
Para o presidente da C�mara dos Deputados, Rodrigo Maia (DEM), o rev�s do prefeito do Rio, Marcelo Crivella (Republicanos), candidato � reelei��o batido pelo prefeito eleito Eduardo Paes (DEM), n�o significa uma derrota do presidente Jair Bolsonaro (sem partido), que foi seu principal apoiador.
"N�o tem nada a ver com a elei��o nacional. � uma vit�ria da pol�tica, e o Bolsonaro sempre fez pol�tica. N�o tem nenhuma rela��o com a elei��o nacional, � uma vit�ria daqueles que fazem pol�tica e administram com qualidade, e o Eduardo Paes representa isso pra gente. � a vit�ria do Rio de Janeiro. T�nhamos um prefeito que n�o cuidou da cidade, teremos um prefeito que sempre cuidou e vai continuar cuidando", afirmou Maia, que ap�s a apura��o dos votos acompanhou Paes em uma entrevista coletiva concedida em um hotel de S�o Conrado (zona sul).
Para o parlamentar, a elei��o presidencial "ainda est� muito longe" e "tem pouca rela��o" com a elei��o municipal: "Apenas uma vincula��o de vereadores com a elei��o de deputados. O resto � uma quest�o de constru��o pol�tica para cada um dos campos pol�ticos do Brasil."
Maia disse que, a partir desta segunda-feira (30), espera que o governo federal encaminhe quest�es relativas ao or�amento para 2021. "N�s temos um problema grande, uma opera��o dif�cil de ser constru�da, que � manter o or�amento dentro do teto de gastos, (isso) depende muito do governo. Eu espero que o governo amanh� mostre � sociedade a sua coragem, a sua capacidade de enfrentar os problemas. A C�mara est� pronta para isso, mas depende do Senado, que essa mat�ria ser� votada primeiro no Senado. A gente precisa cortar despesas para poder aprovar o or�amento. Isso no dia de amanh� parece desgastante, mas a partir de dois, tr�s meses � o correto para o Brasil", afirmou o deputado.
"O governo precisa mostrar onde vai cortar. Se n�s n�o cortarmos na indexa��o das aposentadorias, se n�o cortarmos em benef�cios para servidores, se n�o mudarmos o abono salarial para outro programa, seguro defeso, todos programas dif�ceis de serem acabados, n�s vamos ter dificuldade de aprovar o or�amento. O teto vai ser garantido com essas mudan�as", seguiu Maia. Segundo ele, at� o final do ano deve ser votado o projeto que concede autonomia ao Banco Central: "A C�mara est� madura para isso, depende do di�logo", afirmou.
Questionado sobre a hip�tese de sua reelei��o ao cargo de presidente da C�mara, Maia foi enf�tico: "A Constitui��o hoje n�o permite".