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Estado de Minas BATE-REBATE

Presidente da ALMG chama secret�rio de Zema de 'fake news'

Agostinho Patrus criticou Otto Levy por cobran�as p�blicas pela aprova��o de projeto sobre contrata��es tempor�rias


04/12/2020 15:45 - atualizado 04/12/2020 16:01

Agostinho Patrus preside o Parlamento Mineiro desde 2019.(foto: Guilherme Bergamini/ALMG)
Agostinho Patrus preside o Parlamento Mineiro desde 2019. (foto: Guilherme Bergamini/ALMG)
Reeleito presidente da Assembleia Legislativa de Minas Gerais (ALMG) at� janeiro de 2023, o deputado Agostinho Patrus (PV) subiu o tom contra o secret�rio de Estado de Planejamento e Gest�o, Otto Levy. Ap�s o integrante do governo Romeu Zema (Novo) cobrar reiteradamente a aprova��o do projeto que trata da contrata��o tempor�ria de pessoal, o parlamentar chamou Otto de “secret�rio fake news”.

“O secret�rio Otto Levy � conhecido aqui (na ALMG) como ‘secret�rio fake news’; Ele j� veio aqui, no ano passado, e disse que, se a Assembleia votasse em 15 dias a antecipa��o do ni�bio, tinha 30 ou 40 empresas cadastradas na Bolsa de Valores para comercializar (os cr�ditos). A hora que ele come�ar a falar a verdade e expor as coisas com realidade, vamos ouvir”, disse, em men��o ao aval, dado no ano passado, � venda antecipada de cr�ditos da Companhia de Desenvolvimento Econ�mico de Minas Gerais (Codemig) sobre o ni�bio explorado nas minas de Arax�, no Tri�ngulo.

A Assembleia aprovou a comercializa��o dos cr�ditos do ni�bio at� 2032. Apesar disso, a opera��o, prevista para ser feita por meio da Bolsa de Valores de S�o Paulo, ainda n�o foi concretizada. “Esperamos que ele cumpra seu papel e venda as a��es da Codemig, que t�m mais de um ano. H� 12 meses, o secret�rio estava aqui dizendo que estava vendido, que estava tudo certo. O secret�rio cuide do trabalho dele, que n�o me parece estar sendo bem feito nesse tempo todo, em vez de ficar fazendo coment�rios sobre a Assembleia Legislativa”, continuou Agostinho Patrus.

Privatiza��es


No fim de novembro, Otto Levy esteve na Assembleia e adotou discurso diferente quanto � Codemig. Ele disse que, agora, a ideia � vender a totalidade da empresa — e n�o apenas parte dos receb�veis, como o governo queria no ano passado. Citando, ainda, a discuss�o de poss�veis privatiza��es, Agostinho se mostrou contrariado com a transfer�ncia de responsabilidade sobre a crise financeira do estado � Assembleia. 

“Isso (debate sobre privatiza��es) depende da vontade da maioria dos parlamentares. Depende dos entendimentos dos l�deres e de uma s�rie de defini��es que ser�o feitas. O que a Assembleia n�o quer — e n�o vai permitir — � que, como foi feito um ano atr�s, seja dito que, se a Assembleia fizer isso ou aquilo, vamos resolver o problema do estado. Daqui a pouco v�o dizer ‘olha, se vender a Lua v�o conseguir pagar o 13° e, se vender o Sol, p�e o sal�rio em dia. A Assembleia vota legisla��es. Quem executa e resolve os problemas do Estado � o Executivo”, afirmou.

Depois, o presidente do Legislativo voltou a chamar Otto Levy de “fake news” e disse que a Casa n�o ser� “enganada”. “Daqui a pouco vai vir o secret�rio, esse mesmo fake news que citei, dizer. ‘se a Assembleia vender a Lua, pagamos o 13° em dia e, se a Assembleia vender o Sol em janeiro, p�e o sal�rio em dia. A gente fica cansado. Uma vez ser enganado, tudo bem. Duas j� � demais”.

Ao Estado de Minas, o secret�rio Otto Levy explicou que as terceiriza��es podem preencher a lacuna do projeto. “Caso (o projeto) n�o seja aprovado, n�s vamos cumprir a decis�o judicial, pois o governador n�o tem op��o, e at� fevereiro teremos que cancelar os contratos e buscar outras solu��es, que, de forma imediata, seria a terceiriza��o ou a busca de parceiros que possam realizar os servi�os em nome do estado", sustentou.

Governo diz que pandemia prejudicou opera��o


Em nota enviada � reportagem, o governo Zema explicou que a pandemia do novo coronav�rus atrapalhou os planos para a concretiza��o da venda dos receb�veis do ni�bio. Segundo o Executivo, a alternativa mais plaus�vel para sanar as contas � a venda da Codemig.

“Em mais um esfor�o para consertar os erros passados, foi enviado � Assembleia, em 2019, projeto de lei que tinha por objetivo a antecipa��o de receb�veis do ni�bio. Quando o projeto foi aprovado, em dezembro, houve questionamento do Minist�rio P�blico de Contas, o que trouxe instabilidade � concretiza��o da opera��o. Com o fechamento do ano no mercado financeiro, o Governo optou por esperar o in�cio de 2020 para realizar a venda, tendo como princ�pio a responsabilidade em realizar uma opera��o que fosse vantajosa para os cofres p�blicos. Com a pandemia, e a grave retra��o nos mercados, ficou inviabilizada a venda a um pre�o plaus�vel. Tendo em vista todas as a��es assertivas tomadas pelo Governo e a preocupa��o em pagar todo o 13° sal�rio do funcionalismo, � imprescind�vel que haja a privatiza��o da Codemig. Esse recurso ser� usado em benef�cio de todos os servidores p�blicos. Por isso, o governo reitera a necessidade de aprova��o do projeto que est� na Assembleia h� mais de um ano”, diz parte do texto.

Trechos destacados da entrevista de Agostinho Patrus

Pandemia do novo coronav�rus


"A Assembleia continua atenta e vigilante quanto � quest�o do coronav�rus. Tivemos, nesta semana, luto decretado pelos 10 mil mineiros, familiares e amigos, que perderam pessoas queridas. Continuamos vigilantes e ouvindo o setor m�dico da Casa, que se entender que, a qualquer momento, deve encerrar, reduzir atividades ou voltar � forma 100% remota, � o que a Mesa da Casa ir� fazer".

Elei��o em 2022


"A Assembleia vai, primeiro, se preocupar com 2021 e os seis primeiros meses de 2022. Temos desafios importantes a serem enfrentados. Temos grande responsabilidade com os mineiros. Os 77 deputados que aqui est�o representam 100% dos mineiros. Essa � a nossa preocupa��o. A elei��o fica para os momentos posteriores a essas responsabilidades que teremos no ano que vem e no primeiro semestre de 2022".

Press�o para vota��o de projeto sobre funcion�rios tempor�rios


"O secret�rio Otto Levy � conhecido aqui como ‘secret�rio fake news’ Ele j� veio aqui, no ano passado, e disse que, se a Assembleia votasse em 15 dias a antecipa��o do ni�bio, tinha 30 ou 40 empresas cadastradas na Bolsa de Valores para comercializar (os cr�ditos). A hora que ele come�ar a falar a verdade e expor as coisas com realidade, vamos ouvir".

Colaborou Marco Faleiro


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