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Estado de Minas ASSESSORES FANTASMAS

Justi�a mant�m sal�rios de vereadores afastados de Nova Serrana

Em julho, a C�mara aprovou a suspens�o do pagamento; Mesa Diretora teme impacto financeiro e estuda recorrer da liminar


16/09/2020 18:34 - atualizado 16/09/2020 18:58

Antes da suspensão, a Câmara pagava a remuneração de 19 vereadores, com apenas 13 atuando(foto: Divulgação/Câmara de Nova Serrana)
Antes da suspens�o, a C�mara pagava a remunera��o de 19 vereadores, com apenas 13 atuando (foto: Divulga��o/C�mara de Nova Serrana)
Uma liminar do Tribunal de Justi�a de Minas Gerais (TJMG) derrubou a manobra da C�mara de Nova Serrana, Regi�o Centro-Oeste do estado, que suspendeu, por meio da Resolu��o 254/2020, os subs�dios dos seis vereadores afastados judicialmente. Eles s�o suspeitos de contratar assessores fantasmas e de crime de peculato. Quatro parlamentares acionaram a Justi�a alegando abuso de poder.

 

Na decis�o, o relator, o desembargador Lu�s Carlos Gambogi destacou que a Lei de Improbidade Administrativa � clara ao permitir o afastamento cautelar do agente p�blico, desde que, sem preju�zo da remunera��o. Para ele, a norma aprovada pelo Legislativo extrapola a previs�o legal e a decis�o judicial proferida nos autos do processo. Os seis foram afastados durante a opera��o Kobold desencadeada em maio do ano passado pelo Minist�rio P�blico.

 

“De modo que, neste momento processual, parece-me arbitr�ria a medida ora impugnada. Ademais, induvidoso o dano causado por tal medida, j� que suspende a remunera��o do vereador”, argumentou o relator.

 

Suspeitos de desviar cerca de R$ 263,2 mil dos cofres p�blicos, recorreram � Justi�a os vereadores Gilmar da Farm�cia (PV), Omar Santos (Pros), Valdir Mec�nico (PCdoB) e Valdir das Festas Juninas (PCdoB). Ap�s eles obterem a liminar, Adair Lopes (Avante) tamb�m conseguiu, em primeira inst�ncia, a retomada do pagamento. Apenas Juliano Boa Vista (PSL) n�o entrou com pedido para voltar a receber.

 

"Inconstitucional"

 

O projeto de resolu��o de iniciativa da Mesa Diretora foi aprovado em julho deste ano por 10 votos favor�veis e um contr�rio. Pela proposta, o pagamento dos sal�rios seria suspenso de julho at� o final do mandato. O valor bruto que cada um recebia era de R$ 8.150,84 por m�s, com impacto de aproximadamente R$ 60 mil/m�s nos cofres p�blicos.

 

Al�m de arcar com o montante mensal dos afastados, a C�mara ainda tem despesa de igual valor com os suplentes. Apesar de ter 13 cadeiras, o custo mensal era com 19 vereadores. Desde a aprova��o, o pagamento n�o � feito a nenhum dos seis parlamentares.

 

Mesmo com o apoio da maioria, a mat�ria aprovada recebeu o parecer assinado pelo analista jur�dico Omar Lenine pela inconstitucionalidade. Ele alegou, na �poca, que n�o h� previs�o constitucional ou legal de suspens�o do pagamento dos subs�dios de parlamentares em virtude do afastamento por decis�o judicial. Explicou ainda que o projeto violava o princ�pio contradit�rio e da ampla defesa, j� que n�o havia previs�o de ouvi-los.

 

Impacto financeiro

 

At� o momento. a C�mara n�o foi notificada. Entretanto, a decis�o j� provocou v�rias reuni�es. O principal receio � com o impacto financeiro. “J� extinguimos 12 cargos de auxiliar parlamentar e dispensamos 12 assessores. Temos apenas uma pessoa trabalhando em cada gabinete. E agora, com essa decis�o, as contas n�o fecham”, alerta o vice-presidente da C�mara, o vereador Willian Barcelos.

O impacto do pagamento dos vereadores afastados, incluindo os d�bitos anteriores, segundo o parlamentar, ser� superior a R$ 400 mil at� o fim do ano. A assessoria jur�dica estuda as possibilidades para recorrer. 

 

*Amanda Quintiliano especial para o EM

 

 


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