Bolsonaro foi questionado sobre o ministro da Sa�de, Luiz Henrique Mandetta, que defende medidas contr�rias �s do presidente como o isolamento no combate ao coronav�rus. Ele ent�o aproveitou para citar a entrevista concedida ontem (30) pelo diretor-presidente da OMS (Organiza��o Mundial da Sa�de), Tedros Ghebreyesus, e afirmou que o �rg�o est� em alinhamento com o governo.
“Eu n�o sei o que ele falou [Mandetta]. Eu parto do princ�pio de que eu tenho que ver porque acreditar no que est� escrito n�o. Ningu�m se esque�a que o presidente sou eu. N�o se esque�a que eu sou o presidente. Vamos seguir a orienta��o da OMS. O que que o diretor presidente da OMS falou? Que este povo humilde fica o dia todo na rua para levar um prato de comida a noite em casa e ele falou isso porque ele � africano e sabe o que � passar dificuldade. A fome mata mais do que o v�rus. Eu n�o estou desrespeitando ningu�m”, apontou.
Ap�s a fala do presidente, um dos apoiadores presentes na claque de Bolsonaro come�ou a gritar e atacar a imprensa, dizendo que a m�dia “fica o tempo todo jogando os ministros contra o presidente. O presidente contra os ministros”. Outros gritaram: “Criam picuinha que n�o existe, voc�s ficam criando coisa que n�o existe. Jogando Mandetta contra o governo”.
Bolsonaro ent�o validou a fala do apoiador, permitindo que ele continuasse e mandando a imprensa ficar calada. “Pode falar. � ele que vai falar, n�o � voc�s n�o", disse o chefe do Executivo.
Em meio ao desrespeito e xingamentos, os jornalistas se afastaram do local da entrevista, ficando ao fundo. "Mas v�o embora? V�o abandonar o povo, p�? A imprensa que n�o gosta do povo", disse Bolsonaro, ironizando.
OMS
Bolsonaro citou a entrevista concedida ontem (30) pelo diretor-presidente da OMS (Organiza��o Mundial da Sa�de), Tedros Ghebreyesus. “Voc�s viram o que o diretor presidente da OMS falou? Que tal eu ocupar a rede nacional de r�dio e tev� para falar sobre isso. � uma boa ou n�o?”
E emendou: “O que ele disse praticamente, em especial, os informais, t�m que trabalhar. O que acontece, n�s temos dois problemas:o v�rus e o desemprego que n�o podem ser dissociados. Temos que atacar juntos. Quando comecei a falar isso, entraram at� com um processo no Tribunal Penal Internacional contra mim me chamando at� de genocida. Eu sou um genocida porque defendendo o direito de voc� levar um prato de comida para casa. Ele estava um pouco constrangido parece mas falou a verdade, a gente conhece ele com maior profundidade do passado, mas achei excepcional a palavras dele e meus parab�ns: OMS se associa ao presidente Bolsonaro”, afirmou.
O chefe do Executivo disse ainda que quem tem abaixo de 40 anos, segundo dizem os m�dicos, a chance de �bito � ‘quase zero ent�o n�o tem porque n�o deixar esse pessoal a� trabalhar. Afinal de conta se o v�rus mata para alguns casos, a fome tamb�m mata’.
No entanto, em sua fala, Ghebreyesus afirmou que � preciso levar em conta as necessidades dos trabalhadores, mas voltou a refor�ar sobre a import�ncia do isolamento social.
"Cada indiv�duo � importante, cada indiv�duo � afetado pelas nossas a��es. Qualquer pa�s pode ter trabalhadores que precisam trabalhar para ter o p�o de cada dia. Isso precisa ser levado em conta.". Em outro trecho, ele ressaltou:
"� vital respeitar a dignidade do pr�ximo. � vital que os governos se mantenham informados e apoiem o isolamento.", concluiu.