
Bolsonaro usou o seu tempo de fala para questionar orienta��es da Organiza��o Mundial da Sa�de (OMS) e defender novamente o fim do isolamento social.
O ministro interino da Sa�de, Eduardo Pazuello, por sua vez, lamentou as milhares de mortes no Pa�s e buscou justificar a mudan�a na contagem dos casos e �bitos que gerou forte rea��o nos �ltimos dias.
No encontro, apenas alguns ministros foram selecionados para falar e tiveram um tempo pr�-determinado para se manifestar. Ao vivo, eles aproveitaram para fazer um balan�o de suas pastas, deixando de lado as posi��es de confronto que marcaram o encontro de abril.
Os ministros considerados mais pol�micos, como o da Educa��o, Abraham Weintraub, que chegou a falar em colocar integrantes do Supremo Tribunal Federal (STF) na cadeia anteriormente, ficaram longe dos discursos.
Ao concluir a reuni�o, Bolsonaro voltou a utilizar dados da OMS de forma distorcida ao dizer que os pacientes assintom�ticos possuem chance de transmiss�o "pr�ximo de zero". Ele usou a informa��o de forma reiterada para defender a retomada das atividades econ�micas. O Brasil possui mais de 700 mil casos da COVID-19 e mais de 37 mil mortes decorrentes da doen�a.
"Isso n�o � um dado comprovado, n�s sabemos, mas � um dado bastante importante porque todas as observa��es da OMS conduzem para isso. � algo que tem que ser debatido, porque tem reflexo imediato no futuro do nosso Brasil", disse o presidente.
A OMS, no entanto, alertou que h� perigo de pessoas pr�-sintom�ticas transmitirem o v�rus e avisou que os estudos sobre assintom�ticos ainda n�o s�o muito abrangentes.
Bolsonaro tamb�m relembrou que quebrou o isolamento social ao visitar comerciantes no Distrito Federal e que foi criticado por isso. Ele admitiu que a sa�da representava risco, mas defendeu a iniciativa e disse que outros l�deres deveriam fazer o mesmo. O presidente tamb�m participou de manifesta��es em mais de uma ocasi�o.
"Eu fui ver como esses informais estavam sobrevivendo, � de cortar o cora��o. Eu tinha que estar na ponta da linha at� colocando em risco a minha sa�de tendo em conta a minha idade, estando no grupo de risco", afirmou Bolsonaro.
Na reuni�o, o presidente defendeu que a posi��o da OMS, ainda sem comprova��o, sobre os pacientes assintom�ticos, vai "com certeza" mudar a orienta��o de governadores e prefeitos sobre o isolamento social. "Economia � vida, n�o adianta falar que pode viver feliz para sempre trancado dentro de casa porque isso � uma utopia", declarou.
Antes de Bolsonaro, o ministro interino da Sa�de, Eduardo Pazuello, falou que o grande impacto da pandemia da COVID-19 no Brasil ocorreu somente no Norte e Nordeste. As outras regi�es, na vis�o dele, devem ter impacto maior com o inverno e a queda das temperaturas. Apesar disso, ele defende que o impacto ainda deve ser diferente porque os Estados, agora, tiveram mais tempo para se preparar.
Pazuello tamb�m se solidarizou com as fam�lias que tiveram v�timas fatais da doen�a e com profissionais da sa�de. "Coloco meu profundo reconhecimento aos profissionais da sa�de que est�o no combate. Gostaria de usar aqui, mais ou menos a quebra de protocolo, para solicitar a todos uma salva de palmas para esse pessoal. � o m�nimo que a gente pode fazer. Eles tamb�m est�o sacrificando as suas vidas, est�o pegando a doen�a e morrendo, muitos j� morreram", disse Pazuello.
O ministro da Sa�de tamb�m apresentou o novo sistema do governo de contagem dos casos e mortes pelo novo coronav�rus. "Os dados precisam ser completos, sem nenhum tipo de dificuldade de acesso. Estamos h� 20 dias trabalhando nesse desenvolvimento de como buscar os dados desde o in�cio da pandemia. � claro que os somat�rios (dos dados) est�o todos dispon�veis", alegou.