
Os tr�s filhos do presidente Jair Bolsonaro — Fl�vio, Carlos e Eduardo — est�o convencidos de que o ministro da Economia, Paulo Guedes, n�o pode ser empecilho para os planos do pai de garantir mais quatro anos de mandato.
Em conversas reservadas com aliados do presidente, eles ressaltam a import�ncia da presen�a de Guedes no governo, sobretudo por alavancar apoio entre empres�rios e integrantes do mercado financeiro. Contudo, isso est� longe de se aceitar o ministro como entrave para que pol�ticas que garantam votos sejam levadas adiante.
Na avalia��o de Fl�vio, Carlos e Eduardo, o presidente precisa manter o aux�lio emergencial que alavancou a popularidade do governo, mesmo que em um valor menor do que os atuais R$ 600, e, ao mesmo tempo, tocar obras importantes.
A vis�o � de que o benef�cio pago �s pessoas que perderam renda por causa da pandemia do novo coronav�rus tem impacto de mais curto prazo na economia. Sendo assim, � importante que as obras sustentem, mais � frente, a atividade, evitando decep��o dos eleitores justamente quando a campanha � reelei��o j� estar� a todo vapor.
Posto Ipiranga j� n�o inspira mais presidente
Quando questionados sobre o futuro de Guedes no governo, os tr�s filhos do presidente dizem que o pai tem forte apre�o pelo Posto Ipiranga, mas que a rela��o entre os dois entrou em processo de decl�nio.
Primeiro, pela intransig�ncia do ministro. Segundo, por exp�r, desnecessariamente, a discuss�o travada nos bastidores do governo pelo aumento de despesas, o que poder� implicar em estouro do teto de gastos. Terceiro, por, repentinamente, Guedes buscar apoio do presidente da C�mara, Rodrigo Maia, que n�o � bem-visto no Planalto. “Ficou feio”, diz um dos filhos de Bolsonaro.
Fl�vio, Carlos e Eduardo admitem que a situa��o de Guedes, que pode deixar o governo, n�o � irrevers�vel. Mas, se ele ficar no cargo, com certeza, estar� mais fraco do que nunca. Ser� mais um ministro, e n�o mais a refer�ncia na �rea econ�mica.
Bolsonaro tem gostado muito do que vem ouvindo do ministro do Desenvolvimento Regional, Rog�rio Marinho, e do ministro de Infraestrutura, Tarc�sio Freitas. O presidente descobriu que h� uma outra corrente de pensamento muito mais pr�xima de sua ess�ncia. Ou seja, um Estado mais forte e indutor do crescimento.
