
M�rcia n�o estava na casa onde o ex-assessor foi preso. Ele, por sua vez, disse que a esposa estava no Rio de Janeiro. O im�vel em Atibaia � de, que era advogado de Fl�vio no caso das ‘rachadinhas’ e tamb�m do presidente Jair Bolsonaro, sendo figura frequente no Pal�cio do Planalto antes da pris�o de Queiroz.
Na �ltima ter�a-feira (23), o MP de Minas Gerais, a pedido do MP do Rio, realizou uma opera��o naquele estado para tentar encontrar M�rcia. A opera��o foi em conjunto com a Pol�cia Militar de Minas, e as buscas se deram em casas de familiares de Queiroz.
M�rcia � vista como uma pe�a importante no processo, uma vez que � apontado que ela tamb�m atuou na tentativa de obstruir a investiga��o, ao lado do marido. Na decis�o que pede a pris�o dos dois, expedida pelo juiz Fl�vio Itabaiana, da 27ª Vara Criminal do Tribunal de Justi�a do Rio, fala-se de uma atua��o de Queiroz neste sentido. Conforme juiz, estando livre, “ele poderia amea�ar testemunhas e outros investigados e obstaculizar a apura��o dos fatos perturbando o desenvolvimento da investiga��o e de futura a��o penal”.
Ainda na decis�o, o magistrado cita que M�rcia teve participa��o fundamental nas manobras para atrapalhar as investiga��es, assim como Queiroz e outro advogado de Fl�vio Bolsonaro, Luis Gustavo Botto Maia. Um dos exemplos dessa atua��o “sistem�tica” por parte de Queiroz apontado pelo juiz � uma conversa entre M�rcia e uma das filhas do policial militar aposentado, Nath�lia Queiroz. Em um momento, M�rcia fala sobre o marido: "Parece aquele bandido que t� dando ordens aqui fora, resolvendo tudo".
Al�m disso, dados extra�dos do telefone de M�rcia, obtido pelo MP em uma dilig�ncia em dezembro do ano passado, revelaram que M�rcia mantinha contato com o miliciano Adriano da N�brega por meio da sua m�e, Raimunda Veras Magalh�es. Ela trabalhou no gabinete de Fl�vio e mesmo depois de exonerada, a esposa de Queiroz manteve contato com Veras. Adriano foi morto em fevereiro deste ano na Bahia, em uma a��o registrada como confronto contra a pol�cia durante uma opera��o para prend�-lo.
A defesa j� impetrou na Justi�a do Rio de Janeiro com um pedido de habeas corpus. Na �ltima ter�a, o advogado de Queiroz e de M�rcia, Paulo Em�lio Catta Preta que a mulher ainda n�o havia entrado em contato e que continuava sem saber o seu paradeiro. A reportagem o questionou hoje, mas ainda n�o obteve resposta.
Vit�ria
Nesta quinta-feira, a 3ª C�mara Criminal do Tribunal de Justi�a do Estado do Rio de Janeiro (TJRJ) deferiu, por 2 votos a 1, habeas corpus do senador Fl�vio Bolsonaro e tirou do juiz Fl�vio Itabaiana a compet�ncia para conduzir o processo do esquema de "rachadinha". No recurso, a defesa alegou que o �rg�o Especial do tribunal, formado pelos desembargadores mais antigos, seria competente para julgar o caso, j� que o senador era deputado estadual � �poca dos fatos investigados, por isso teria prerrogativa de foro.
A defesa tamb�m havia pedido que as decis�es de Itabaiana perdessem a validade, mas os desembargadores mantiveram, tamb�m por 2 votos a 1. Isso significa a manuten��o da pris�o de Fabr�cio Queiroz, como tamb�m, o mandado de pris�o contra a sua mulher, M�rcia, que est� foragida.