O "s�mbolo" do mensal�o foi beneficiado em mar�o por decis�o do Tribunal de Justi�a de Minas (TJ-MG), que autorizou a perman�ncia dele em casa por 90 dias, que foram sendo renovados desde ent�o.
O tribunal mineiro, contudo, enviou os autos a Barroso para a palavra final, pois o ministro � relator da execu��o da pena de Val�rio. O ex-empres�rio estava em regime semiaberto em Ribeir�o das Neves, na Regi�o Metropolitana de BH, quando foi beneficiado com a domiciliar. Por isso, em vez de retornar ao complexo penitenci�rio, ele foi mandado para a casa.
A PGR recorreu da decis�o alegando que a "liberta��o de presidi�rios � contraproducente", pois aumentaria o n�mero de pessoas que precisaria ser "persuadido a permanecer afastado do conv�vio social" para reduzir o cont�gio pelo novo coronav�rus.
Al�m disso, a Procuradoria alegou que a diabetes de Marcos Val�rio est� controlada e por isso ele n�o poderia ser enquadrado como integrante do grupo de risco.
Para Barroso, no entanto, as raz�es apresentadas pela PGR n�o justificariam a revoga��o da decis�o. O ministro frisou ainda que a Pol�cia Militar e a Pol�cia Civil est�o monitorando o cumprimento da pris�o domiciliar de Marcos Val�rio desde mar�o, e nenhuma irregularidade ou descumprimento foi informada.
Marcos Val�rio foi condenado a 37 anos de pris�o pelo esc�ndalo conhecido como mensal�o do PT, pagamento de "mesadas" a parlamentares em troca de apoio a projetos enviados pelo governo do ex-presidente Luiz In�cio Lula da Silva.
Em 2018, o ex-empres�rio foi condenado a mais 16 anos e nove meses de deten��o pelo "mensal�o mineiro", esquema que desviou R$ 35 milh�es de estatais mineiras para a campanha de reelei��o de Eduardo Azeredo (PSDB) em 1998 por meio de ag�ncias de publicidade.