A tentativa de Jair Bolsonaro de se reaproximar do seu antigo partido, o PSL, pelo qual se elegeu, enfrenta resist�ncias de parlamentares ressentidos com o presidente desde a crise que rachou a sigla, no ano passado. Tamb�m s�o vistas com maus olhos algumas pr�-condi��es, colocadas pelo Pal�cio do Planalto, para a reconcilia��o.
A costura vem sendo feita pelo l�der do PSL na C�mara, deputado Francisco Francischini (PR), e pelo vice-presidente da legenda, Antonio Rueda. O arranjo passa pela retomada do di�logo entre Bolsonaro e o presidente do PSL, o deputado federal Luciano Bivar (PE). Os dois brigaram na crise do ano passado, devido a diverg�ncias sobre a aplica��o dos recursos da legenda. O presidente, ent�o, desfiliou-se do PSL e anunciou a cria��o do Alian�a pelo Brasil.
Para o presidente, o retorno ao PSL seria bem-vindo, ap�s a fracassada tentativa de registrar o Alian�a pelo Brasil a tempo de participar das elei��es deste ano. Para Bivar, o dividendo seria o PSL voltar a contar com um nome de peso para o pr�ximo pleito e para o de 2022.
Mas h� pr�-condi��es: perd�o aos deputados que romperam com Bivar, substitui��o da pr�-candidatura de Joice Hasselmann � prefeitura de S�o Paulo pela de Jana�na Paschoal, controle do fundo partid�rio e apoio a um candidato do Pal�cio do Planalto � presid�ncia da C�mara, em 2021.
Ex-aliado de Bolsonaro, o senador Major Olimpio (SP), l�der do PSL no Senado, diz n�o ver clima para o retorno do presidente. “Ele usou isso para ver se consegue explodir candidaturas do PSL. Mais uma vez, ele atrapalha, e muito, o PSL nesse processo. O melhor � n�o aceit�-lo”, disparou.
J� a deputada Joice Hasselmann ironizou as pretens�es de Bolsonaro: “O que ele quer do PSL? � para construir ou destruir?”, questionou.
O Correio tentou contato com v�rios deputados bolsonaristas do PSL e com Jana�na Paschoal. Os que atenderam �s liga��es disseram que n�o poderiam falar sobre o assunto.