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Estado de Minas ENTREVISTA

Ros�ngela moro revela saias-justas com Bolsonaro e voto no PT em 2002

Livro da mulher de S�rgio Moro registra bastidores da passagem do �cone da Lava-Jato pelo Planalto. Autora admite conflito conjugal por cr�tica dela ao governo


07/12/2020 04:00 - atualizado 07/12/2020 16:49

Em 'Os dias mais intensos: uma história pessoal de Sérgio Moro', Rosângela resgata marcos na carreira do ex-juiz(foto: Kellen Madu/Divulgação)
Em 'Os dias mais intensos: uma hist�ria pessoal de S�rgio Moro', Ros�ngela resgata marcos na carreira do ex-juiz (foto: Kellen Madu/Divulga��o)
Casada h� 21 anos com o ex-ministro da Justi�a e Seguran�a P�blica S�rgio Moro, Ros�ngela Wolff Moro, 46, � uma mulher apaixonada. Essa � a caracter�stica mais marcante do livro Os dias mais intensos: uma hist�ria pessoal de S�rgio Moro, que ela acaba de lan�ar pela editora Planeta (152 p., R$ 44,90,). Na obra, ela descreve os momentos que viveu ao lado do marido durante o per�odo de quinze meses em que ele foi um dos homens mais importantes do governo do presidente Jair Bolsonaro (sem partido), bem como suas impress�es sobre a Opera��o Lava-Jato

Em seus relatos, a advogada constr�i uma esp�cie de perfil positivo do c�njuge. Aos olhos dela, Moro � um homem imparcial, estudioso, de invej�vel retid�o. N�o se observa, por parte da autora, um esfor�o de isen��o, necess�rio para equilibrar at� mesmo as narrativas mais pessoais.

Ros�ngela tamb�m fica devendo um mergulho mais realista e aprofundado no relacionamento do casal durante a passagem de Moro pelo Planalto. A publica��o faz poucas men��es aos impactos que o evento teve no casamento. Um dos poucos momentos de tens�o abordados � o epis�dio em que advogada apagou um post publicado em seu perfil no Instagram a pedido do marido. A mensagem, postada no in�cio da pandemia de COVID-19, manifestava apoio ao ent�o ministro da Sa�de Luiz Henrique Mandetta, o que n�o agradou a Bolsonaro. O fato, contudo, � relatado sem muitos detalhes. 

Mas h� revela��es que surpreendem o leitor.  No livro, a autora conta que votou em Lula (PT) em 2002. J� em 2018, disse que n�o conseguiu votar em Haddad e ent�o optou por Bolsonaro, que ela define como "outsider que se propunha a mudar os rumos do pa�s”.

A seguir, os principais trechos da entrevista concedida virtualmente ao Estado de Minas.

Ao deixar o governo, o ex-ministro S�rgio Moro disse que o presidente havia prometido a ele autonomia e liberdade para desenvolver um trabalho t�cnico, mas n�o cumpriu essa promessa. Ocorre que Bolsonaro n�o � um pol�tico estreante. Ao longo de sua trajet�ria no Legislativo, ele demonstrou que n�o era exatamente afeito a quadros t�cnicos. Praticou at� mesmo nepotismo. A senhora chegou a antever que embarcar no atual governo poderia ser um equ�voco e alertou o seu marido sobre isso?

Veja: na candidatura de 2018,  a Lava-Jato, com a chama muito acesa, foi uma bandeira que fez parte da campanha presidencial de maneira significativa. Eu n�o conhecia a fundo a trajet�ria de Bolsonaro, embora soubesse que ele tinha algumas falhas, algumas posturas inapropriadas e pol�micas. Mas, naquele cen�rio de 2018, tudo o que ele falou na campanha era, sim, uma bandeira que agradava. O combate � corrup��o, cercar-se de pessoas absolutamente t�cnicas… Ele iniciou o mandato cercado de pessoas t�cnicas. Eu n�o me recordo de, at� ent�o, ter visto um time de ministros com 100% de pessoas t�cnicas, com curr�culos t�o significativos. Acontece que, depois, o presidente n�o deu autonomia aos t�cnicos.

