
Para o economista Gil Castello Branco, secret�rio-geral da Associa��o Contas Abertas, as reformas n�o podem fracassar. Sem elas, “as ag�ncias de risco v�o rebaixar a nota soberana do Brasil, os investimentos internacionais escasseiam, os investidores nacionais v�o postergar aplica��es e in�cios de novos empreendimentos, a curva de juros futuros se acentua e o valor do d�lar, em rela��o ao real, vai disparar”.
Ele ressalta que o cidad�o comum n�o faz rela��o direta entre o desequil�brio fiscal e suas consequ�ncias. “Mas ele acarreta infla��o, aumento da taxa de juros e desemprego, efeitos que atingem a todos os brasileiros, notadamente os menos favorecidos”, aponta Castello Branco.
O economista lembra que h� sete anos, o Brasil come�a o ano no vermelho. A d�vida p�blica em rela��o ao PIB, que era de 56,28% em 2014, dever� chegar a 93,06% no fim de 2020. Em 2024 atingir� 100,90% conforme previs�es da Institui��o Fiscal Independente (IFI).
O resultado prim�rio dever� ser negativo at�, pelo menos, 2030. Em cen�rio otimista, o Brasil voltaria a equilibrar as suas contas a partir de 2026, enumera Castello Branco.
O resultado prim�rio dever� ser negativo at�, pelo menos, 2030. Em cen�rio otimista, o Brasil voltaria a equilibrar as suas contas a partir de 2026, enumera Castello Branco.
“Por isso, dentre as propostas, a mais urgente � a PEC Emergencial, que cria gatilhos para a redu��o das despesas obrigat�rias, suspende benef�cios tribut�rios e at� reduz sal�rios e jornada, quando a economia estiver em crise, o que est� acontecendo.
O pr�ximo ano (2021), ser� o terceiro consecutivo em que a Uni�o precisa se endividar para pagar despesas de custeio, o que fere a regra de ouro”, enfatiza. Ele diz que a PEC Emergencial (186/2019) tem efeitos colaterais, mas � necess�ria para “tirar a economia brasileira da UTI”.
No entanto, a demora do governo no encaminhamento das reformas ao Congresso, a pandemia e o ano eleitoral impediram a aprova��o das reformas e das PEC’s, o que causa instabilidade.
O pr�ximo ano (2021), ser� o terceiro consecutivo em que a Uni�o precisa se endividar para pagar despesas de custeio, o que fere a regra de ouro”, enfatiza. Ele diz que a PEC Emergencial (186/2019) tem efeitos colaterais, mas � necess�ria para “tirar a economia brasileira da UTI”.
No entanto, a demora do governo no encaminhamento das reformas ao Congresso, a pandemia e o ano eleitoral impediram a aprova��o das reformas e das PEC’s, o que causa instabilidade.
Os agentes econ�micos, afirma Castello Branco, est�o com d�vidas se o governo vai trilhar o caminho da austeridade e da responsabilidade fiscal ou se adotar� medidas populistas com vistas � reelei��o.
“A equipe econ�mica � liberal, mas o presidente da Rep�blica, n�o”. Paradoxalmente, os liberais da escola de Chicago foram respons�veis pela maior inje��o de recursos p�blicos em curto espa�o de tempo, cita.
“O risco � que, para manter a popularidade, o governo venha a adotar medidas irrespons�veis sob o prisma fiscal. E caso as PEC’s e as reformas n�o avancem, a situa��o fiscal se agravar�. Os recursos para investimentos (constru��o de escolas, creches, hospitais, compras de equipamentos para a sa�de) est�o minguando”, alerta o economista.
“A equipe econ�mica � liberal, mas o presidente da Rep�blica, n�o”. Paradoxalmente, os liberais da escola de Chicago foram respons�veis pela maior inje��o de recursos p�blicos em curto espa�o de tempo, cita.
“O risco � que, para manter a popularidade, o governo venha a adotar medidas irrespons�veis sob o prisma fiscal. E caso as PEC’s e as reformas n�o avancem, a situa��o fiscal se agravar�. Os recursos para investimentos (constru��o de escolas, creches, hospitais, compras de equipamentos para a sa�de) est�o minguando”, alerta o economista.