
O ‘futuro’ ministro da Educa��o, Carlos Decotelli, foi ‘sabatinado’ pela imprensa na noite desta segunda-feira, ap�s sair de uma reuni�o com o presidente Jair Bolsonaro. Com postura bem diferente de seu antecessor, Abraham Weintraub, Decotelli apresentou postura polida diante dos jornalistas e, entre v�rias respostas sobre supostas irregularidades em seu curr�culo, relatou um caso de racismo sofrido por sua filha.
“Minha filha mais velha tem 44 anos. � uma m�dica que teve muito esfor�o de trabalhar. Quando ela, no col�gio, com 11 anos, foi perguntada pela professora o que queria ser na vida, disse: ‘Professora, eu quero ser m�dica’. A professora disse: ‘O qu�? Mas voc� � negra, que neg�cio � esse de ser m�dica? Voc� sendo enfermeira j� estar� muito bom!’”, relatou Carlos Decotelli.
De acordo com ele, a filha, hoje m�dica com p�s-gradua��o, ficou traumatizada com o epis�dio. Decotelli destacou o fato dela ser muito bem sucedida na carreira e falou sobre a ‘covardia operacional’ existente no Brasil.
“Agora voc� imagina a covardia operacional de se ter um Brasil em que se agride uma crian�a. Minha filha ficou traumatizada. Eu fui ao col�gio e n�o agredi a professora. Transformei aquela agress�o da professora para minha filhinha em um desafio para que ela pudesse ter do preconceito e do racismo, a forma de reagir. Ela hoje � uma m�dica, doutora e pesquisadora nos Estados Unidos, fez mestrado de sa�de p�blica na Fiocruz. A �nica com notas A em todos os n�veis”.
Decotelli tomaria posse nesta ter�a-feira, entretanto a cerim�nia foi adiada pelo Planalto, ap�s as pol�micas envolvendo o curr�culo do professor. � noite, ap�s encontro com Bolsonaro, Decotelli garantiu que ser� o novo minstro da Educa��o.
Caso seja realmente empossado, ele ser� o primeiro ministro negro do atual governo e o segundo da Educa��o em toda a hist�ria. O primeiro foi Jos� Henrique Paim, durante o governo de Dilma Roussef.
Caso seja realmente empossado, ele ser� o primeiro ministro negro do atual governo e o segundo da Educa��o em toda a hist�ria. O primeiro foi Jos� Henrique Paim, durante o governo de Dilma Roussef.