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Estado de Minas

Familiares temem por integridade do esfaqueador de Bolsonaro

Parentes de Ad�lio Bispo desejam que ele v� para Montes Claros, onde moram. Eles receiam que a seguran�a dele esteja comprometida ao deixar pres�dio federal


postado em 06/03/2020 11:23 / atualizado em 06/03/2020 11:41

Aldair Ramos de Oliveira, 52 anos, e Jenifer Poliana Dias de Oliveira, irmão e sobrinha de Adelio Bispo de Oliveira(foto: Luiz Ribeiro/EM/D.A Press)
Aldair Ramos de Oliveira, 52 anos, e Jenifer Poliana Dias de Oliveira, irm�o e sobrinha de Adelio Bispo de Oliveira (foto: Luiz Ribeiro/EM/D.A Press)

Montes Claros
– O juiz federal Dalton Igor Conrado, da 5ª Vara Federal de Campo Grande, autorizou a transfer�ncia de Ad�lio Bispo de Oliveira, de 41 anos, esfaqueador do presidente Jair Bolsonaro, para uma unidade prisional adequada para o seu tratamento – local que ainda ser� definido. Mas, a fam�lia de Ad�lio, que mora em Montes Claros (Norte de Minas), ao mesmo tempo que diz que quer a transfer�ncia do agressor para perto dos parentes, diz temer pela seguran�a dele ao sair do pres�dio federal da Capital do Mato Grosso do Sul, onde se encontra.

“A gente quer que ele (Ad�lio) venha para perto da fam�lia. Mas, se for para outro lugar, preferimos que ele permane�a l� (em Campo Grande) onde ele est�. L�, ele est� em um pres�dio federal, que � mais seguro”, afirma o ex-chapa de caminh�o Aldeir Ramos de Oliveira, de 52, irm�o de Ad�lio. Ad�lio Bispo foi levado para o pres�dio federal em Campo Grande desde a ocasi�o em que tentou contra a vida do ent�o candidato � Presid�ncia da Rep�blica Jair Bolsonaro, em 6 de setembro de 2018, em um ato de campanha em Juiz de Fora (Zona da Mata).

Em maio do ano passado, ele declarado pela Justi�a como inimput�vel, ou seja, incapaz de responder pelos atos que praticou. Por isso, ele n�o foi condenado pelo crime e sua pris�o preventiva foi convertida em interna��o psiqui�trica por tempo indeterminado.

Em sua decis�o, tomada no in�cio desta semana, o juiz Dalton Igor Conrado, afirmou que Ad�lio deve permanecer em “espa�o destinado ao tratamento adequado � patologia reconhecida em senten�a”, com estrutura, equipe m�dica e medicamentos necess�rios ao seu tratamento. Ele acatou alega��o do Minist�rio P�blico Federal (MPF) de que o pres�dio federal em Campo Grande n�o possui “aptid�o para execu��o de medida de seguran�a imposta pela Justi�a”. A medida tamb�m atende a pedido da Defensoria P�blica da Uni�o (DPU).

Ainda em seu despacho, o magistrado da 5ª Vara Federal de Campo Grande determina que a decis�o sobre o destino do autor confesso do atentado contra Bolsonaro caber� ao juiz da 3ª Vara Federal de Juiz de Fora, Bruno Savino, do foro de origem do caso. A transfer�ncia dever� ser efetivada dentro de 30 dias.

Visitas


Aldeir Ramos de Oliveira disse que at� hoje a fam�lia n�o visitou o seu irm�o em Campo Grande devido � falta de condi��es financeiras Ele afirmou tamb�m que mesmo se Ad�lio for transferido para alguma outra cidade de Minas Gerais, distante de Montes Claros, como uma pris�o de Juiz de Fora ou o manic�mio Judiciario Jorge Vaz, em Barbacena (Regi�o do Campo das Vertentes), seus parentes tamb�m n�o teriam como visita-lo, por causa da pobreza.

“As nossas dificuldades s�o muitas. N�o temos recursos para nada”, declarou Aldeir, que sofre de problema de sa�de e vive da “ajuda dos outros”. Ele reclama que nos �ltimos meses a situa��o da fam�lia piorou mais ainda e que tenta conseguir recursos para o pagamento de uma d�vida de R$ 1,5 mil, referente aos custos do funeral de sua mulher, Maria In�s Dias Fernandes, de 49, que morreu no dia 16 de outubro passado, ap�s sofrer um infarto. As despesas do enterro foram pagas com o dinheiro emprestado por uma conhecida da fam�lia, que agora cobra o pagamento.

“Se ele (Ad�lio) vier para outra cidade de Minas que n�o seja Montes Claros, vai continuar longe da fam�lia do mesmo jeito. N�o vai adiantar quase nada a transfer�ncia”, afirma Aldeir, que disse que tomou conhecimento da autoriza��o da transfer�ncia do irm�o pela televis�o.

Sobrinha de Ad�lio (e filha de Aldeir) Jhenifer Poliana Dias de Oliveira, de 22 anos, tamb�m reclama da pobreza e da falta de condi��es da fam�lia para visitar o parente. “A gente at� queria visitar ele, mas n�o tivemos condi��es de custear a viagem”, diz Jhenifer, m�e de Katlen, de quatro anos. Ela reclamou ainda que para manter a si pr�pria e � filha, sobrevive apenas com R$ 41 mensais, que recebe do Programa Bolsa-Fam�lia.


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