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Estado de Minas REFORMA DA PREVID�NCIA

Dinheiro para obra da Vilarinho depende de vereadores n�o reeleitos

Projeto de Lei da Reforma da Previd�ncia ser� votado em primeiro turno na C�mara nesta quarta e pode impactar no recebimento de verbas pelo Munic�pio


09/12/2020 14:01 - atualizado 09/12/2020 15:18

Obras na Avenida Vilarinho, em Venda Nova, para tentar conter os efeitos das enchentes segurar as enchentes
Obras na Avenida Vilarinho, em Venda Nova, para tentar conter os efeitos das enchentes segurar as enchentes (foto: Leandro Couri/EM/D.A Press)
O dinheiro com o qual a Prefeitura de Belo Horizonte conta para financiar a constru��o de caixas de capta��o de �gua para conter as enchentes na Avenida Vilarinho, em Venda Nova, entre outras obras dependem da aprova��o de um projeto de lei votado nesta quarta-feira na C�mara Municipal


O PL em quest�o � nº 961/2020, sobre a chamada reforma da previd�ncia municipal. Por meio do referido projeto, pretende-se alterar as al�quotas de contribui��o previdenci�ria dos servidores p�blicos da capital. Por for�a da Emenda Constitucional nº 103/2019, Estados, o Distrito Federal e os Munic�pios n�o poder�o estabelecer al�quota inferior � da contribui��o dos servidores da Uni�o.

Belo Horizonte tem at� 31 de dezembro para adequar suas al�quotas, sob pena de perder o Certificado de Regularidade Previdenci�ria, sem o qual o Munic�pio ficaria impedido de receber recursos do Governo Federal e contrair empr�stimos.

A perda desses recursos traria um impacto altamente negativo para a cidade, como explica Gleison Pereira de Souza, subsecret�rio de Gest�o Previdenci�ria de Belo Horizonte, em entrevista ao Estado de Minas.

“Isso nos traz diversos problemas. Deixamos de realizar novas opera��es de cr�dito, empr�stimos que a PBH venha a negociar e recursos de conv�nios que a gente j� recebe, como a quest�o da Vilarinho, do BRT. Deixar�o, tamb�m, de vir recursos de compensa��o previdenci�ria no valor de quase R$1 milh�o por m�s. S�o valores repassados pela Uni�o, seja em forma de transfer�ncia volunt�ria – conv�nios – ou em forma de aval para opera��es de cr�dito”, afirma.

Pulando do barco

 

Dos 41 vereadores de Belo Horizonte que tentaram a reelei��o, apenas 17 conseguiram. Portanto, os 24 parlamentares que deixar�o a C�mara s�o maioria, o que poderia gerar um questionamento: qual ser� o caminho adotado por esses vereadores n�o reeleitos na vota��o da reforma da previd�ncia?

O vereador L�o Burgu�s (PSL), l�der do Governo na C�mara, disse que acredita no 'compromisso' dos colegas com a cidade.

“Acredito na responsabilidade desses vereadores. Muitos deles foram mais votados do que alguns vereadores eleitos. Ou seja, eles t�m responsabilidade com o povo de Belo Horizonte. Acredito sim que eles v�o votar a favor do projeto. Estou muito confiante na aprova��o”, declarou.

A opini�o converge com a do subsecret�rio de Gest�o Previdenci�ria. "Contamos com uma atitude republicana de todos os vereadores, seja dos que foram reeleitos ou n�o. Visto que todos eles, tenho certeza disso, trabalham trabalham para o bem da cidade, exercendo ou n�o a verean�a nos pr�ximos anos", afirmou Gleison Pereira de Souza.

Câmara Municipal de Belo Horizonte
C�mara Municipal de Belo Horizonte (foto: Leandro Couri/EM/D.A Press)

A reforma

A proposta inicial, apresentada pela Prefeitura de BH � de uma al�quota fixa de 14% para todas as categorias de servidores. Entretanto, a emenda nº 6, proposta pelo pr�prio Munic�pio, e uma subemenda apresentada pelo vereador L�o Burgu�s sugerem que os trabalhadores contribuam com al�quotas proporcionais aos seus rendimentos – 11% para quem recebe at� R$1.500, aumentando progressivamente at� 19%, para quem tem sal�rio acima de R$16 mil.

