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Estado de Minas POL�TICA

Unidade Popular, novo partido de esquerda brasileiro critica PT

De acordo com Leonardo P�ricles Roque, presidente nacional da sigla, Partido dos Trabalhadores (PT) provocou desemprego no pa�s


postado em 15/01/2020 07:11 / atualizado em 15/01/2020 08:15

Leonardo Péricles Roque, presidente nacional da sigla da Unidade Popular (UP)(foto: Marcos Vieira/EM/D.A Press - 21/03/17)
Leonardo P�ricles Roque, presidente nacional da sigla da Unidade Popular (UP) (foto: Marcos Vieira/EM/D.A Press - 21/03/17)

O mais recente partido a receber registro eleitoral, o Unidade Popular (UP) se define como "socialista" e faz cr�ticas a governos do PT. Segundo Leonardo P�ricles Roque, presidente nacional da sigla, quando chegou ao poder, o PT aumentou juros, provocou desemprego e se desligou das bases.

Ao jornal O Estado de S. Paulo, Roque disse que conseguiu coletar as assinaturas para a cria��o do UP ao participar de discuss�es em porta de f�bricas, favelas e pra�as p�blicas.

Por que criar um partido e n�o se juntar a um j� existente?

Nos �ltimos anos, v�rios setores de esquerda tomaram um caminho de evitar embates hist�ricos que, na nossa opini�o, s�o necess�rios. E a principal cr�tica � o que a gente chama de concilia��o de classes, que � propor conciliar interesses dos trabalhadores, do povo pobre, com os interesses dos bilion�rios, da classe dominante.

O que o UP defende?

A gente considera que � necess�rio romper o legado de um pa�s dependente de exporta��o, de commodities, que vem destruindo a ind�stria. Mesmo governos � esquerda implementaram pol�tica neoliberal.

Como enxerga a esquerda brasileira e o papel do PT?

Em rela��o ao ex-presidente Lula, inegavelmente � um nome da esquerda que tem for�a no Pa�s. O governo dele fez uma pol�tica desenvolvimentista, as commodities estavam em um boom internacional, ent�o n�o tinha crise. Nesse per�odo � importante lembrar que o governo dele atendeu a interesses populares, dos trabalhadores, teve algumas medidas compensat�rias, mas tamb�m atacou direitos. Principalmente a partir do governo Dilma (Rousseff) se iniciou uma pol�tica repressiva, aumento de juros, corte de investimentos, o desemprego come�ou a crescer. Mas a gente condena a persegui��o que aconteceu para tirar o ex-presidente Lula da disputa em 2018.

H� algum trabalho para atingir setores como o dos evang�licos?

� mentira esse discurso de que todos os evang�licos s�o de direita. Pelo contr�rio, tem um setor importante na esquerda. Esse � um trabalho que a gente j� faz. Uma parcela significativa (da popula��o) � religiosa e sofre com o desemprego e a falta de pol�ticas p�blicas.

Qual avalia��o o sr. faz do governo Jair Bolsonaro?

� um governo de caos. Foi uma elei��o n�o leg�tima, n�o s� porque retiraram o ex-presidente Lula da jogada, mas pelos disparos de mensagens contratados que ainda n�o foram investigados da forma devida.

Como foi o processo de forma��o do partido?

Somos um dos frutos � esquerda das jornadas de junho de 2013. N�o consideramos que as jornadas de junho foram um golpe da direita. Foi uma manifesta��o popular espont�nea, a partir dos grandes problemas que o Brasil j� vinha vivendo junto com efeitos mais profundos da crise econ�mica. Naquele processo, uma das quest�es de fundo foi a representa��o pol�tica. Depois de uma tentativa frustrada, em outubro de 2016 iniciamos o trabalho de coleta de assinaturas. Fomos �s pra�as, vilas, favelas, ocupa��es, inclusive contrariando muita gente do campo pol�tico que vem falando que esse neg�cio de ir para porta de f�brica, de fazer panfletagem e ir de casa em casa s�o coisas do s�culo passado.

E deu certo?

N�s achamos exatamente que esse � um dos grandes erros que a esquerda cometeu nos �ltimos anos, que � n�o fazer o chamado trabalho de base. E fizemos isso inclusive falando de coisas como socialismo, luta de classes, de movimento popular, da necessidade de fazer greve, de lutar, era esse o nosso discurso.

Qual � a principal base do partido Unidade Popular?

Os sem-teto s�o uma base importante que n�s temos no partido que n�o t�m representa��o pol�tica. Tamb�m a juventude. Essas s�o as duas representa��es mais fortes que n�s temos, al�m do movimento de mulheres e do movimento sindical. E, dentro disso, o trabalho do ponto de vista racial tamb�m est� bastante presente na nossa constru��o.


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