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Estado de Minas ELEI��ES 2020

Com poucas mulheres eleitas, C�maras de Vereadores mineiras seguem com maioria masculina

Em Minas Gerais, 188 cidades ter�o um novo per�odo legislativo sem nenhuma vereadora nas c�maras municipais


23/11/2020 12:38 - atualizado 23/11/2020 12:59

Beatriz Madureira, Rose Félix e Dayse Picão são algumas das vereadoras eleitas em MG em 2020(foto: Divulgação )
Beatriz Madureira, Rose F�lix e Dayse Pic�o s�o algumas das vereadoras eleitas em MG em 2020 (foto: Divulga��o )

O Tribunal Superior Eleitoral (TSE) divulgou alguns dados referentes aos n�meros gerados pelas elei��es municipais 2020. Segundo o �rg�o, mais de 900 cidades brasileiras come�ar�o o novo mandato sem nenhuma vereadora eleita. Em Minas Gerais, 188 cidades se enquadram nesses dados.
 
� o caso de S�o Gon�alo do Rio Abaixo. Das nove vagas dispon�veis, tr�s eram ocupadas por mulheres. No pleito do dia 15 de novembro, a popula��o gon�alense optou por eleger apenas homens. Uma das candidatas, Luciana Maria Bicalho (PTB), se candidatou ao posto de prefeita, por�m n�o obteve sucesso nas elei��es. A cidade vizinha, Bar�o de Cocais, passou pela mesma experi�ncia. Al�m de n�o eleger nenhuma mulher para verear, ainda perdeu a �nica que fazia parte da casa na atual gest�o.

Apenas uma mulher eleita

Os dados do TSE tamb�m informaram que 1,8 mil cidades, no Brasil, tiveram apenas uma mulher eleita. � o caso das C�maras de Vereadores de Jo�o Monlevade e Itabira que, depois de um mandato inteiro sem mulheres em sua composi��o, receber�o apenas uma na pr�xima gest�o.

Itabira, considerado um munic�pio polo de sua regi�o, tem 17 cadeiras na C�mara de Vereadores. Nesse pleito, a �nica mulher eleita foi Rose F�lix (MDB). Aos 43 anos de idade, a advogada e empres�ria disputou um cargo p�blico pela primeira vez. M�e solo de dois meninos, ela defende a valoriza��o da mulher, al�m da representatividade e da luta racial. Eleita com 1318 votos, ela frisou as dificuldades de uma elei��o ainda majoritariamente masculina.
“Mesmo com 100 anos da institucionaliza��o do voto feminino, percebemos que a maioria das mulheres ainda n�o votam em mulheres. � preciso garantir representatividade, democracia e equil�brio nas rela��es. Pretendo abordar a quest�o da representatividade justamente trazendo mulheres que j� exercem esse papel, que participam de projetos de empreendedorismo ou quest�es sociais. Precisamos dar visibilidade para que mulheres possam engajar, buscar capacita��o, se empoderar e saberem da import�ncia que temos na sociedade”, explica Rose F�lix.

Em Jo�o Monlevade, Andrea Peixoto Correa Martins (PTB), a Andrea da Sa�de, conseguiu uma das 15 vagas na C�mara de Vereadoresap�s ter a candidatura impugnada. O julgamento aconteceu no �ltimo dia 18. Dos sete desembargadores presentes na sess�o realizada pelo Tribunal Regional Eleitoral (TRE), quatro foram favor�veis � ex-secret�ria de sa�de do munic�pio. Outros tr�s votaram pela impugna��o.

Elei��es hist�ricas


Muitas cidades da regi�o conseguiram eleger um n�mero maior de mulheres esse ano. Mesmo que ainda pouco expressivos, eles representam uma mudan�a necess�rio no cen�rio pol�tico regional. Em Santa B�rbara, depois de um mandato sem presen�a feminina, das dez cadeiras, duas ser�o ocupadas por mulheres. Assim como em Itamb� do Mato Dentro.

Ferros e Passab�m ter�o tr�s representantes femininas em suas C�mara de Vereadores. Em Guanh�es, nas elei��es de 2016, as duas candidatas mais votadas da cidade foram mulheres. Esse ano, An�dia de Paula repetiu o feito. Mais votada com 615 votos, ele ter� companhia de mais duas mulheres.

O munic�pio de Concei��o do Mato Dentro assistiu � reelei��o de 81% dos atuais vereadores. Os 19% de renova��o ficaram por conta da elei��o de duas mulheres ao legislativo. Beatriz Madureira (MDB) e Dayse Pic�o (MDB) chegam ap�s anos sem nenhuma representante do sexo feminino na cidade. 

Dayse Mariano de Paula, conhecida como Dayse Pic�o, nasceu e cresceu no Sapo, distrito de Concei��o do Mato Dentro. Ela vem de uma longa heran�a familiar de homens vereadores. Com 35o votos, foi a s�tima vereadora mais votada. J� Beatriz Madureira, segunda maior vota��o da cidade com 816 votos, j� atuou como secret�ria de Desenvolvimento Social e, durante 21 anos, secret�ria executiva na Associa��o dos Munic�pios da Microrregi�o do M�dio Espinha�o (Amme).

Ela explica que Concei��o do Mato Dentro s� tem a ganhar com a volta de mulheres ocupando cadeiras do poder legislativo. “S� acredito em uma realidade melhor se a gente enfrentar essa desigualdade. Nossa desigualdade tem ra�a, tem g�nero. Por isso, assumir a vaga do poder legislativo � quest�o de fazer valer a voz das mulheres e garantir o nosso olhar atento as pol�ticas p�blicas voltadas para elas”, observa Beatriz Madureira.

N�meros gerais


Apesar de registrar um n�mero maior de vereadoras eleitas (16%) do que na elei��o passado (13,5%), os dados seguem desanimadores. O Instituto Brasileiro de Geografia e Estat�stica (IBGE) d� conta que 51,8% dos brasileiros s�o mulheres. Esse n�mero se reflete tamb�m na porcentagem de eleitores. O TSE confirma que 52,5% deles s�o do sexo feminino.

Nas elei��es de 2020, as mulheres representaram 34% dos candidatos a vereador. Em 2016, esse percentual era de 32%. De uma forma geral, nota-se que as medidas adotas para aumentar a representatividade feminina na pol�tica brasileira ainda precisam ser aperfei�oadas. 


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