
O governo, por sua vez, tem retribu�do. Entre os senadores que assinaram uma proposta de emenda � Constitui��o (PEC) para permitir sua recondu��o ao cargo est�o os l�deres do governo no Congresso, Eduardo Gomes (MDB-TO), e no Senado, Fernando Bezerra Coelho (MDB-PE). A ades�o de governistas foi vista como sinal verde do Planalto. Em 2019, Alcolumbre chegou � presid�ncia do Senado com apoio do ent�o ministro da Casa Civil, Onyx Lorenzoni, hoje titular da Cidadania.
No caso dos vetos pendentes de vota��o, entre eles a desonera��o da folha salarial, o novo marco do saneamento b�sico e o pacote anticrime, o adiamento da vota��o d� mais tempo para o Planalto negociar e evitar uma derrota maior. A oposi��o j� avisou, por�m, que questionar� a an�lise do Or�amento se os vetos n�o forem votados antes.
Nos bastidores, Alcolumbre � apontado como uma esp�cie de "bombeiro" na rela��o entre os parlamentares e Bolsonaro. Em maio, ele puxou para si a relatoria do socorro financeiro a Estados e munic�pios e desenhou uma proposta, em acordo com o Executivo, contrariando uma vers�o da C�mara que tinha resist�ncia da equipe econ�mica do governo. Agora, deve fazer o mesmo na prepara��o do novo pacto federativo.
"Fica parecendo que o Congresso � um puxadinho do Pal�cio do Planalto", criticou o l�der do PSL no Senado, Major Ol�mpio (SP). Alcolumbre n�o respondeu. "O Davi sempre foi pr�ximo do governo, n�o est� fazendo essa aproxima��o agora", disse o senador Marcos Rog�rio (DEM-RR), vice-l�der do governo na Casa. "Bolsonaro, desde o come�o, estabeleceu uma distin��o entre Presid�ncia e Parlamento. N�o � agora que vai inverter a postura."
A elei��o que vai renovar o comando do Congresso est� marcada para fevereiro de 2021. A Constitui��o pro�be que presidentes da C�mara e do Senado sejam reconduzidos ao posto na mesma legislatura. Para mudar esse quadro, o Congresso precisa aprovar uma PEC.
Alcolumbre tenta aval do Supremo Tribunal Federal para a iniciativa. Al�m disso, articulou a apresenta��o da PEC que trata da reelei��o, que foi protocolada pela senadora Rose de Freitas (Podemos-ES). A estrat�gia tamb�m beneficia o presidente da C�mara, Rodrigo Maia (DEM-RJ), que nega ser candidato. Punida pelo Podemos, Rose anunciou que vai deixar a sigla.
"O Planalto n�o quer interferir no Congresso. De qualquer forma, como o Davi tem sido um parceiro, o governo n�o tem nada contra (a reelei��o)", afirmou o senador Chico Rodrigues (DEM-RR), tamb�m vice-l�der do governo no Senado.
As informa��es s�o do jornal O Estado de S. Paulo.