
As informa��es foram reveladas pelo jornal O Estado de S. Paulo. Esse caderno foi apreendido pelo MP-RJ em dezembro do ano passado, em dilig�ncias contra M�rcia no �mbito da investiga��o do esquema de 'rachadinhas', de desvio dos sal�rios de servidores na Assembleia Legislativa do Rio (Alerj). Foi por esta investiga��o que Queiroz foi preso no �ltimo dia 18. M�rcia continua foragida.
Segundo reportagem do Estad�o, o caderno possu�a, ainda, contato atribu�do � primeira-dama Michelle Bolsonaro e tamb�m � esposa de Fl�vio, al�m de outras pessoas ligadas � fam�lia. Quando Queiroz foi preso, o MP citou nomes que poderiam ajudar Queiroz caso ele fosse encaminhado ao pres�dio militar. Justamente por este motivo que o juiz Fl�vio Itabaiana, da 27ª Vara Criminal do Tribunal de Justi�a do Rio, determinou que ele n�o poderia ser levado ao local, e ele foi encaminhado ao Complexo Penitenci�rio de Bangu.
Conforme Estad�o, a agenda de M�rcia mostra que havia tamb�m outros contatos junto com orienta��es que teriam sido passadas a ela por Queiroz. A reportagem explica que n�o h� data, mas informa��es indicam que teriam sido anotadas ap�s as elei��es de 2018, uma vez que havia nomes e cargos de pol�ticos que foram eleitos pela primeira vez naquele ano.
Esse n�o � o mesmo caderno que M�rcia anotou valores recebidos e pagos no tratamento de Queiroz ao Hospital Albert Einstein, em S�o Paulo. Ambos, no entanto, foram apreendidos na mesma dilig�ncia.
M�rcia � vista como uma pe�a importante no processo, uma vez que � apontado que ela tamb�m atuou na tentativa de obstruir a investiga��o, ao lado do marido. Na decis�o que pede a pris�o dos dois, do juiz Itabaiana, fala-se de uma atua��o de Queiroz neste sentido. Conforme juiz, estando livre, “ele poderia amea�ar testemunhas e outros investigados e obstaculizar a apura��o dos fatos perturbando o desenvolvimento da investiga��o e de futura a��o penal”.
Ainda na decis�o, o magistrado cita que M�rcia teve participa��o fundamental nas manobras para atrapalhar as investiga��es, assim como Queiroz e outro advogado de Fl�vio Bolsonaro, Luis Gustavo Botto Maia. Um dos exemplos dessa atua��o “sistem�tica” por parte de Queiroz apontado pelo juiz � uma conversa entre M�rcia e uma das filhas do policial militar aposentado, Nath�lia Queiroz. Em um momento, M�rcia fala sobre o marido: "Parece aquele bandido que t� dando ordens aqui fora, resolvendo tudo".
Al�m disso, dados extra�dos do telefone de M�rcia, obtido pelo MP em uma dilig�ncia em dezembro do ano passado, revelaram que M�rcia mantinha contato com o miliciano Adriano da N�brega por meio da sua m�e, Raimunda Veras Magalh�es. Ela trabalhou no gabinete de Fl�vio e mesmo depois de exonerada, a esposa de Queiroz manteve contato com Veras. Adriano foi morto em fevereiro deste ano na Bahia, em uma a��o registrada como confronto contra a pol�cia durante uma opera��o para prend�-lo.