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Estado de Minas investigado

Prefeito de Divin�polis escapa do sexto pedido de impeachment

C�mara rejeita admissibilidade do pedido de cassa��o do prefeito Galileu Machado, acusado de conceder a donos de pelo menos nove im�veis a cota b�sica do IPTU, benef�cio destinado a fam�lias carentes


17/06/2020 16:27 - atualizado 17/06/2020 16:50

A denúncia foi rejeitada por 13 votos a três(foto: Câmara Divinópolis/ Divulgação)
A den�ncia foi rejeitada por 13 votos a tr�s (foto: C�mara Divin�polis/ Divulga��o)
Os vereadores de Divin�polis, Regi�o Centro-Oeste, rejeitaram, nesta quarta-feira (17), a admissibilidade do pedido de impeachment contra o prefeito Galileu Machado (MDB). Est� a sexta den�ncia de infra��o pol�tico-administrativa protocolada contra o emedebista desde o in�cio do mandato. Desta vez, o autor do pedido, o vereador Edsom Sousa (CDN) apontou suposto crime contra a administra��o na concess�o da cota b�sica do Imposto Predial Territorial Urbano (IPTU).

A den�ncia foi embasada no benef�cio concedido a um empres�rio da cidade. Ele pagou, em 2019, R$19,22 pelo imposto referente a uma �rea de 494,45 m² no centro. No cora��o da cidade, o terreno abriga, atualmente, um estacionamento. Ele fica na regi�o do quarteir�o fechado da Rua S�o Paulo, pr�ximo � Avenida Get�lio Vargas. O propriet�rio � dono de pelo menos nove im�veis no munic�pio.

Apesar de ser citado apenas o ano passado, Edsom Sousa revelou que h� informa��es comprobat�rias que a cota b�sica foi concedida tamb�m em 2017 e 2018. Entretanto, as provas n�o foram anexadas ao documento. J� este ano, o lan�amento foi corrigido passando para R$6.106,70. O valor foi quitado com o desconto para pagamento antecipado e parcela �nica, totalizando R$5.793,76.
 
Galileu Machado foi alvo de outros cinco pedidos de impeachment (foto: Prefeitura de Divinópolis/ Divulgação)
Galileu Machado foi alvo de outros cinco pedidos de impeachment (foto: Prefeitura de Divin�polis/ Divulga��o)

Benef�cio para fam�lias carentes

A cota b�sica � um benef�cio concedido �s fam�lias de baixa renda. V�rios crit�rios s�o considerados, como renda per capita, �rea m�xima de 100 m² de constru��o, n�o ter mais de um im�vel, para citar alguns. O propriet�rio do terreno, mencionado na den�ncia, n�o se enquadra no perfil.

“A popula��o de Divin�polis j� n�o suporta mais os desmandos ilegais da atual administra��o, pois se v� desamparada, totalmente sem dire��o e sem ter como recorrer”, alegou o autor do pedido.

As argumenta��es do autor do pedido e a apresenta��o de provas n�o foram suficientes para convencer os vereadores a abrirem investiga��o. Dos 16 votantes, apenas tr�s foram a favor da admissibilidade: Matheus Costa (CDN), Janete Aparecida (PSC) e Roger Viegas (Republicano). O presidente Rodrigo Kaboja (PSD) n�o vota.

Do mesmo partido do prefeito, o vereador Adair Otaviano tratou o lan�amento da cota b�sica como erro e o atribuiu a servidores. “Quando o prefeito comete um crime para cassa��o quando por ventura um servidor comete um erro? O ser humano � passivo de errar”, declarou. Carlos Magalh�es (Republicano) alegou que a den�ncia n�o tinha materialidade que justificasse a abertura das investiga��es.

Edsom Sousa disse ter se antecipado � rejei��o e protocolado representa��o no Minist�rio P�blico para que haja investiga��o. Afirmou que o objetivo n�o era cassar o mandato do prefeito, mas apurar as poss�veis irregularidades e identificar os calpados.

A prefeitura n�o se manifestou sobre o assunto at� o fechamento desta mat�ria.

Outros pedidos

A primeira den�ncia pol�tico-administrativa contra o prefeito foi apresentada em 2018 pela Associa��o dos Advogados do Centro-Oeste (AACO), embasada em suposta negociata de cargos, mas n�o foi admitida. No mesmo ano, o ex-vereador Sargento Elton (Patriota) apresentou o pedido de impeachment com o mesmo teor.

Em 2019, a Comiss�o de Servidores – liderada pelo Sindicato dos Trabalhadores Municipais de Divin�polis e da Regi�o Centro-Oeste de Minas (Sintram) apresentou pedido com base no descumprimento na lei de reposi��o salarial. A categoria entrou em acordo com o governo, e a den�ncia foi retirada.

No mesmo ano, Sargento Elton voltou a protocolar a den�ncia com base na suposta negociata de cargos, ren�ncia de receita e prevarica��o.  A pe�a foi admitida, por�m seguindo o relat�rio apresentado pela Comiss�o Processante, os vereadores entenderam que n�o houve irregularidades e o pedido de impeachment n�o prosseguiu. 

Por fim, o quinto pedido foi apresentado tamb�m por Edsom Sousa (CND), tendo como base, o suposto descumprimento da Lei 8.083/2015, que estabelece a reposi��o salarial dos servidores. A proposta foi rejeitada e arquivada.

(Amanda Quintiliano especial para o EM)


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