
O depoimento foi prestado a delegados da PF e procuradores do Minist�rio P�blico Federal. Enquanto os policiais reabriram um procedimento antigo sobre o suposto vazamento da opera��o Furna da On�a, o MPF abriu um inqu�rito a partir das declara��es do empres�rio.
"Para n�o prejudicar as investiga��es, n�o posso dar nenhuma declara��o a respeito do meu depoimento. Em respeito a voc�s que est�o aqui desde as duas da tarde, vim dar essa declara��o", limitou-se a dizer Marinho ao sair da superintend�ncia.
Em entrevista � Folha de S.Paulo publicada no �ltimo domingo, Marinho afirmou que um delegado teria se encontrado na porta da superintend�ncia da PF - a mesma em que foi depor hoje - com interlocutores do ent�o deputado estadual e hoje senador para informar que a opera��o seria atrasada, a fim de n�o prejudicar a fam�lia Bolsonaro em meio ao per�odo eleitoral de 2018.
A opera��o foi �s ruas no dia 8 de novembro e cumpriu 19 mandados de pris�o tempor�ria, tr�s de pris�o preventiva e 47 de busca e apreens�o, expedidos pelo Tribunal Regional Federal da 2ª Regi�o (TRF-2) e tendo como foco deputados da Assembleia Legislativa do Rio.
Fl�vio n�o era alvo, mas relat�rios de intelig�ncia financeira produzidos pelo antigo Coaf j� apontavam desde janeiro daquele ano movimenta��es suspeitas nas contas de Fabr�cio Queiroz, seu suposto operador financeiro no esquema de "rachadinha". Os relat�rios tinham como escopo deputados e assessores da Alerj, e o caso espec�fico de Fl�vio foi revelado pelo Estad�o no in�cio de dezembro, quando o procedimento investigativo j� havia sido aberto pelo Minist�rio P�blico do Rio.
Segundo Marinho, os advogados Miguel Braga Grillo e Victor Granado Alves, que t�m longo hist�rico de rela��o com a fam�lia Bolsonaro em gabinetes e processos judiciais, compareceram � sede da PF junto com outra interlocutora, Val Meliga, para ouvir o que o delegado tinha a dizer.