
Na a��o em que acusou o ministro do Meio Ambiente, Ricardo Salles, de improbidade administrativa e pediu seu afastamento do cargo, o Minist�rio P�blico Federal aponta que medidas tomadas por ele � frente da pasta foram avalizadas pelo presidente Jair Bolsonaro. Como exemplo, procuradores citam a exonera��o de servidores do Ibama respons�veis por a��es de fiscaliza��o contra o garimpo ilegal.
O presidente � citado em tr�s partes diferentes do documento de 128 p�ginas, assinado por 12 procuradores - mas n�o � alvo da a��o, apresentada na primeira inst�ncia da Justi�a Federal do Distrito Federal.
Mensagens trocadas entre Bolsonaro e o ex-ministro da Justi�a S�rgio Moro foram anexadas � a��o para refor�ar a influ�ncia do presidente em decis�es da pasta.
Na a��o, fiscais flagraram um garimpo dentro de terras ind�genas, atividade que � proibida por lei, e queimaram a estrutura montada pelos garimpeiros e as m�quinas usadas para a extra��o ilegal. A queima do maquin�rio � prevista na legisla��o para este tipo de caso.
Ap�s a opera��o, houve uma s�rie de exonera��es no Ibama, em cargos de chefia nas �reas de prote��o e fiscaliza��o. Os procuradores apontam que o inconformismo de Bolsonaro motivou que Salles "efetivamente exonerasse toda a cadeia de servidores respons�vel, no Ibama, pelo planejamento de atividades de fiscaliza��o".
O MPF acusa Salles de improbidade administrativa em uma s�rie de atos, omiss�es e discursos. � Justi�a, pedem que o ministro seja afastado do cargo.
Em nota, Salles classificou como "tentativa de interferir em pol�ticas p�blicas" o pedido de afastamento. "A a��o de um grupo de procuradores traz posi��es com evidente vi�s pol�tico-ideol�gico."
