Dez dos 11 candidatos � Prefeitura de Belo Horizonte compareceram ao debate da Band (foto: Band/Divulga��o)
Dez dos 15 candidatos � Prefeitura de Belo Horizonte se encontraram para o primeiro debate na televis�o desta campanha. Organizado pela TV Band Minas, o programa foi ao ar �s 22h30 dessa quinta-feira e teve regras especificas de distanciamento e higieniza��o, por causa da pandemia de COVID-19, que j� matou 7.436 pessoas em Minas Gerais.
Dos 15 candidatos � PBH, 11 foram convidados, de acordo com a representatividade dos partidos pol�ticos no Congresso Nacional e com as regras estabelecidas pelo Tribunal Regional Eleitoral de Minas Gerais. Estiveram presentes �urea Carolina (PSOL), Fabiano Cazeca (Pros), Jo�o V�tor Xavier (Cidadania), Lafayette de Andrada (Republicanos), Lu�sa Barreto (PSDB), Marcelo Souza e Silva (Patriota), Nilm�rio Miranda (PT), Professor Wendel Mesquita (Solidariedade), Rodrigo Paiva (Novo) e Wadson Ribeiro (PCdoB).
O prefeito Alexandre Kalil (PSD), candidato � reelei��o, n�o compareceu.
Candidatos �urea Carolina e Jo�o Vitor Xavier (foto: Band/Divulga��o)
O debate
Antes mesmo do in�cio do debate, os candidatos j� se confrontavam. Tudo por causa da aus�ncia do prefeito Alexandre Kalil, candidato � reelei��o.
Pelas redes sociais, Jo�o V�tor Xavier, Luisa Barreto e Professor Wendel Mesquita se manifestaram nas redes sociais, criticando a postura do advers�rio.
O tom do programa foi de cr�ticas � atual administra��o. J� na primeira rodada de perguntas, em que a mediadora In�cia Soares questionou a todos os participantes 'por que querem ser eleitos', a maioria usou o tempo n�o para se apresentar, mas para atacar a gest�o de Kalil.
A pol�tica de combate � pandemia tamb�m foi atacada. Fabiano Cazeca afirmou que 'empesas foram covardemente quebradas' e Jo�o Vitor Xavier disse que falta di�logo ao atual prefeito.
O segundo bloco, no qual os candidatos fizeram perguntas uns para os outros, em ordem definida por sorteio, foi menos agressivo e mais propositivo. Apesar de algumas ideias apresentadas n�o serem t�o simples de serem implantadas, como o monotrilho ligando o Barreiro ao Centro e a abertura de ‘duas largas avenidas’ do Belvedere ao Sion, sugeridas por Lafayete Andrada.
A promessa recorrente de amplia��o do metr� de BH parece ter sido substitu�da pela do monotrilho, tamb�m sugerido pelo Professor Wendel Mesquita. A diferen�a seria o trajeto. Na ideia de Wendel, o ve�culo sairia da Pampulha em dire��o � rodovi�ria, passando pelas avenidas Tancredo Neves e Pedro II.
O transporte p�blico um dos assuntos mais abordados na primeira parte do debate. Fabiano Cazeca comparou os atuais �nibus da capital a 'latas de sardinha' e sugeriu a volta dos trocadores. Lafayette Andrada citou a sincroniza��o de sem�foros e a elimina��o de gargalos. Wendel Mesquita sugeriu a cria��o da tarifa estudantil para alunos da rede municipal.
(foto: Candidatos Professor Wendel e Luisa Barreto)
Bolsonaro e PT
Lafayette Andrada foi um dos primeiros a citar o nome do presidente Jair Bolsonaro (sem partido). Andrada que defendeu a implanta��o em Belo Horizonte, de escolas c�vico-militares, pol�tica da qual o presidente � entusiasta.
Isso gerou um embate com Wadson Ribeiro, que declarou que as escolas n�o devem ter a presen�a de partidos, religi�es ou militares, e sim de livros.
