
O inqu�rito era supervisionado pelo ministro Celso de Mello, mas passou para Alexandre de Moraes depois da aposentadoria do colega. O sorteio de um novo relator, na semana passada, foi uma iniciativa do presidente do tribunal, Luiz Fux, para evitar que o ent�o indicado para a vaga, Kassio Nunes Marques, agora ministro, assumisse o caso junto aos demais processos que est�o no gabinete de Celso de Mello.
O primeiro despacho de Moraes no inqu�rito tem apenas quatro linhas e faz refer�ncia a um despacho da PF do m�s de agosto, que apontou medidas que ainda precisavam ser cumpridas para a conclus�o da investiga��o.
Na ocasi�o, a delegada Christiane Correa Machado, chefe do grupo da PF respons�vel por atuar em inqu�ritos do Supremo Tribunal Federal, apontou que era ainda era preciso ouvir o presidente da Rep�blica - medida que ainda n�o foi cumprida - e concluir a an�lise dos diversos documentos obtidos.
Algumas das informa��es que foram solicitadas pelos investigadores fazem parte de outros inqu�ritos. Entre os outros casos que interessam para a investiga��o, est� uma apura��o sobre "eventuais crimes eleitorais por parte de familiar(es) do Presidente da Rep�blica", situada na Justi�a Eleitoral do Rio de Janeiro, e tamb�m uma outra apura��o sobre "suposta inclus�o do Deputado Federal H�lio Lopes em investiga��o criminal". H� tamb�m um caso da Justi�a Federal do Rio de Janeiro que � citado.
Outra investiga��o que interessa � PF diz respeito ao vazamento de informa��es da Opera��o Furna da On�a, deflagrada em 2018, para investigar esquema de "rachadinhas" na Assembleia Legislativa do Rio de Janeiro (Alerj).
Depoimento. As informa��es agora solicitadas � Pol�cia Federal s�o necess�rias para que Alexandre de Moraes possa dar prosseguimento � investiga��o, que encontra-se em um impasse, por causa da forma como o presidente da Rep�blica dever� ser ouvido.
O antigo relator do caso, Celso de Mello, determinou em setembro o interrogat�rio presencial do presidente Jair Bolsonaro, pela Pol�cia Federal. No entanto, a Advocacia-Geral da Uni�o, que defende o presidente, recorreu. A medida ainda n�o foi cumprida. O plen�rio do Supremo come�ou a avaliar o recurso de Bolsonaro, mas at� agora apenas o ministro Celso de Mello votou. Para a retomada do caso, o ministro Alexandre de Moraes dever� pedir, primeiro, que haja a inclus�o na pauta do plen�rio.