
A 7ª Delegacia de Pol�cia Civil de Perdizes, no Tri�ngulo Mineiro, concluiu nesta quinta-feira (29) inqu�rito policial da Opera��o ‘Voto de Cabresto’, deflagrada na pequena cidade, de cerca de 20 mil habitantes. Conclu�da as investiga��es, o inqu�rito ser� agora remetido para a Justi�a, para uma poss�vel den�ncia por parte do Minist�rio P�blico de Minas Gerais (MPMG) contra os investigados: o atual vice-prefeito da cidade e dois de seus assessores.
Eles respondem em liberdade por organiza��o criminosa, peculato e corrup��o eleitoral.
Eles respondem em liberdade por organiza��o criminosa, peculato e corrup��o eleitoral.
Segundo informa��es da Pol�cia Civil de Minas Gerais (PCMG), a opera��o, chefiada pelo delegado regional Vitor Hugo Heisler e coordenada pelo delegado Rafael Pereira Silva Gallo, teve como objetivo desarticular grupo criminoso respons�vel pela pr�tica de il�citos eleitorais.
O delegado respons�vel pelo caso, Rafael Gallo, representou � Justi�a pela pris�o preventiva do vice-prefeito e dos dois assessores, visando, segundo ele, preservar a ordem p�blica.
“Os envolvidos continuam a ter acesso � Prefeitura de Perdizes. Quanto ao vice-prefeito, o artigo 236 do C�digo Eleitoral veda a pris�o cautelar de candidato desde 15 dias antes das elei��es, o que pode gerar eventualmente, devido ao decurso do tempo, impedimento � an�lise do m�rito da pris�o preventiva”, informou.
“Os envolvidos continuam a ter acesso � Prefeitura de Perdizes. Quanto ao vice-prefeito, o artigo 236 do C�digo Eleitoral veda a pris�o cautelar de candidato desde 15 dias antes das elei��es, o que pode gerar eventualmente, devido ao decurso do tempo, impedimento � an�lise do m�rito da pris�o preventiva”, informou.
Durante as investiga��es, mais de 30 pessoas foram ouvidas, aproximadamente 20 celulares e computadores foram periciados e diversos documentos foram apreendidos pela Pol�cia Civil.
“Os tr�s envolvidos foram presos temporariamente no dia da Opera��o “Voto de Cabresto” (16 de outubro)”, completou o delegado Vitor Heisler.
“Os tr�s envolvidos foram presos temporariamente no dia da Opera��o “Voto de Cabresto” (16 de outubro)”, completou o delegado Vitor Heisler.
Servidores foram coagidos
De acordo com o delegado respons�vel pelo caso, Rafael Gallo, todos os elementos de informa��o colhidos durante as investiga��es demonstram que o vice-prefeito de Perdizes e os dois assessores, de fato, coagiram servidores comissionados para que apoiassem a candidatura do vice-prefeito ao cargo de prefeito de Perdizes nestas elei��es municipais.
“Os materiais colhidos demonstram que inclusive nas elei��es de 2018 o vice-prefeito de Perdizes tamb�m coagiu servidores para que apoiassem candidaturas de deputados estaduais de seu interesse, amea�ando-os de demiss�o e cobrando metas de adesivagem veicular”, afirma.
“Os materiais colhidos demonstram que inclusive nas elei��es de 2018 o vice-prefeito de Perdizes tamb�m coagiu servidores para que apoiassem candidaturas de deputados estaduais de seu interesse, amea�ando-os de demiss�o e cobrando metas de adesivagem veicular”, afirma.
As investiga��es demonstraram ainda, conforme o delegado, que desde pelo menos 2019 o vice-prefeito de Perdizes realizava pessoalmente listas de apoiadores e as repassava para um de seus assessores, que autorizava a aquisi��o de materiais de constru��o para os citados. Esse material era entregue por dois empres�rios nas resid�ncias citadas na lista a troco de voto para o vice-prefeito.
Tal conduta, ainda segundo o delegado respons�vel pelo caso, configura os delitos de organiza��o criminosa, peculato e corrup��o eleitoral.
Tal conduta, ainda segundo o delegado respons�vel pelo caso, configura os delitos de organiza��o criminosa, peculato e corrup��o eleitoral.
“Em rela��o ao il�cito de coa��o de servidores comissionados, o vice-prefeito de Perdizes e os dois assessores foram indiciados por associa��o criminosa (art. 288 do C�digo Penal, pena em abstrato de 1 a 3 anos) e coa��o eleitoral (art. 300 do C�digo Eleitoral, pena em abstrato de deten��o de at� seis meses).
No que se refere � compra de votos em troca de material de constru��o, o vice-prefeito, um assessor e dois empres�rios foram indiciados por organiza��o criminosa (pena em abstrato de 3 a 8 anos, e que pode ser aumenta de 1/6 a 2/3, por haver a participa��o de funcion�rio p�blico) e peculato (art. 312 do C�digo Penal, pena em abstrato de 2 a 12 anos), sendo que por tal pr�tica o vice-prefeito e o assessor tamb�m foram indiciados por corrup��o eleitoral (art. 299 do C�digo Eleitoral- reclus�o de at� 4 anos).
Todos os eleitores identificados e que solicitaram materiais de constru��o para o vice-prefeito em troca de voto tamb�m foram indiciados por corrup��o eleitoral (art. 299 do C�digo Eleitoral).
"Um ex-prefeito de Perdizes, por negociar a doa��o de materiais de constru��o em troca de apoio � candidatura do vice-prefeito, tamb�m foi indiciado por corrup��o eleitoral (art. 299 do C�digo Eleitoral)”, finalizou o delegado.
