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Estado de Minas

Moro chama deputado de ''desqualificado'' e gera bate-boca na C�mara; veja

O presidente da comiss�o, Marcelo Ramos, fez diversas tentativas para acalmar os �nimos, mas acabou por suspender a audi�ncia p�blica


postado em 12/02/2020 15:44 / atualizado em 12/02/2020 15:51

(foto: Cleia Viana/Câmara dos Deputados)
(foto: Cleia Viana/C�mara dos Deputados)
A audi�ncia p�blica da comiss�o especial sobre a PEC 199/2019, proposta de emenda � Constitui��o que regulamenta a pris�o ap�s condena��o em segunda inst�ncia, teve de ser suspensa devido a um bate-boca que envolveu o ministro da Justi�a, Sergio Moro, e os parlamentares Glauber Braga (PSol-RJ) e Delegado �der Mauro (PSD-PA).

O presidente da comiss�o, Marcelo Ramos (PL-AM), tentou apaziguar os �nimos, mas acabou suspendendo os trabalhos ap�s a discuss�o virar gritos e Mauro, que � governista, chegar a partir para cima de Braga, da oposi��o (veja v�deo abaixo).



O debate em torno da PEC come�ou �s 10h e j� durava quatro horas. A oposi��o aproveitou o tempo para inquirir Moro sobre outros temas. O ministro se mostrou sol�cito na maior parte das vezes, mas, por mais de uma vez, se recusou a responder alguns questionamentos.

Um dos �ltimos inscritos para falar, Glauber Braga tomou a palavra e disparou contra Moro. “� lobo em pele de cordeiro. O senhor Sergio foi muito bem treinado. Nas rela��es com o Projeto Ponte, nas vistas aos Estados unidos. Nas visitas que fez ao Departamento de Estado (norte-americano). Mas o senhor � um capanga da mil�cia, do Bolsonaro”, disse. No mesmo momento, alguns parlamentares come�aram a protestar e Ramos interviu.

O presidente da comiss�o disse que n�o controlou os elogios fora do tema que governistas fizeram aos ministro e que tamb�m n�o censuraria as cr�ticas. Ainda assim, pediu a Glauber que tomasse mais cuidado e evitasse os “adjetivos”.  “Todas as cr�ticas tem sido aceitas. Mas pe�o que evitemos um acirramentos ao fim da audi�ncia. N�o reprovo suas cr�ticas. Mas pe�o que n�o use adjetivos como ‘capanga’”, disse o presidente. Os �nimos n�o se acalmaram quando Glauber voltou a falar.

“O senhor S�rgio se apresenta de maneira polida, mas mente descaradamente. Toda vez que questionado sobre o caso do fl�vio, ele diz que � responsabilidade da pol�cia, da Justi�a, do Minist�rio p�blico do Rio de Janeiro. Mas saiu um relat�rio da PF isentando Fl�vio de crimes no Rio. Me desculpe se n�o posso usar de polidez. Ele diz que a PF n�o tem nada a ver com o que ocorre no Rio, mas a primeira coisa que fez foi mandar a pol�cia para pressionar o porteiro em seu depoimento no condom�nio do presidente da Rep�blica. Essa atua��o, de quem finge ser uma coisa, mas � outra, � atua��o de lobo em pele de cordeiro. Est� no exerc�cio do MJ, blindando corruptos”, voltou a atacar.

Parlamentares voltaram a pressionar e Ramos, para colocar ordem, disse que passaria a palavra para o ministro em seguida. Glauber, no entanto, concluiu ati�ando os parlamentares governistas. “minha fala faz com que alguns representantes do governo fiquem inquietos. Pois querem que a mil�cia no Brasil, n�o seja apontada como crime organizado, pois faz parte da estrutura��o do projeto de poder dos senhores. N�o tenho como deixar de dizer que uma pessoa que blinda essas pessoas � um capanga da mil�cia”, voltou a afirmar.

Conforme acordado, moro falou em seguida. “O senhor n�o tem fatos, argumentos. � um desqualificado”, atacou. Governistas aplaudiram. Mas Ramos voltou a intervir. Destacou que o ministro era polido e educado com todos, mesmo com quem o ofendesse e isso estava comprovado, mas pediu cuidado com os adjetivos, da mesma forma que fez com Glauber, e afirmou que n�o aceitaria que um ministro de estado chamasse um parlamentar de “desqualificado”.

Moro pede desculpas

Os parlamentares do governo protestaram. Moro pediu desculpas e continuou. “Pe�o desculpas. Sigo sua orienta��o. Vim para essa casa falar sobre a PEC. Sempre tratei a todos com extremo respeito e gentileza, mesmo quando fui ofendido”, disse. Nesse momento, por�m, os pr�prios governistas j� n�o permitiam mais a continuidade da sess�o ou a fala do ministro. Ramos voltou a intervir, dessa vez, chamando a aten��o dos colegas.
 

“O ministro foi extremamente educado e zeloso. Mas n�o permito a utiliza��o de um adjetivo como ‘desqualificado’ a um deputado. Isso n�o vai ocorrer nem com Glauber e nem com nenhum outro parlamentar de qualquer partido”, endureceu. Moro continuou. “N�o existe fato. Eu n�o interfiro nas investiga��es da Pol�cia Federal”, disse. Glauber, n�o satisfeito com a confus�o, voltou a atacar o ministro e o chamou de mentiroso. Ramos foi duro com Glauber. “Minha corre��o ao ministro n�o foi em respeito ao senhor, mas ao parlamento”, alertou.

Moro voltou a falar, mas j� n�o havia clima para a continuidade dos trabalhos. “N�o existe nenhum fato que possa dizer que eu tenha protegido ‘X’ ou ‘Y’. Quem protegeu mil�cia foi o seu partido”, rebateu contra Glauber. O Pessolista retrucou.

Parlamentares da direita retrucaram. V�rios se levantaram e �der Mauro, que j� bateu boca com Glauber em outras sess�es, inclusive com o envolvimento do ministro, teve de ser contido. Ramos ainda lembrou que haviam parlamentares inscritos, mas, diante da impossibilidade de conter o caos, encerrou os trabalhos. Moro saiu sem falar com a imprensa.

 

 


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