major-general Qasem Soleimani, respons�vel pela crescente influ�ncia militar do Ir� no Oriente M�dio e um her�i entre muitos iranianos e xiitas da regi�o. Nesta sexta-feira (3/1), o pre�o do barril do petr�leo tipo Brent avan�ou 3,64%.
Segundo o presidente do Sindicato do Com�rcio Varejista de Combust�veis e de Lubrificantes do Distrito Federal (Sindicombust�veis-DF), Paulo Tavares, as promo��es que os postos est�o realizando pode ser derrubada com o poss�vel aumento nas refinarias. Ele avisou que, se os pre�os aumentarem, n�o haver� alternativa aos postos sen�o repassar a alta para os consumidores. Tavares disse que o repasse poder� ser mais r�pido, porque os estoques dos postos est�o acabando. Assim, se o combust�vel que chegar j� vier com aumento, os motoristas devem preparar o bolso.
Tavares espera que o governo fa�a jus ao prometido: atrelar o pre�o do barril �s varia��es da moeda americana n�o s� quando est� em alta. “O d�lar baixou e n�o houve nenhum movimento da parte do governo. J� s�o quase dois meses sem reajuste, sendo que o d�lar baixou para caramba”, destacou.
Ao longo do ano passado, a gasolina ficou, em m�dia, 4,85% mais cara nas bombas, segundo a Ag�ncia Nacional do Petr�leo (ANP). O litro do combust�vel subiu de R$ 4,34 no fim de 2018 para R$ 4,55 ao t�rmino de 2019. No entanto, o etanol teve eleva��o maior, com reajuste de 11,51% em 2019. A Petrobras n�o quis se pronunciar quanto � possibilidade de aumento do pre�o do barril nas refinarias.
Pesquisa
O consumidor brasiliense j� come�ou a correr aos postos para abastecer antes do poss�vel aumento. No DF, o menor pre�o pode ser encontrado a R$ 4,31, no Posto Petrolino, em Taguatinga Centro. J� os maiores est�o nos postos da Asa Norte, que vendem o litro da gasolina por R$ 4,49.
De quinta para sexta feira, alguns postos reduziram o pre�o do litro da gasolina na Asa Norte. O JarJour e o Petrobras, das quadras 206 e 208, abaixaram de R$ 4,49 para R$ 4,43. Os postos Petrobras das quadras 212 e 214 tamb�m fizeram o mesmo, de R$ 4,44 e R$ 4,43, respectivamente, para R$ 4,42.
A banc�ria Sonia Bonincontro, 67 anos, disse que o pre�o ficou bem mais alto nos �ltimos tempos. “Eu consumo dois tanques por m�s e isso acaba pesando muito no meu or�amento”, frisou. Ela destacou que em Bras�lia n�o se vive sem carro. “Pode ser que acabemos ficando presos em casa. Podemos at� tentar diminuir as sa�das ou organizar de alguma outra forma para n�o comprometer o or�amento.”
Ela acredita que com a crise entre os Estados Unidos e o Ir�, n�o s� o pre�o da gasolina vai subir, mas tamb�m o valor do botij�o de g�s. “Isso pode ter muita influ�ncia nos pre�os. Acho que vai refletir bastante.”
O engenheiro mec�nico Eduardo Valente, 65, sentiu o aumento do pre�o do diesel ao longo ano. “Em janeiro do ano passado, abasteci por R$ 3,20 o litro. Agora, est� quase R$ 4”, contou. Segundo ele, a sa�da para que o brasileiro pare de gastar com combust�vel s�o os carros el�tricos. “Na Inglaterra, a venda de carros el�tricos supera a venda a de carros por combust�o. Aqui no Brasil, a venda em massa nem come�ou. N�o sei se por falta de planejamento do governo ou por falta de interesse mesmo”, ressaltou. “L� fora, as empresas compram o carro el�trico por US$ 30 mil. Se o d�lar estiver a R$ 4 aqui, o carro sai por R$ 120 mil, mas vendem por mais de R$ 200 mil, para impedir que o povo tenha acesso e para que continuemos ref�ns dos pre�os enormes da gasolina”, criticou.
Viagens a Davos e �ndia
O presidente Jair Bolsonaro disse ainda que sua viagem � Su��a, onde participar� do F�rum Econ�mico Mundial de Davos, e � �ndia est�o confirmadas, mas que a repercuss�o da morte do general iraniano Qasem Soleimani, em a��o militar dos Estados Unidos em Bagd�, no Iraque, pode afetar a agenda de chefes de Estado. “A gente n�o sabe at� que ponto pode impactar tamb�m, n�o a minha viagem, mas as de todos os chefes de Estado para Davos, nessa quest�o. H� uma amea�a do Ir� de retalia��es e estamos aguardando. Por enquanto, est� mantida”, ressaltou.
As declara��es foram dadas no Hospital DF Star. Pela segunda vez no mesmo dia, o presidente visitou a primeira-dama, Michelle Bolsonaro, que est� em recupera��o, ap�s passar por cirurgia. Ela se submeteu a procedimentos para a troca da pr�tese de silicone e para corre��o de di�stase no m�sculo do abdome e de h�rnia umbilical.
O cirurgi�o respons�vel, R�gis Ramos, disse ainda que a primeira-dama est� bem e que sua recupera��o superou as expectativas. Os procedimentos duraram 4h30, e a previs�o de alta � para este s�bado (4/1).
*Estagi�rios sob a supervis�o de Cida Barbosa