Especificamente, chamam para “um amplo di�logo nacional que envolva humanistas, os comprometidos com a democracia, movimentos sociais, homens e mulheres de boa vontade, para que seja restabelecido o respeito � Constitui��o Federal e ao Estado Democr�tico de Direito, com �tica na pol�tica, com transpar�ncia das informa��es e dos gastos p�blicos, com uma economia que vise ao bem comum, com justi�a socioambiental, com "terra, teto e trabalho”, com alegria e prote��o da fam�lia, com educa��o e sa�de integrais e de qualidade para todos”.
Na carta, os sacerdotes acusam Bolsonaro de usar o nome de Deus para difundir mensagens de �dio e preconceito. “Como n�o ficarmos indignados diante do uso do nome de Deus e de sua Santa Palavra, misturados a falas e posturas preconceituosas, que incitam ao �dio, ao inv�s de pregar o amor, para legitimar pr�ticas que n�o condizem com o Reino de Deus e sua justi�a?”, questionam. Em outros dois trechos da carta, os bispos falam do desprezo do governo pelos direitos humanos e, tamb�m, “pela educa��o, cultura, sa�de e pela diplomacia”.
“Esse desprezo � vis�vel nas demonstra��es de raiva pela educa��o p�blica; no apelo a ideias obscurantistas; na escolha da educa��o como inimiga; nos sucessivos e grosseiros erros na escolha dos ministros da educa��o e do meio ambiente e do secret�rio da cultura; no desconhecimento e deprecia��o de processos pedag�gicos e de importantes pensadores do Brasil; na repugn�ncia pela consci�ncia cr�tica e pela liberdade de pensamento e de imprensa; na desqualifica��o das rela��es diplom�ticas com v�rios pa�ses; na indiferen�a pelo fato de o Brasil ocupar um dos primeiros lugares em n�mero de infectados e mortos pela pandemia sem, sequer, ter um ministro titular no Minist�rio da Sa�de (...)”, argumenta o grupo.
O texto foi revelado pela Folha de S�o Paulo. Ap�s o vazamento, a CNBB se isentou do conte�do da carta, que disse ser “de responsabilidade dos signat�rios”. Por e-mail, o Planalto informou que n�o comentar� a carta dos bispos.