L�o Burgu�s critica a transfer�ncia de responsabilidade da Uni�o para Estados e Munic�pios e afirma que a reforma se tornou praticamente obrigat�ria para esses entes da federa��o.

“A Reforma da Previd�ncia foi uma bomba jogada pelo Governo Federal nas nossas m�os, porque obriga que se fa�a a mudan�a da al�quota previdenci�ria. N�o existe discuss�o. � obrigat�rio. Ou o Munic�pio perde o Certificado de Regularidade Previdenci�ria. Caso a gente perca esse certificado, obras como o BRT, os 80 milh�es de d�lares, obras da Vilarinho, todos esses empr�stimos que temos ser�o suspensos e n�o poderemos contrair novos. N�o poderemos ter transfer�ncias constitucionais. Ent�o ela se tornou obrigat�ria”, explica o vereador.

Consenso entre sindicatos?

Em audi�ncia p�blica realizada em 1º de dezembro na C�mara, entidades sindicais n�o chegaram a um acordo sobre as al�quotas a serem aplicadas.

Enquanto representantes do Sindicato dos Servidores P�blicos Municipais de Belo Horizonte (Sindibel) e Sindicato dos Trabalhadores Educa��o da Rede P�blica Municipal de BH (SindiRede-BH) defenderam a incid�ncia das al�quotas progressivas, o Sindicato dos Servidores do Legislativo do Munic�pio de Belo Horizonte (Sindslembh) e o Sindicato dos Auditores Fiscais e Auditores T�cnicos de Tributos Municipais de Belo Horizonte (Sinfisco) pregam a aplica��o da al�quota �nica de 14%.

Apesar dessa dissid�ncia com rela��o aos valores, L�o Burgu�s destaca como ponto positivo o fato das entidades sindicais n�o se oporem ao projeto.

“Uma coisa importante � destacar a responsabilidade dos sindicatos representam os servidores p�blicos que v�o ser onerados com esse aumento da contribui��o previdenci�ria. Todos eles entenderam a obriga��o dessa reforma e n�o est�o contra. O que eles discutem � o valor. Os sindicatos de trabalhadores que ganham mais, como m�dicos, auditores fiscais, querem a al�quota linear de 14%. Os sindicatos de quem ganha menos querem al�quota escalonada de 11% a 19%. Hoje n�o existe discuss�o na cidade se deve-se ou n�o aprovar isso. A discuss�o que existe, pelo menos por parte dos sindicatos, � sobre qual al�quota deve ser aplicada”, explica.

 

Plano B

Apesar da expectativa para a aprova��o da reforma, existe a possibilidade de o projeto ser rejeitado pelo legislativo municipal. Mesmo diante desse cen�rio, a Prefeitura afirma que n�o existe nenhum planejamento alternativo para o caso de uma eventual perda dos recursos financeiros.

N�o temos plano B. A regra � muito clara. Temos ci�ncia dela e seus vereadores tamb�m. Tenho certeza que eles t�m essa compreens�o. N�o existe um plano B”, diz Gleison Pereira de Souza, subsecret�rio de Gest�o Previdenci�ria da capital.

J� L�o Burgu�s tem como estrat�gia apresentar novamente um projeto de reforma, contando com a compreens�o dos demais vereadores. Algo na base do 'eu acredito'.

“O plano B � voltar com o projeto de novo. A cidade de Belo Horizonte n�o tem condi��o de viver sem isso. Perderia milh�es por m�s. Os pr�prios sindicatos j� entenderam. N�o estamos vendo movimenta��o dos sindicatos. Seria muito pouco populista dos sindicatos falar que n�o aceitam, que a reforma � absurda. Mas eles j� entenderam que n�o tem sa�da. � uma emenda constitucional. Belo Horizonte estaria descumprindo essa emenda. Se os sindicatos n�o est�o indo contra, n�o ser�o os vereadores que ir�o rejeitar um dinheiro que vir� para Belo Horizonte”, projeta o vereador.

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