
O presidente Jair Bolsonaro ( sem partido) deu mais um passou para consolidar sua base governista no o Centr�o - nome dado aos partidos nanicos e com conduta a defender interesses de pequenos grupos.
Nesta segunda-feira, saiu p�blicado no Di�rio Oficial da Uni�o a distribui��o de mais um cargo estrat�gico para aliados desse aglomerado de partidos fisiol�gicos
Bolsonaro entregou a Diretoria de A��es Educacionais do Fundo Nacional de Desenvolvimento da Educa��o (FNDE) ao PL, sigla do ex-deputado Valdemar da Costa Neto, condenado no mensal�o. Garigham Amarante Pinto foi nomeado para o cargo no FNDE. Ele � ex-assessor do partido na C�mara.
Minist�rio da Educa��o
Vinculado ao Minist�rio da Educa��o (MEC), o FNDE � um dos espa�os mais cobi�ados por pol�ticos, com or�amento de R$ 29,4 bilh�es neste ano. Foi por meio do �rg�o que a pasta contratou uma empresa para fornecer kits escolares a estudantes que, segundo o Minist�rio P�blico, est� envolvida em um esquema que desviou R$ 134,2 milh�es de dinheiro p�blico da sa�de e da educa��o na Para�ba.
No ano passado, o �rg�o foi alvo de uma disputa entre o presidente Rodrigo Maia (DEM-RJ) e o ministro da Educa��o, Abraham Weintraub. Um indicado pelo deputado, Rodrigo S�rgio Dias, foi exonerado da presid�ncia do fundo em dezembro.
Sob press�o de aliados e ap�s sofrer sucessivas derrotas pol�ticas, Bolsonaro passou nas �ltimas semanas a distribuir cargos aos partidos do Centr�o, em troca de votos no Congresso, ressuscitando a velha pr�tica do “toma l�, d� c�”. No casamento de papel passado, Progressistas e Republicanos j� foram contemplados.
A primeira legenda, presidida pelo senador Ciro Nogueira (Progressistas-PI), alvo da Lava Jato, conseguiu emplacar um nome no comando do Departamento Nacional de Obras Contra as Secas (Dnocs), autarquia com or�amento de R$ 1 bilh�o neste ano. O Republicanos, que tem o deputado Marcos Pereira (SP) � frente - tamb�m alvo da Lava Jato -, ficou com a secretaria de Mobilidade Urbana do Minist�rio do Desenvolvimento Regional.
Segundo l�deres do Centr�o, mais nomea��es de nomes ligados aos partidos est�o previstas para os pr�ximos dias. Ao menos nove �rg�os, departamentos e empresas p�blicas surgem nas conversas de integrantes das grupo, que ainda tem Solidariedade, PSD e PTB.
Segundo mostrou o Estad�o, caso as indica��es sejam efetivadas, Bolsonaro poder� deixar sob controle destas siglas um or�amento total de at� R$ 78,1 bilh�es.