
Mesmo reconhecendo que n�o nenhum estudo cient�fico que comprove a efic�cia da medica��o contra a COVID-19, o presidente comentou que ele � a "prova viva" de que o rem�dio pode combater a enfermidade. Em julho, Bolsonaro contraiu o novo coronav�rus e fez um tratamento � base da hidroxicloroquina. Ele recebeu o diagn�stico em 7 de julho e se disse curado da doen�a em 25 de julho.
A fala do presidente aconteceu durante cerim�nia, em Bel�m (PA), que marcou a inaugura��o do Parque Urbano Bel�m Porto Futuro. “Destinamos a esse estado maravilhoso, mesmo sem comprova��o cient�fica, mais de 400 mil unidades de hidroxicloroquina para o tratamento precoce da popula��o. Sou a prova viva que deu certo. Muitos m�dicos defendem esse tratamento e sabemos que mais de 100 mil pessoas morreram no Brasil. Caso tivessem sido tratadas l� atr�s, poderiam essas vidas terem sido evitadas. E mais ainda: aqueles que criticaram a hidroxicloroquina n�o apresentaram alternativa”, declarou Bolsonaro.
Crise sanit�ria
Durante o discurso, Bolsonaro tamb�m destacou que o governo federal destinou apenas para o Par� mais de R$ 2 bilh�es para a��es de combate ao novo coronav�rus. Ele falou, ainda, sobre os preju�zos que a crise sanit�ria pode causar para a economia do Brasil no futuro.
“Desde o in�cio eu j� dizia: temos dois problemas pela frente. O v�rus e o desemprego. E ambos devem ser tratados com a devida responsabilidade. Nessa esteira, o governo rolou d�vidas, adiantou recursos, compensou perdas de ICMS e de ISS para estados e munic�pios, combatemos o desemprego. Sabemos que a vida n�o tem pre�o, mas o desemprego leva � depress�o e leva tamb�m � doen�a e � morte”, frisou o chefe do Executivo.
Estudos
Apesar da fala do presidente, o pa�s j� registrou casos de pessoas que contra�ram a COVID-19 e morreram mesmo depois de usarem hidroxicloroquina. Uma das v�timas foi o deputado estadual fluminense Gil Vianna (PSL-RJ), aliado de Bolsonaro, que morreu em maio. Um m�s antes, o m�dico baiano Gilmar Calasans Lima tamb�m teve a vida interrompida em decorr�ncia do novo coronav�rus. Ele fazia um tratamento em que combinava a hidroxicloroquina com a azitromicina.
No m�s passado, a maior pesquisa conduzida no Brasil sobre o uso da hidroxicloroquina para tratar a covid-19, feita pelo grupo Coaliz�o COVID-19 Brasil, mostrou que o medicamento � ineficaz em casos leves e moderados da doen�a. Al�m disso, o rem�dio n�o reduz a taxa de �bito e est� ligado a maior risco de arritmia e les�o hep�tica.