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Estado de Minas CLOROQUINA

Bolsonaro tem que fazer eletrocardiograma todo dia por usar hidroxicloroquina

Em est�gio inicial da COVID-19, ele aparenta n�o temer os efeitos da doen�a, mesmo sendo do grupo de risco, por ter 65 anos


postado em 09/07/2020 09:44 / atualizado em 09/07/2020 14:49

Após testar positivo para o novo coronavírus, Bolsonaro cancelou compromissos presenciais e está em isolamento no Palácio da Alvorada(foto: AFP / EVARISTO SA)
Ap�s testar positivo para o novo coronav�rus, Bolsonaro cancelou compromissos presenciais e est� em isolamento no Pal�cio da Alvorada (foto: AFP / EVARISTO SA)
Apesar de garantir que est� “perfeitamente bem” no tratamento contra a COVID-19, por tomar doses de hidroxicloroquina, o presidente Jair Bolsonaro precisa de avalia��es cardiol�gicas devido ao uso do medicamento.

Segundo o jornal O Globo, desde que foi diagnosticado com a doen�a, na �ltima ter�a-feira, o mandat�rio teve de fazer duas baterias di�rias de eletrocardiograma — exame que avalia a sa�de cardiovascular e pode revelar anormalidades card�acas — para monitorar poss�veis efeitos colaterais da subst�ncia no cora��o.

O procedimento � uma orienta��o da Sociedade Brasileira de Cardiologia (SBC). A entidade n�o recomenda o uso da hidroxicloroquina no combate ao novo coronav�rus, mas diz que “para os pacientes que optarem pela realiza��o do tratamento, que sejam realizados eletrocardiogramas”.

De acordo com jornal, o monitoramento do cora��o de Bolsonaro tem sido diferente do que sugere a SBC. Pelas recomenda��es da institui��o, os eletrocardiogramas para pacientes que s�o tratados � base de hidroxicloroquina devem ser feitos no primeiro, terceiro e quinto dias ap�s a ingest�o da primeira dose da subst�ncia, e n�o duas vezes por dia.

Bolsonaro voltou a dizer que est� “muito bem”, gra�as � medica��o. “Aos que torcem contra a hidroxicloroquina, mas n�o apresentam alternativas, lamento informar que estou muito bem com seu uso e, com a gra�a de Deus, viverei ainda por muito tempo”, afirmou nas redes sociais. Na publica��o, voltou a dizer que n�o se pode “propagar o p�nico” acerca da crise sanit�ria, pois isso “tamb�m leva � depress�o e mortes”. Em est�gio inicial da COVID-19, ele aparenta n�o temer os efeitos da doen�a, mesmo sendo do grupo de risco, por ter 65 anos.

Para o diretor cient�fico da Sociedade de Infectologia do Distrito Federal, Jos� David Urbaez, o mandat�rio ter reagido bem � medica��o � algo a se comemorar. No entanto, destacou ser necess�rio bastante cuidado. “Isso � uma droga cardiot�xica. Quem utilizar essa subst�ncia pode ter arritmias card�acas malignas, que muitas vezes evoluem para �bito. A prescri��o desse rem�dio n�o encontra respaldo cient�fico e n�o tem efic�cia contra a COVID-19 comprovada”, alertou Urbaez.

Ele acrescentou que a doen�a pode ser perigosa depois da primeira semana de infec��o. Apesar de ter sido diagnosticado h� dois dias, o presidente tem sintomas h� mais tempo. Na live da quinta-feira passada, na qual n�o usava m�scara e era acompanhado por, pelo menos, seis pessoas, ele j� estava tossindo. Depois, entre domingo e segunda-feira, teve dores musculares e febre. “� comum que a pessoa infectada persista com os sintomas, como dores musculares, febre e tosse seca, por algum tempo. Quando isso acontece, h� uma piora entre o oitavo e o 12º dia, habitualmente”, destacou Urbaez.

Infectologista do Hospital S�rio-Liban�s em Bras�lia, Alexandre Cunha refor�ou que a resposta de cada organismo, ao ser exposto ao v�rus, � individual. Por isso, no caso de Bolsonaro, o m�dico disse que � incerto afirmar que ele ter� um quadro leve durante todo o curso da doen�a. “Alguns pacientes apresentam sintomas mais leves na primeira semana, mas que podem se intensificar na segunda semana. Ainda � cedo para fazer uma avalia��o do quadro do presidente.”

Hemerson Luz, infectologista do Hospital das For�as Armadas (HFA), ressaltou que a COVID-19 � uma doen�a bif�sica. Segundo ele, a fase inicial vai at� a primeira semana, com sintomas mais leves, como perda de paladar e febre.

O perigo est� a partir do s�timo dia, quando as complica��es da enfermidade podem se agravar. “� necess�rio aten��o por conta da idade dele. Ap�s uma semana de infec��o, come�a a resposta sist�mica, na qual os pulm�es podem ser acometidos, e o paciente tem falta de ar”, explicou.


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