Quando o S�rgio recebeu esse convite, ele n�o pensou na carreira dele em nenhum momento. Aceitou justamente porque, naquele clima de mudan�a, na venda do pacote da campanha, com outros ministros de grande envergadura se juntando ao governo, ele achou que poderia, sim, sedimentar os avan�os da Lava-Jato. A Lava-Jato mostrou um esquema de corrup��o grav�ssimo, que n�o faz bem ao pa�s. Ent�o, ele entendeu que, fora do Judici�rio, dentro do Executivo, com o apoio do Planalto, poderia encampar a pauta anticorrup��o. Ele acreditou, sim, que poderia consolidar isso. Nem passou pela cabe�a dele que o cargo era uma esp�cie de promo��o. At� porque, se voc� compara o cargo de juiz com o cargo de ministro – e eu n�o estou dizendo que um � melhor ou pior do que outro –, do ponto de vista do conforto pessoal ou financeiro, da estabilidade, o cargo de magistrado � muito melhor. Magistrado passa no concurso e tem um emprego vital�cio, o ministro, n�o. Ent�o, em nenhum momento esse assunto veio � discuss�o. As reflex�es foram num outro sentido. No sentido de acreditar que seria poss�vel sedimentar (as conquistas da Lava-Jato).

Foi uma decis�o dif�cil, porque ele rompeu com 22 anos de magistratura. Ele entrou querendo que desse certo, para cumprir os quatro anos deste governo na condi��o de ministro. Infelizmente, as pautas se distanciaram. E, quando ele entendeu que n�o poderia mais levar adiante a fun��o dele para dar o resultado que o presidente e os eleitores esperavam, a�, ele desembarcou do governo.

A senhora, ent�o, compartilhava das mesmas expectativas do seu marido com rela��o a este governo. �  isso?

A minha vis�o, como esposa, � de que se trata da profiss�o dele. E eu n�o queria nem quero ser casada com uma pessoa frustrada no seu of�cio. Logo, n�o o influenciei em nada, n�o falei “v�”, nem “n�o v�”. A gente analisou o cen�rio e eu disse “meu querido, a decis�o � sua e, no que voc� decidir, � claro que eu vou te apoiar”. Ele tem de estar feliz, realizado fazendo seu trabalho. N�o quero ser a causa da frustra��o de ningu�m.

Agora, quando ele j� estava no governo, em agosto de 2019, quando eu vi as “frituras”, o modus operandi do “vou fritar um ministro” acontecer e percebi que isso ia acontecer com ele, aquilo magoou um pouco. Porque isso vinha de pessoas do pr�prio Planalto, do time que estava em campo para ganhar. Ent�o, esses ataques doeram mais que aqueles que vieram da oposi��o, de pessoas de outras vertentes. Ali, sim, me bateu uma intui��o. Ali eu intu� que n�o ia dar certo, porque o S�rgio n�o entrou no governo para ser subserviente, para fazer a vontade de ningu�m.  Ele � uma pessoa que se dedica muito. O primeiro programa que ele lan�ou no minist�rio foi “Fa�a a coisa certa”. Se ele n�o tivesse esse perfil de fazer a coisa certa, do imp�rio da lei, do devido processo legal, a Lava-Jato n�o teria condenado as pessoas que condenou ou mostrado os crimes que mostrou.

Moro parece ter interesse em dar continuidade � carreira pol�tica. Nesse caso, a participa��o no governo Bolsonaro….

(Interrompe a pergunta). Isso � voc� quem est� falando.

A senhora n�o confirma esse interesse?

Veja, o S�rgio est� se reinserindo na iniciativa privada, � o que a gente tem para hoje.

