Pastores, professores, 'Bolsonaros' e 'Ronaldinho': veja apelidos de candidatos em BH

J� � tradi��o: para atrair a simpatia do eleitor, incont�veis candidatos a cargos legislativos optam por codinomes que fa�am men��o a quest�es como profiss�o, religi�o e local de resid�ncia. Na elei��o que vai definir a composi��o da C�mara Municipal de Belo Horizonte para os pr�ximos quatro anos n�o � diferente. “Pastor”, “Professor”, ‘Doutor” e “Sargento” como de praxe, h� aos montes. Mas quem tamb�m tenta ser vereador, por exemplo � uma “vers�o” do Barreiro do presidente Jair Bolsonaro (sem partido).

O Estado de Minas compilou uma s�rie de apelidos utilizados pelos postulantes a uma das 41 cadeiras do Parlamento municipal. Juntos, eles batizam 232 dos mais de 1.500 candidatos. A alcunha mais utilizada � “Professor” — ou “Professora”. S�o 54 docentes, do PSL ao PCdoB, tentando angariar a simpatia do eleitor. Em seguida, v�m os “doutores”: h� 31 participantes utilizando o termo como nome para a urna. Pastores, s�o 15; padres, dois.

 

 

Seguran�a e da sa�de em alta

Patentes militares e cargos em for�as policiais aparecem com frequ�ncia. Cabos, coron�is, sargentos, delegada, policial federal e subtenente comp�em um grupo de 20 concorrentes. Entre eles est�o dois ex-vereadores da capital: Elaine Matozinhos (PTB) lan�ou m�o de sua trajet�ria como delegada para incrementar o nome eleitoral. Vilmo Gomes (PSC), subtenente, faz uso do mesmo expediente. Tamb�m participam da disputa dois vigilantes privados e um oficial da Marinha Mercante.

A “bancada da sa�de” � outra corrente forte na corrida rumo � C�mara Municipal. Al�m dos doutores, h� seis concorrentes que apostam nos servi�os de resgate: em busca da reelei��o, Bim da Ambul�ncia (PSD), Eduardo da Ambul�ncia e Dimas da Ambul�ncia (ambos do PSC) t�m outros quatro “xar�s de sobrenome” como advers�rios. Mais seis utilizam a express�o “da Sa�de” para compor o “nome eleitoral”. H�, tamb�m, men��es a posto de sa�de e ao trabalho de controle de zoonoses. Sete enfermeiros marcam presen�a na lista de concorrentes.

‘Aposta’ nos bairros e ‘Bolsonaro do Barreiro’

Outros depositam fichas nos votos locais. Por isso, citam bairros e regi�es da cidade em seus nomes. H�, por exemplo, uma men��o ao Serra Verde, em Venda Nova. O l�der em cita��es � o barreiro: seis candidatos utilizam a regi�o como ferramenta para “puxar” apoios. Um deles, Wanderson Matozinho de Souza, do PP, “dobrou” a aposta e vai concorrer como “Decinho Bolsonaro do Barreiro”.

E, se h� um “xar�” do chefe do Executivo nacional, as figuras que se inspiram em Luiz In�cio Lula da Silva (PT) est�o em falta na capital. Nenhum candidato belo-horizontino utilizar� o apelido do ex-presidente como nome-fantasia.

Outros apelidos

Se voc� � atleticano e frequenta os jogos do time em BH, pode j� ter cruzado com Jos� Robson Batista de Oliveira, imitador de Ronaldinho Ga�cho, ex-jogador do clube. Ele vai incorporar o personagem tamb�m na vida p�blica, j� que “Ronaldinho S�sia” concorre pela Rede Sustentabilidade.

Quem tamb�m segue esse caminho � o “viral” Sandro Magno Chagas (PTB), o “Nanan do Galo Doido”, que se notabilizou nas redes sociais por tirar sarro de torcedores do Cruzeiro.

Uma s�rie de outros apelidos consta na base de dados da Justi�a Eleitoral para a disputa em Belo Horizonte. “Deputado" (DC) �, na verdade, Edival Ferreira de Oliveira. “Max P� de Cachorro Coca Cola” (PL) nasceu como Adilson Jos� Oliveira, enquanto “Boi” (Patriota) foi batizado Jos� Geraldo de Carvalho.

Participam do processo eleitoral, ainda, aqueles que acreditam no poder de estabelecimentos comerciais. N�o faltam candidatos que incorporaram, aos seus nomes, refer�ncias a empreendimentos como autoescolas, farm�cias, bares e restaurantes.