Youtubers e influenciadores digitais da rede bolsonarista entraram na mira do inqu�rito sigiloso do Supremo Tribunal Federal (STF) que investiga a autoria e o financiamento de atos antidemocr�ticos ocorridos no m�s passado em todo o Pa�s - um deles teve a participa��o do presidente Jair Bolsonaro. Ao enviar o pedido de investiga��o das manifesta��es ao STF, o procurador-geral da Rep�blica, Augusto Aras, tamb�m mencionou os nomes dos deputados Daniel Silveira (PSL-RJ) e Junio Amaral (PSL-MG).
O caso est� sob a relatoria do ministro Alexandre de Moraes, que ainda � respons�vel por um outro inqu�rito, que se debru�a sobre amea�as, ofensas e fake news disparadas contra integrantes do STF e seus familiares. Como Moraes � relator dos dois processos, um inqu�rito deve subsidiar as investiga��es do outro. O prazo para a conclus�o do inqu�rito das fake news termina em 15 de julho, mas, segundo o Estad�o apurou, o ministro avalia a possibilidade de prorrogar as investiga��es.
Isso porque a apura��o sobre amea�as a integrantes da Corte ganhou um novo f�lego ap�s os atos do m�s passado, marcados por faixas contra o tribunal e o Congresso e por pedidos de uma interven��o militar.
At� agora, ao menos 12 perfis - entre deputados e empres�rios - j� entraram na mira da investiga��o das fake news. O caso � acompanhado com apreens�o pelo Planalto por mirar a milit�ncia digital bolsonarista.
Em mar�o, o Estad�o revelou que o inqu�rito das fake news identificou empres�rios bolsonaristas que estariam financiando ataques contra ministros da Corte nas redes sociais. As investiga��es est�o adiantadas e atingem at� mesmo s�cios de empresas do setor de com�rcio e servi�os, todos apoiadores de Bolsonaro.
Procurado pela reportagem, o deputado Daniel Silveira disse que as manifesta��es foram pac�ficas. "N�o tem nada a ver com o que eles acusam. � constitucional a livre manifesta��o de pensamentos", afirmou. O gabinete de Junio Amaral n�o respondeu aos contatos da reportagem.