(none) || (none)
UAI
Publicidade

Estado de Minas ELEI��ES MUNICIPAIS

Barroso sugere que elei��o seja adiada, mas que ocorra ainda em 2020

"Realizando primeiro turno a partir de 15 de novembro e segundo at� 20 de dezembro, conseguimos entregar elei��es bem arrumadas", avalia Barroso


postado em 16/06/2020 09:01 / atualizado em 16/06/2020 09:24

(foto: Flickr)
(foto: Flickr)

O ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Lu�s Roberto Barroso, que hoje � tamb�m presidente do Tribunal Superior Eleitoral (TSE) disse ao Roda Viva, programa da TV Cultura, que defende a realiza��o das elei��es municipais ainda em 2020, mas n�o em outubro, data atual do pleito. "H� consenso para fazermos este ano. Para TSE e cientistas, h� janela de 15 de novembro a 20 de dezembro. Realizando primeiro turno a partir de 15 de novembro e segundo at� 20 de dezembro, conseguimos entregar elei��es bem arrumadas", afirmou.

Ele lembrou que uma altera��o da data depende do Congresso e disse que vem mantendo interlocu��o positiva com os presidentes da C�mara, Rodrigo Maia, e do Senado, Davi Alcolumbre. "Marcamos conversas dos dois presidentes (Maia e Alcolumbre) e de l�deres partid�rios com m�dicos, cientistas, especialistas. Todos eles recomendam adiamento por algumas semanas, mas disseram que n�o far� diferen�a passar para o ano que vem", afirmou Barroso.

Ainda sobre seu trabalho no TSE, Barroso falou sobre as a��es pedindo a cassa��o da chapa Bolsonaro-Mour�o que tramitam no tribunal. "O TSE n�o � ator pol�tico, � ator institucional que se move pelas categorias do direito", afirmou. "Ningu�m l� se move politicamente."

O ministro afirma que foi procurado por uma pessoa do governo perguntando se ele deveria se preocupar com os casos. "Respondi: s� se tiver feito alguma coisa errada", disse Barroso, sem dizer quem o abordou.

Ataques ao STF


Barroso disse, ainda, que "alvejar o STF com petardos, ainda que sejam fogos de artif�cio, � uma imagem feia, triste, de incapacidade de viver vida democr�tica e institucional". Por isso ele viu com preocupa��o os atos de S�bado passado, em que extremistas dispararam fogos de artif�cio na dire��o do STF, na Pra�a dos Tr�s Poderes, em Bras�lia. No entanto, Barroso disse que o grupo respons�vel pela a��o era pequeno: "Quem viu o v�deo nota que era uma quantidade muito pequena de manifestantes". "Acho que s�o muito poucos e s�o irrelevantes", afirmou ele sobre os autores dos ataques, a quem tamb�m chamou de "gueto pr�-iluminista, pessoas que t�m dificuldade de aceitar o outro, a pluralidade".

Em rela��o aos extremistas pr�-Bolsonaro que foram alvo na segunda-feira, 15, de mandados de pris�o tempor�ria expedidos pelo ministro do STF Alexandre de Moraes, Barroso disse que, embora n�o tenha grande simpatia pela Lei de Seguran�a Nacional, "a lei est� em vigor e o ataque destrutivo das institui��es est� previsto na lei". Ele lembrou que � preciso separar liberdade de express�o e viol�ncia.

Quanto � presen�a do presidente Jair Bolsonaro em manifesta��es com pedidos de fechamento do Congresso e do Supremo, o ministro disse que n�o comenta fatos espec�ficos do presidente, mas afirmou que "quem jurou respeitar e defender Constitui��o n�o pode defender fechamento do congresso e nem do Supremo". No entanto, ele ressaltou: "Nunca ouvi o presidente defender fechamento do Congresso ou do Supremo".

Weintraub


Lu�s Roberto Barroso fez cr�ticas ao ministro da Educa��o, Abraham Weintraub. Barroso disse que n�o se ofendeu com as declara��es de Weintraub, que chamou ministros do STF de "vagabundos" em reuni�o ministerial. "N�o tenho medo da verdade, quanto menos da mentira", disse. Em seguida, Barroso afirmou: "a educa��o n�o pode estar entregue a quem n�o tem a percep��o de sua import�ncia no Pa�s".

Barroso tamb�m afirmou que as quest�es mais relevantes para educa��o no Pa�s recebem pouca aten��o. "Os problemas maiores s�o a n�o alfabetiza��o na idade certa, a evas�o escolar no ensino m�dio, o d�ficit de aprendizado, a falta de atratividade do magist�rio". Logo depois, completou: "mas as pessoas est�o preocupadas com identidade de g�nero, saber se 1964 foi golpe, escola sem partido. Est�o assustados com a assombra��o errada. Esses n�o s�o problemas da educa��o brasileira. Precisamos de um choque de iluminismo na educa��o b�sica brasileira p�blica".

As declara��es de Weintraub ocorreram em reuni�o ministerial do dia 22 de abril, quando disse que, por ele, "botava esses vagabundos todos na cadeia; come�ando no STF". As declara��es do ministro da Educa��o causaram piora na rela��o do governo com o Supremo.


receba nossa newsletter

Comece o dia com as not�cias selecionadas pelo nosso editor

Cadastro realizado com sucesso!

*Para comentar, fa�a seu login ou assine

Publicidade

(none) || (none)