Mas a possibilidade de dar continuidade � carreira pol�tica est� descartada?

Veja, a gente tem de trabalhar com o dia de hoje. E o dia de hoje �: ele n�o � mais juiz e n�o � mais ministro. E, assim, como todo mundo, tem contas a pagar. �gua, luz, telefone, escola, os boletos chegam aos montes aqui todo final do m�s. O S�rgio j� se inseriu na iniciativa privada e esse � o nosso foco hoje. N�o temos como viver confabulando, pensando no que vai acontecer no per�odo de um ano, dois, dez anos. Por enquanto, est� programado assim: trabalhar na iniciativa privada e pagar as contas no fim do m�s.

Bom, de todo modo, o que eu ia perguntar �...

(Interrompe novamente a pergunta) De novo, � voc� quem est� falando. Eu n�o falei isso para voc�. O S�rgio acabou de ser contratado por uma empresa privada. Portanto, nosso foco, no momento, � esse. E mais detalhes sobre o que vamos fazer no �mbito da nossa vida privada talvez nem caibam nessa entrevista porque o S�rgio n�o exerce mais uma fun��o p�blica. � merecido que a gente tenha um pouco mais de privacidade agora.

Mas na hip�tese de uma poss�vel candidatura � Presid�ncia do Moro, a senhora considera que ter passado pelo governo Bolsonaro possa manchar o curr�culo dele? Era isso o que eu ia perguntar. 

Olha, eu nem tenho resposta para isso. Esses assuntos n�o est�o aqui na nossa pauta.

Sobre a reinser��o do seu marido na iniciativa privada: Moro foi contratado recentemente pela consultoria americana �lvarez & Marsal. Um dos principais clientes dessa empresa � a Odebrecht, uma das empreiteiras mais afetadas pela opera��o Lava-Jato. O ex-ministro recebeu cr�ticas at� mesmo de aliados por ter aceitado o cargo. A senhora chegou a ponderar com ele as quest�es �ticas relacionadas a essa oferta de emprego?

Sobre essa quest�o, que diz respeito �s escolhas profissionais do S�rgio, voc� deveria perguntar a ele. Quanto �s cr�ticas, se S�rgio decidir hoje fazer vestibular para medicina, v�o criticar. Se decidir comprar um caminh�o de frutas e vender na esquina, v�o criticar. Ele est� sempre no radar das pessoas. A gente espera que, agora, na iniciativa privada, isso baixe um pouco e a gente possa ter um pouco mais de privacidade. N�o posso entrar em detalhes sobre a contrata��o, at� porque ela tem cl�usula de confidencialidade. E eu n�o sou parte do contrato. Ent�o, n�o me sinto � vontade para falar. Mas as cr�ticas me parecem partir de pessoas que sequer sabem o que � uma empresa como a �lvarez & Marsal. N�o � um escrit�rio de advocacia, n�o vai fazer defesa de uma empresa ou de outra.

Em abril deste ano, a senhora deletou um post no Instagram em que elogiava a atua��o do ent�o ministro da Sa�de Luiz Henrique Mandetta. A senhora j� disse publicamente que foi o Moro quem pediu que a mensagem fosse apagada. Esse pedido gerou algum conflito conjugal?
 