Bolsonaro tamb�m foi citado por �urea Carolina. Incitada por Fabiano Cazeca, ela criticou a promessa do presidente de ampliar a Linha 2 do metr� de BH. Segundo a candidata, Bolsonaro fez uma 'manobra' no or�amento e anunciou a obra sem ter os recursos financeiros necess�rios.
Outro embate particular que chamou a aten��o foi entre Nilm�rio Miranda (PT) e Rodrigo Paiva (Novo). Nilm�rio criticou a constru��o do Hospital de Campanha de Minas Gerais 'que n�o atendeu ningu�m' e as pr�ticas de corte de despesas do governador Romeu Zema, companheiro de partido de Paiva. Como resposta, o petista ouviu duas vezes que estava 'equivocado' e que o Novo recebeu o estado 'quebrado' pelo governo de Fernando Pimentel, correligion�rio de Nilm�rio.
Uso de celular
Durante o debate, a mediadora In�cia Soares alertou para a impossibilidade da utiliza��o de celulares pelos candidatos e pediu que eles 'respeitassem a regra'. Contudo, a apresentadora n�o citou qual dos presentes fez uso do aparelho e mereceu o 'pux�o de orelha'.
(foto: Candidatos Nilm�rio Miranda, Fabiano Cazeca e Marcelo Souza e Silva)
Veja abaixo algumas declara��es dos candidatos � PBH
�urea Carolina: "A tecnologia deve estar a servi�o da vida e da cidadania e pode estar associada com uma pol�tica de forma��o profissional para a juventude mais pobre ter uma condi��o de qualifica��o muito mais avan�ada do que � ofertado hoje em Belo Horizonte".
Fabiano Cazeca: "Ele (Kalil) criou um Comit� da Sa�de e achou que aquilo era suficiente. N�o! A fun��o de um prefeito n�o � s� cuidar da sa�de, de uma pandemia".
Jo�o Vitor Xavier: "O prefeito atual quando fez campanha h� quatro anos, falava ‘chega de pol�tico, vamos limpar o cabide de emprego’. O cabide de emprego s� mudou de lugar. Estava espalhado em todos os cantos e agora est� no gabinete do prefeito".
Lafayete Andrada: "Vamos destravar o transito da Zona Sul, abrindo duas largas avenidas do Belvedere ao Sion, e vamos fazer tamb�m um monotrilho, ligando o Barreiro ao Centro, passando pelo Bet�nia e Buritis".
Luisa Barreto: "O que a prefeitura fez para melhorar a sua vida ao longo dos anos? Tenho certeza que muito pouco ou quase nada".
Marcelo Souza e Silva: "Precisamos de uma pessoa articulada, que fa�a integra��o, conhe�a a cidade e saiba escutar as pessoas. Que levante a bunda da cadeira e v� at� as pessoas".
Nilm�rio Miranda: "As pessoas t�m que morar em algum lugar. Se elas s�o obrigadas a morar em locais de risco, isso � culpa de quem sonegou o direito � moradia digna para essas pessoas. Querer culpabilizar a v�tima nunca ser� o caminho".
Professor Wendel Mesquita: "Temos propostas inovadoras, como um monotrilho, saindo da regi�o da Pampulha, passando pelas avenidas Tancredo Neves, Pedro II e chegando � rodovi�ria".
Rodrigo Paiva: "Eu desafio todos voc�s aqui. Vamos deixar de usar o fundo partid�rio, fundo eleitoral, para fazer campanha? Eu fa�o campanha com o recurso conquistado com pessoas que acreditam nos nossos princ�pios e valores".
Wadson Ribeiro: "N�o existe priorizar a educa��o sem os professores receberem bem. Quero uma escola que seja atrativa para o jovem e n�o que afaste. Esses s�o temas importantes, e n�o colocar pol�cia dentro da escola."