Procurador-geral diz que suposto uso da Abin por Fl�vio Bolsonaro '� grave'

O procurador-geral da Rep�blica, Augusto Aras, afirmou que solicitou informa��es � Ag�ncia Brasileira de Intelig�ncia (Abin) e ao Gabinete de Seguran�a Institucional (GSI) sobre o suposto uso da entidade de intelig�ncia para auxiliar a defesa do senador Fl�vio Bolsonaro (Republicanos-RJ). Relat�rios produzidos pela institui��o teriam sido repassados aos advogados do parlamentar na tentativa de anular investiga��es que correm contra ele por suspeitas de corrup��o no caso das rachadinhas.

 

Aras afirmou que os fatos s�o "graves", mas que at� o momento, "n�o existem provas", apenas informa��es publicadas na imprensa. “O fato em si narrado � grave, o que n�s n�o temos s�o provas desses fatos. N�s n�o trabalhamos com narrativas. N�s trabalhamos com fatos e provas, por enquanto temos fatos transmitidos pela imprensa”, disse o procurador-geral ao ser questionado por jornalistas.

 

Ele afirmou que o Supremo tem entendimento de que den�ncias feitas na imprensa n�o consistem em provas e que � necess�rio elementos que embasem a abertura de investiga��o formal. Mais de 50 parlamentares enviaram pedidos para que a PGR investigue o caso.

 

“Na verdade, n�s recebemos somente ontem (segunda-feira) as representa��es do deputado Marcelo Freixo (PSol-RJ) e mais 50 deputados. Estas representa��es n�o trazem elementos materiais, trazem apenas not�cias de jornal", disse o procurador.

 

O chefe do Minist�rio P�blico afirmou, contudo, que uma investiga��o ser� aberta para tratar do caso. “O MP vai ter de fazer a investiga��o. Vamos fazer perguntas aos �rg�os competentes, ficamos � merc� dessas respostas. Sem os elementos ao menos indicados pela imprensa estaremos com dificuldade para fazer essas investiga��es, mas a imprensa contribuiria muito se fornecesse os elementos materiais”, completou Aras.

 

 

A ministra C�rmen L�cia deu prazo de 24 horas para que a Abin e o GSI expliquem as den�ncias. A determina��o foi emitida em nome do ministro Augusto Heleno e do diretor-geral da Ag�ncia, Alexandre Ramagem. A produ��o de dois relat�rios para auxiliar a defesa de Fl�vio foi revelada pela revista �poca.

 

A publica��o afirma que o setor de intelig�ncia do governo orientou a abertura de uma not�cia-crime na Procuradoria-Geral da Rep�blica pelos advogados questionando suposta defesa, sem autoriza��o da Justi�a, nas contas pessoais do senador Fl�vio Bolsonaro. Al�m disso, teria orientado a demiss�o de auditores da Receita e servidores da Controladoria-Geral da Uni�o (AGU). De fato, pelo menos um servidor da Receita foi desligado, "a pedido".