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Estado de Minas NOVA NARRATIVA?

Ap�s 'tuba�na' e 'gripezinha', Bolsonaro muda discurso e critica uso pol�tico da COVID-19

Em post nas redes sociais neste domingo, presidente recuou no negacionismo e exaltou a ci�ncia


09/08/2020 20:01 - atualizado 10/08/2020 15:43

Durante a pandemia, Bolsonaro desrespeitou o isolamento social com frequência(foto: Alan Santos/PR)
Durante a pandemia, Bolsonaro desrespeitou o isolamento social com frequ�ncia (foto: Alan Santos/PR)
A desinforma��o mata mais at� que o pr�prio v�rus. O tempo e a ci�ncia nos mostrar�o que o uso pol�tico da COVID-19 por essa TV trouxe-nos mortes que poderiam ter sido evitadas”. As palavras, curiosamente, s�o do presidente da Rep�blica, Jair Bolsonaro. A manifesta��o, publicada no perfil do Facebook do presidente neste domingo, demonstra uma mudan�a de postura se comparada ao discurso negacionista adotado por Bolsonaro no in�cio da pandemia de COVID-19.

A doen�a, antes reduzida a “nao � isso tudo” e tratada como “gripezinha” por Bolsonaro mostrou ter potencial devastador. Neste domingo, o Brasil registrou um total de 3.035.422 casos de coronav�rus, com 101.049 mortes.

Nas �ltimas 24 horas, o pa�s contabilizou 23.010 novas ocorr�ncias da doen�a e 572 �bitos. O total de recuperados no pa�s � de 2.118.460.

O presidente que critica a “desinforma��o’, compartilhou, no dia 1º de abril um v�deo em que um homem alegava falsamente que a Ceasa de Minas Gerais estava desabastecida. Ap�s grande repercuss�o, o presidente apagou o v�deo e chegou a assumir o erro.

Ainda em abril, numa tentativa de desmerecer a Organiza��o Mundial de Sa�de, Bolsonaro publicou uma lista de falsas “diretrizes para pol�ticas educacionais” do �rg�o, em que aparecia recomenda��es sobre masturba��o e rela��es homossexuais para crian�as de 0 a 6 anos. No texto, o presidente dizia: “Essa � a OMS que muitos dizem que devo seguir no caso do coronav�rus. Dever�amos ent�o seguir tamb�m suas diretrizes para pol�ticas educacionais?”. Poucos minutos ap�s a postagem, o texto foi deletado.

Chama a aten��o tamb�m a cr�tica ao “uso pol�tico da COVID-19” e a afirma��o sobre as verdades serem trazidas pelo “tempo” e pela “ci�ncia”, ditas por quem demitiu dois m�dicos do comando do Minist�rio da Sa�de e colocou no comando da pasta Eduardo Pazuello, militar sem experiencia em gest�o de sa�de p�blica.

Ademais, o pr�prio presidente foi um dos chefes de governo que mais politizou a doen�a, chegando a afirmar, em 19 de maio, que “quem for de direita toma cloroquina, quem for de esquerda toma Tuba�na”.

Ainda sobre cloroquina e em ci�ncia, causa estranheza que o Bolsonaro “defensor da ci�ncia” seja o maior propagandista do medicamento, que como ele mesmo diz “mesmo n�o tendo ainda comprova��o cient�fica, salvou a minha vida”.

A cloroquina e a hidroxicloroquina, al�m de n�o terem efic�cia comprovada, pode ter s�rios efeitos colaterais, como arritmia card�aca, complica��es nos rins, comprometimento da sa�de dos olhos, e ainda, dores abdominais, n�usea, diarreia e v�mito.

Em entrevista ao Estado de Minas, o infectologista Una� Tupinamb�s, membro do Comit� de Enfrentamento � Epidemia da COVID-19 de Belo Horizonte, ao comentar a marca de 100 mil mortes no Brasil, repreendeu a postura diversas vezes negacionista de Bolsonaro.

A ci�ncia, os trabalhadores da �rea de sa�de, os sanitaristas, as universidades falam uma coisa e ele vai na contram�o, desautorizando essas falas”, disse o m�dico.


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