'In Mandetta I trust', escreveu Rosângela Moro em seu perfil no Instagram, no início da pandemia. O post foi apagado a pedido do marido.(foto: Instagram/Reprodução)
'In Mandetta I trust', escreveu Ros�ngela Moro em seu perfil no Instagram, no in�cio da pandemia. O post foi apagado a pedido do marido. (foto: Instagram/Reprodu��o)
� claro que gerou. As pessoas, de uma maneira equivocada, acham que, quando eu falo, � ele falando e vice-versa. E n�o � isso. A gente pensa muito igual sobre muitas coisas, mas cada um se expressa � sua maneira. Sobre aquele post, � o seguinte. Eu trabalho com associa��es de pessoas com doen�as raras, tema que envolve o direito � sa�de e que me � muito caro. Quando surgiu, ent�o, a COVID, primeiro, eu fiquei muito feliz com o fato de que t�nhamos um m�dico na pasta da Sa�de. Me causava um alento saber disso, que havia um m�dico ali e um m�dico com experi�ncia na gest�o do SUS. O brasileiro n�o estava acostumado com ministros t�cnicos. Mas n�s passamos a um momento de negacionismo dentro do Planalto, que me causou muita preocupa��o. E, a�, eu coloquei, sim, uma mensagem de apoio ao Mandetta. N�o com o objetivo de ofender ou provocar o presidente, mas no sentido de chamar as pessoas � reflex�o de que, em se tratando de sa�de, precis�vamos ouvir os m�dicos. Essa � a seguran�a que as pessoas precisam ter, n�o podemos nos basear em achismos.

Essa mensagem parece que gerou um desconforto. O presidente cobrou do meu marido uma explica��o. Ningu�m pode discordar nesse governo. Eu n�o digo nem criticar, n�o pode nem discordar. Porque, se voc� discorda, vira inimigo n�mero um. Houve, ent�o, um constrangimento, o S�rgio tamb�m n�o tinha total liberdade para discordar –  em que pese o fato de que ele nunca teve uma postura negacionista. O presidente cobrou dele e ele me pediu que apagasse o post.

O presidente mostrou para o S�rgio um print da sua mensagem e foi tirar satisfa��o? Como foi?

Deve ter mostrado, eu n�o me recordo desses detalhes menores. Sei que houve um desconforto. � claro que eu n�o fiquei feliz em apagar o post, mas, entre ser feliz e ter raz�o… da� eu disse “Ah, t� bom, n�o vou ficar criando confus�o. Vamos fluir a vida com outras coisas”. Mas continuo pensando que, entre ci�ncia e achismo, na quest�o da sa�de, deve prevalecer a ci�ncia.

No seu livro, a senhora cita que, em 2019, ap�s o F�rum Econ�mico Mundial de Davos, na Su��a, o tema que dominou a aten��o do presidente durante a viagem de volta foi a sa�da do Brasil do ex-deputado federal Jean Wyllys. A senhora, no entanto, n�o diz exatamente o que aconteceu. Por qual motivo? Poderia dar esses detalhes aos seus leitores agora?

� curioso que isso tenha acontecido num grande evento, de repercuss�o mundial, em que as pessoas est�o tratando sobre temas como abertura do com�rcio internacional, mercados, economia e meio-ambiente. O natural, para mim, seria que as pessoas comentassem o que aconteceu no f�rum, suas percep��es, os pain�is. Mas o que dominou as conversas, pelo jeito, foi esse outro assunto, o fato de um parlamentar ter sa�do do Brasil.

Mas o que foi dito em Davos sobre isso? Em quais termos? Com qual tom? N�o me diga que o seu marido tamb�m pediu para censurar essa parte! 

Mas n�o tem mais detalhes. O que o livro mostra � isso, voc� sai de um f�rum econ�mico mundial, tem a chance de trocar com a sua equipe as suas percep��es, mas o assunto que domina � de menor import�ncia. Foi isso que eu quis mostrar.

Como ficou a conviv�ncia familiar durante a Lava-Jato e, posteriormente, ap�s a sa�da do S�rgio Moro do minist�rio, como desafeto do presidente? Como lidaram com os haters? Em algum momento, algu�m teve que recorrer a um antidepressivo?

