(none) || (none)
UAI
Publicidade

Estado de Minas CRISE POL�TICA

Bolsonaro diz que o pa�s ficou � beira de uma crise institucional e desafia ministro do STF

Presidente fez a declara��o em frente ao Pal�cio da Alvorada, na manh� desta quinta-feira


postado em 30/04/2020 07:15 / atualizado em 30/04/2020 14:02


O presidente Jair Bolsonaro (sem partido) desafiou, nesta quinta-feira (30), o ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Alexandre de Moraes, a decidir se Alexandre Ramagem pode ou n�o continuar no comando da Ag�ncia Brasileira de Intelig�ncia (Abin). Do contr�rio, afirmou o presidente, ir� nomear o seu ex-chefe de seguran�a pessoal ao cargo de diretor-geral da Pol�cia Federal.

Segundo o presidente, esse vaiv�m sobre a indica��o do novo diretor-geral da Pol�cia Federal quase levou o pa�s, nessa quarta-feira (29), a uma crise institucional. "Faltou pouco", garantiu Bolsonaro, que reiterou que a Advocacia-Geral da Uni�o (AGU) vai recorrer da decis�o do ministro do STF, de barrar a nomea��o do novo comandante da PF.

 

"E espero que o senhor Alexandre de Moraes seja r�pido, como foi na liminar (barrando Ramagem)", disse Bolsonaro. O presidente fez ainda uma outra provoca��o ao ministro, lembrando que a amizade com o ex-presidente Michel Temer o teria levado a garantir a vaga que ocupa no STF.

Bolsonaro insistiu que ainda n�o "engoliu" a liminar proferida por Moraes. "Aguardo a mesma decis�o para a Abin, t�o importante quanto, para ser coerente", desafiou o presidente.

Prazo

 

O presidente disse que estava indo, nesta quinta-feira (30), a Porto Alegre (RS), e que, na volta a Bras�lia, esperava ter uma resposta de Moraes.

"Vou pedir a um assessor meu para ligar para o Moraes. Se ele (Ramagem) n�o pode trabalhar na Pol�cia Federal, tamb�m n�o pode trabalhar na Abin", disse o presidente.

Crise institucional

 

"Agora, tirar numa canetada, desautorizar o presidente da Rep�blica, dizendo impessoalidade (argumenta��o da liminar de Moraes). Ontem (nessa quinta-feira), quase tivemos uma crise instucional, faltou pouco" , afirmou o presidente.

Chateado

 

Bolsonaro disse que ficou "chateado" por ter revogado, por meio de decreto, a nomea��o de Ramagem para comandar a PF depois de ser desautorizado por decis�o "monocr�tica" de Alexandre de Moraes.

O ministro do STF, em sua senten�a, lembrou que a amizade de Ramagem com os Bolsonaros o levou a passar o rev�illon de 2019 com os filhos do presidente.

 

Para Bolsonaro, a decis�o de Alexandre de Moraes "foi pol�tica". O presidente destacou que, nessa quarta-feira (29), ao dar posse ao novo ministro da Justi�a, Andr� Mendon�a, come�ou o discurso lembrando da Constitui��o Federal.


"Respeito a Consitui��o e tudo tem um limite. E estamos discutindo um novo nome (para diretor da Pol�cia Federal) para realmente ter a isen��o", admitiu o presidente.

Rela��o de Amizade

 

Moraes concedeu a liminar destacando que a rela��o de amizade de Ramagem com o cl� Bolsonaro � o empecilho inconstitucional para que assumisse a dire��o-geral da PF. 

 

Em contrapartida, o presidente disse que conheceu Ramagem logo ap�s a elei��o, em 2018, quando o policial foi designado pela Pol�cia Federal para chefiar a seguran�a pessoal do ent�o presidente eleito.

 

"Eu o conhecei com essa profundidade. Constru� com ele uma rela��o de confian�a", diise Bolsonaro.

Para o presidente, esse obst�culo da rela��o pessoal que construiu com Ramagem n�o seria, em sua opini�o, insuper�vel. Ele contra-argumentou que nomeia ministros e outros colaboradores para seu staff pelo car�ter t�cnico e tamb�m pela confian�a que mant�m com o indicado.

 

O presidente admitiu, no entanto, que est� estudando outros nomes para ocupar a dire��o da PF. De acordo com Bolsonaro, ele quer resolver essa quest�o "o mais r�pido poss�vel."

 

Moro

 

O presidente tamb�m citou o ex-ministro da Justi�a e Seguran�a P�blica S�rgio Moro, ao afirmar que "o �nus da prova cabe a quem acusa".

 

Em pronunciamento, na sexta-feira passada (24), ao pedir demiss�o do cargo, Moro disse que deixava o governo porque n�o admitia o desejo do presidente de interferir na Pol�cia Federal na troca do comando da corpora��o.

 

Bolsonaro rebateu as acusa��es de seu ex-ministro dizendo que Moro, na verdade, fazia da indica��o do comando da PF moeda de troca para uma vaga no Supremo Tribunal Federal.

Respeito � Constitui��o


Bolsonaro disse que fazia "uma apelo a todos" para que respeitem a Constitui��o. Ele lembrou uma decis�o liminar da Justi�a que n�o permitiu a posse do presidente da Funda��o Palmares, S�rgio Camargo, por postagens ofensivas aos negros.


"Chamei o S�rgio para conversar. Ele � um negro, p�! Uma das acusa��es � que ele demitiu negros, mas s� tinha negros na Funda��o Palmares, o que � normal... ou afro descendentes, me desculpe, antes que eu seja processado... mas como ele (S�rgio Camargo) n�o usa seus irm�os para fazer politic�lia (sic), resolveram afast�-lo de l� por liminar", afirmou Bolsonaro.

No passado, Bolsonaro foi absolvido do crime de racismo em processo julgado no Supremo Tribunal Federal. 


receba nossa newsletter

Comece o dia com as not�cias selecionadas pelo nosso editor

Cadastro realizado com sucesso!

*Para comentar, fa�a seu login ou assine

Publicidade

(none) || (none)