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Estado de Minas POL�TICA

Partido de Zema tenta evitar r�tulo de oposi��o ao governo Bolsonaro

Apoio do governador mineiro n�o � un�nime no Novo. Fundador do partido avalia que o Bolsonarismo lembra petismo


postado em 04/05/2020 08:19 / atualizado em 04/05/2020 14:48

(foto: Wikipédia)
(foto: Wikip�dia)

No momento que parte do universo pol�tico-partid�rio do pa�s passou a defender abertamente o impeachment do presidente Jair Bolsonaro, o partido Novo afinou o discurso com o governador de Minas Gerais, Romeu Zema, e optou por poupar o Pal�cio do Planalto. Os dirigentes da sigla e a bancada rejeitam a ideia de apoiar um eventual processo de impedimento e at� mesmo de fazer oposi��o ao presidente da Rep�blica.

Mas h� diverg�ncias. Enquanto Zema defende Bolsonaro - publicamente e nos bastidores do grupo de governadores -, Jo�o Amoedo, fundador e ex-presidente da legenda, adotou um tom duro nas redes sociais: "Cada vez mais o bolsonarismo lembra o petismo". Segundo ele, "ren�ncia ou impeachment" s�o as �nicas sa�das.

"N�o foi para isso que criamos o partido. O Novo n�o faz oposi��o a uma pessoa ou projeto. Somos independentes", disse ao jornal O Estado de S. Paulo o presidente da sigla, Eduardo Ribeiro, que sucedeu Amoedo.

Eleitor declarado de Bolsonaro no 2° turno em 2018, o dirigente afirma que n�o se arrependeu da op��o e que seu voto levou em conta o c�lculo de "risco institucional". "Eram duas op��es: ter de volta o PT ou o Bolsonaro. A volta do PT seria um maior risco institucional", afirmou Ribeiro.

A bancada do Novo na C�mara - apesar de defender que se investigue as acusa��es do ex-ministro da Justi�a S�rgio Moro, de que Bolsonaro tentou interferir no trabalho da Pol�cia Federal - acredita que n�o h� evid�ncia de que o mandat�rio cometeu crime de responsabilidade pass�vel de impeachment.

A disson�ncia de opini�es, na vis�o do professor Christian Lohbauer - cientista pol�tico liberal que foi candidato a vice na chapa presidencial encabe�ada por Amoedo em 2018 - se deve ao grande crescimento da agremia��o em anos recentes, sem que haja uma estrutura de tomada de decis�o e posicionamento que gere unicidade nos discursos.

Ele identifica, al�m da dire��o nacional, tr�s esp�cies de eixos de pensamento: a opini�o de Amoedo - que � confundida com a vis�o da legenda por parte do eleitorado -, a vis�o da bancada de deputados nacionais - que, para Lohbauer, � o melhor term�metro da vis�o do partido - e a vis�o do governo de Minas.

"Somos um partido independente e somos o mais coerente, que vota sempre 8 a 0 nas pautas de transforma��o", afirmou, sobre as vota��es un�nimes da bancada. "Temos uma posi��o ideol�gica muito clara: n�o somos nem contra e nem a favor de governo, a gente � a favor das reformas", completou.

Sobre as posi��es de Amoedo, o vice da chapa defende que ningu�m pode impedi-lo de publicar o que pensa. "Mas as pessoas associam � opini�o do partido, que n�o existe", acrescentou. Em rela��o a Zema, Lohbauer afirma que � mais importante para o governador de Minas ter uma boa rela��o com o governo federal, de quem o Estado depende financeiramente.

O deputado Paulo Ganime, l�der do Novo na C�mara, concorda. "O Amoedo, como n�o possui mais a responsabilidade de comandar um partido, tem mais a liberdade de dar palpites", afirmou o parlamentar, para quem Zema est� em uma posi��o diferente.

"Ele est� no cargo para cumprir um papel executivo, que � entregar um Estado melhor do que recebeu. Ele s� deve se manifestar em temas que impactam no trabalho dele", defendeu. Tanto Ganime quando Lohbauer consideram que a uni�o de governadores em torno do combate � pandemia e contra posturas de Bolsonaro - movimento recha�ado por Zema - foi um movimento pol�tico e contr�rio aos interesses de Minas.

Ganime ainda reiterou ao jornal O Estado de S. Paulo o compromisso da bancada do Novo com a pauta da responsabilidade fiscal, mesmo em tempos de pandemia - uma ideia cara ao ministro da Economia, Paulo Guedes. "Votamos a favor de aux�lios emergenciais e gastos previstos por um tempo limitado: tr�s meses, quatro meses ou at� o final do ano", explicou. "O saldo negativo pode ficar para os pr�ximos anos, mas n�o estamos ajudando a criar nenhum efeito fiscal que n�o seja endividamento para os anos futuros", disse. A bancada, segundo ele, � contr�ria a aprovar novos gastos permanentes.

Rusgas


Apesar do apoio da bancada do Novo a muitas das pautas centrais do governo Bolsonaro, como a reforma da Previd�ncia, aprovada antes da pandemia, a ruptura entre Moro e Bolsonaro trouxe atritos entre deputados da agremia��o e o l�der do governo, Major Vitor Hugo (PSL).

"Se eu estivesse na posi��o dele, eu ia querer mais � que se investigue (as acusa��es do Moro)", afirmou o deputado Marcel Van Hattem ao jornal O Estado de S. Paulo, depois de ser criticado pelo bolsonarista nas redes sociais ap�s cobrar investiga��es. "(O governo) Est� ficando confort�vel com o fato de que Centr�o est� sendo atra�do para a base, com acertos que Novo nunca pediu e nem aceitaria. Ent�o, talvez o apoio por convic��o seja agora mais desprez�vel", afirmou.


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