'Sou muito apaixonada por ele. Ele abre a porta do carro pra mim até hoje, manda flores', diz Rosângela Moro sobre o marido(foto: Instagram/Reprodução)
'Sou muito apaixonada por ele. Ele abre a porta do carro pra mim at� hoje, manda flores', diz Ros�ngela Moro sobre o marido (foto: Instagram/Reprodu��o)
Todo mundo se lembra do S�rgio como juiz da Lava-jato, mas a carreira dele de juiz come�ou em 1996. Ele j� havia conduzido outros casos de grande impacto na sociedade, ao prender membros de organiza��es ligadas ao tr�fico de drogas, por exemplo. Logo, isso de ter a seguran�a amea�ada j� havia sido experimentado antes pela nossa fam�lia. Na �poca da Lava-Jato, o mais dif�cil de assimilar foi a quest�o do ass�dio. Em que pese o fato de a Lava-Jato envolver um grupo grande, com membros n�o s� da magistratura, como tamb�m Minist�rio P�blico e da Pol�cia Federal, por algum motivo as pessoas associam a opera��o sempre ao rosto do S�rgio. E isso nos deixou surpresos. Como assim? Um juiz que trabalha trancado em seu gabinete dez horas por dia, de repente, passa a ser tratado como se fosse artista, uma pessoa p�blica? Ent�o, essa parte foi a mais dif�cil: aprender a lidar com esse ass�dio. Com esse r�tulo de “celebridade”, por mais que a gente evitasse. N�o entendemos por que ele foi escolhido como rosto-s�mbolo da Lava-Jato. Outras pessoas desenvolveram trabalhos igualmente relevantes nessa opera��o.

O que voc� diria da sua conviv�ncia com o presidente Jair Bolsonaro?

Eu estive com o presidente pouqu�ssimas vezes. Eu o conheci pessoalmente – e rapidamente – na cerim�nia de diploma��o. Depois, estive com ele durante a assinatura de uma Medida Provis�ria, aquela que permite a venda de bens apreendidos, uma coisa assim. (MP 885/2019, editada em 9 de outubro de 2019, que facilita o repasse de recursos decorrentes da venda de bens apreendidos do tr�fico de drogas aos estados e ao Distrito Federal). Houve uma solenidade do Planalto e eu fui acompanhando o S�rgio. Eles conversaram rapidinho entre eles, eu ent�o cumprimentei o presidente. E uma outra vez que eu vi o Bolsonaro foi numa visita de cortesia dentro do hospital, logo ap�s uma daquelas cirurgias que ele fez. Eram situa��es em que o S�rgio e ele tinham assuntos a tratar, eu apenas estava presente, n�o pude interagir muito.

A senhora fala do seu marido de maneira apaixonada – ao menos � essa a impress�o de quem l� o seu livro. 

E � claro que eu sou (apaixonada). Absolutamente. A gente se d� superbem, a gente pensa muito igual. Temos uma rela��o de muita cumplicidade. Quando ele mais precisou de apoio, eu estava junto. Antes de ele assumir o minist�rio, houve um per�odo em que eu me ausentava muito por causa do meu trabalho. Mas a gente ficava tranquilo porque sempre um dos dois estava em casa com a fam�lia, com os filhos. Quando era eu que precisava viajar, estar fora de casa, ele sempre me apoiou. Os dias que ele passou no minist�rio foram intensos, tivemos de nos adaptar. Mas quando o lar tem respeito, amor e cumplicidade, as pessoas conseguem dar conta. Fora isso, sim, sim, sou muito apaixonada por ele. Ele abre a porta do carro pra mim at� hoje, manda flores…

Deixa bilhetinhos?

A� n�o, menos! (risos)

N�o acha que faltou expor, no seu livro, um pouco dos conflitos que voc�s viveram durante esses dias mais intensos? Imagino que eles devam ter existido…

O que eu tinha para falar sobre essa quest�o dos conflitos abordei quando contei sobre o post apagado. Eu vejo o S�rgio como uma pessoa muito estudiosa, ele l� muito. Tenho muita certeza de que ele faz o melhor no trabalho dele. Seja na Justi�a, seja no minist�rio, seja na iniciativa privada. Ent�o, eu n�o tenho momentos de cr�tica para te relatar.


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