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Estado de Minas

Bolsonaro fala em mais de oito anos no poder

Em encontro do seu futuro partido, o Alian�a pelo Brasil, presidente d� sinais de uma eventual reelei��o, embora diga que ningu�m deve governar pensando nessa hip�tese


postado em 19/01/2020 04:00 / atualizado em 19/01/2020 08:05

''Não é lua de mel. A Presidência é um casamento de quatro ou oito anos. Ou, quem sabe, por mais tempo, lá na frente'' - Jair Bolsonaro, presidente (foto: José Cruz/Agência Brasil)
''N�o � lua de mel. A Presid�ncia � um casamento de quatro ou oito anos. Ou, quem sabe, por mais tempo, l� na frente'' - Jair Bolsonaro, presidente (foto: Jos� Cruz/Ag�ncia Brasil)

Bras�lia – O presidente Jair Bolsonaro emitiu sinais trocados ontem a respeito de uma eventual reelei��o. Primeiro sugeriu que poderia at� mesmo ficar mais de oito anos no poder. Em seguida, por�m, afirmou que ningu�m deve governar pensando em se reeleger. As duas falas ocorreram durante evento de seu novo partido, o Alian�a pelo Brasil, em Bras�lia.

Na primeira declara��o, o presidente comparou a Presid�ncia a um casamento. "N�o � lua de mel. A Presid�ncia � um casamento de quatro ou oito anos. Ou, quem sabe, por mais tempo, l� na frente", disse, sem deixar claro o que significavam as express�es "mais tempo" e "l� na frente".

Bolsonaro afirmou ainda que, neste "casamento", os "fins ser�o o bem-estar deste povo". "J� passei dos 60 (anos). A gente come�a a n�o pensar de maneira diferente. A pensar com os p�s do ch�o. O que n�s queremos deixar para quem vem depois? O que eu quero deixar para a minha filha Laura?", afirmou durante seu discurso.

Pouco depois, Bolsonaro ressaltou que um governante n�o pode se preocupar com reelei��o. "Quem se preocupa com reelei��o est� fadado ao fracasso, come�a a ser bonzinho com todo mundo", disse, a uma plateia formada por simpatizantes e colaboradores do novo partido, que ainda est� em fase de forma��o.

DECEP��O


Durante a fala, o presidente tamb�m fez refer�ncias indiretas � rela��o com seu antigo partido, o PSL. "Como disse, � pesado. Decep��es, ingratid�es, gente que se revela depois que assume o poder, gente que pede cargo e responde: 'Voc� j� teve um cargo acima do nosso nome, o seu mandato'", citou o presidente. "Mas nem isso satisfez uma parte daqueles que chegaram conosco para ocupar a C�mara e o Senado Federal", acrescentou.

O presidente afirmou ainda que n�o existe "satisfa��o maior" do que ser bem recebido em qualquer lugar do Brasil. "Tenho compromisso com voc�s, com a p�tria e com Deus acima de tudo", disse.

ASSINATURAS


O Alian�a pelo Brasil, partido pol�tico que o presidente Jair Bolsonaro (sem partido) quer tirar do papel, acredita que ser� poss�vel ter todas as assinaturas necess�rias a favor da cria��o da legenda j� no in�cio do pr�ximo m�s. Ser�o necess�rios 492 mil apoiamentos distribu�dos proporcionalmente pelo pa�s para que o registro possa ser feito junto ao Tribunal Superior Eleitoral (TSE).

Segundo o advogado Lu�s Felipe Belmonte, um dos principais articuladores da cria��o do Alian�a pelo Brasil, as assinaturas necess�rias ser�o recolhidas a tempo para que o partido participe das elei��es municipais. "A meta era o Distrito Federal, cumprir em fevereiro, daqui a duas semanas. Acho que at� fevereiro a gente resolve o Brasil. Vamos trabalhar para isso. Receber os apoiamentos eu garanto. Se tudo vai estar processado, vai depender", disse Belmonte.

Belmonte tamb�m anunciou que os comandos regionais do Alian�a, quando criados, ser�o submetidos a uma "peneira" pela c�pula. Simpatizantes t�m reivindicado nas redes sociais o controle do partido, sem qualquer respaldo dos l�deres."O presidente j� deixou claro que n�o tem lugar garantido pra ningu�m. Tudo ser� analisado na hora certa. E tudo vai passar na peneira. Teve gente que foi no lan�amento do partido, tirou foto e saiu de l� dizendo que ele � o respons�vel pelo partido no local. Isso � conversa furada", afirmou.


'ESCRAVO DA LEI'


O presidente Bolsonaro tamb�m afirmou em seu discurso que � "escravo da lei" e por isso sancionou o Or�amento de 2020 com o fundo eleitoral de R$ 2 bilh�es – para n�o cometer crime de responsabilidade. A san��o do Or�amento foi anunciada ontem pela manh�.

"Tenho que cumprir a lei. Posso ser enquadrado no crime de responsabilidade. Somos escravos da lei. Algumas coisas sanciono contra minha vontade. Outras eu veto contra minha vontade tamb�m. O Brasil n�o � eu. S�o os outros poderes tamb�m", afirmou.

Criado em 2017 para compensar as perdas impostas por decis�o do Supremo Tribunal Federal (STF), que, dois anos antes, havia proibido doa��es de pessoas jur�dicas aos candidatos, o fundo eleitoral � abastecido com dinheiro do Tesouro Nacional. A distribui��o da verba fica a crit�rio das c�pulas partid�rias, que, em geral, privilegiam pol�ticos com mandato.

O valor de R$ 2 bilh�es foi aprovado pelo Congresso em dezembro do ano passado. Contrariado com cr�ticas sobre a destina��o desses recursos, Bolsonaro tem pedido a apoiadores que n�o votem em candidatos que utilizam recursos p�blicos nas elei��es. O problema � que o “boicote” pode prejudicar seus pr�prios aliados.
 


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