
O presidente do PTB, ex-deputado Roberto Jefferson, anunciou nessa segunda-feira (13) que o seu partido vai entrar com uma a��o contra o ministro. Em postagem nas redes sociais, Jefferson afirmou que a a��o foi solicitada por militares da reserva. “Um grupo de militares da reserva me procurou. Deseja o apoio do PTB para processar, com representa��o � PGR, o ministro Gilmar Mendes por crime de cal�nia, difama��o e abuso de autoridade. Respondi que sim. Vamos pra cima dos criminosos togados” escreveu o presidente do PTB no Twitter.
Na tarde desta ter�a-feira (14), Jefferson voltou �s redes para falar sobre o assunto. De acordo com ele, Gilmar Mendes n�o tem “grandeza moral”. O coment�rio foi feito em resposta a declara��o do vice-presidente Hamilton Mour�o.
Mour�o declarou que se Gilmar tiver "grandeza moral", tem que se desculpar e se retratar com os militares. Na segunda-feira, o vice j� havia dito que Gilmar "for�ou a barra e ultrapassou o limite da cr�tica".
O presidente da Funda��o Palmares, Sergio Camargo, repostou nas redes o v�deo onde Mour�o falava sobre as falas do ministro do Supremo. Ele repetiu a afirma��o do vice-presidente.
O senador Luiz Carmo (MDB) disse que vai entrar com pedido de impeachment do ministro. “No meu entendimento, o ministro passou dos limites ao dizer que o ex�rcito est� contribuindo com um genoc�dio. � hora de mostrar que todos t�m limites”, escreveu no Twitter.
No Twitter, a deputada federal Bia Kicis (PSL) afirmou que o c�digo penal militar prev� puni��es contra a conduta praticada por Gilmar Mendes. Em tom de ironia, ela disse que o ministro estava apenas mostrando o “ponto de vista”. Ap�s fazer essas declara��es, Bia linkou o caso com o inqu�rito das fake news e apelou para o ministro do STF, Alexandre de Moraes, “encerrar o inqu�rito dos memes porque l� s� tem ponto de vistas tamb�m”.
Os comandantes da Marinha, do Ex�rcito e da Aeron�utica divulgaram nota em que repudiam a declara��o de Gilmar Mendes. De acordo com o documento, o que mais incomodou o ministro da Defesa, general Fernando Azevedo e os comandantes das outras For�as foi o uso da palavra genoc�dio. "Genoc�dio � definido por lei como "a inten��o de destruir, no todo ou em parte, grupo nacional, �tnico, racial ou religioso" (Lei 2.889/1956). Trata-se de um crime grav�ssimo, tanto no �mbito nacional como na justi�a internacional, o que, naturalmente, � de pleno conhecimento de um jurista", destacou a nota assinada pelos militares.
Em mensagem publicada no Twitter, o general Augusto Heleno, ministro-chefe do Gabinete de Seguran�a Institucional (GSI), declarou apoio ao texto publicado pelos demais militares. “Reafirmo meu apoio � nota oficial, emitida nesta segunda-feira pelo ministro general de Ex�rcito Fernando Azevedo e pelos comandantes das For�as Armadas, em resposta � injusta agress�o sofrida pelo Ex�rcito Brasileiro, em entrevista do ministro do STF Gilmar Mendes”, escreveu.
O Minist�rio da Defesa anunciou que vai encaminhar uma representa��o � Procuradoria-Geral da Rep�blica (PGR) contra o ministro do Supremo.
At� o momento, o presidente Jair Bolsonaro evitou entrar na pol�mica e n�o se manifestou publicamente sobre o assunto.
At� o momento, o presidente Jair Bolsonaro evitou entrar na pol�mica e n�o se manifestou publicamente sobre o assunto.
Entenda
Durante uma transmiss�o on-line, o ministro Gilmar Mendes afimou que “o Ex�rcito se associa a um genoc�dio”. Ele se referiu ao fato de militares participarem da gest�o e da formula��o de pol�ticas p�blicas voltadas ao combate � COVID-19 no governo federal. O ministro interino da pasta, Eduardo Pazuello, � general da ativa.
Em nota, o ministro do Supremo Tribunal Federal afirmou que n�o atingiu a honra do Ex�rcito e manteve as cr�ticas � "substitui��o de t�cnicos por militares nos postos-chave do Minist�rio da Sa�de". Em rea��o, o Minist�rio da Defesa afirmou que entraria com uma representa��o contra Gilmar na Procuradoria-Geral da Rep�blica (PGR).
Com o objetivo de tentar amenizar a indisposi��o criada com as afirma��es de Gilmar Mendes, o presidente do STF, Dias Toffoli, ligou para o ministro Fernando Azevedo e para o ministro-chefe da Secretaria de Governo, Luiz Eduardo Ramos.
*Estagi�ria sob supervis�o da editora-assistente Vera Schmitz
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