
Na decis�o, publicada nessa quinta-feira (07/01), a ju�za Fabiana Cunha Pasqua, da 29° Zona Eleitoral de Belo Horizonte, remete a a��o ao Tribunal Regional Eleitoral de Minas Gerais (TRE-MG) — segunda inst�ncia dos processos ligados a pleitos. A informa��o foi antecipada pelo G1 e confirmada pelo Estado de Minas.
Branco alega que, das 18 candidatas do Pros, nove obtiveram menos de 20 votos. O pessebista aponta, ainda, poss�veis liga��es entre as postulantes e pessoas que mant�m rela��es com Wesley. Se a Justi�a Eleitoral julgar os argumentos procedentes, o vereador pode perder o mandato. Se isso acontecer, o PSB, sem representantes na atual composi��o do Parlamento, pode herdar a vaga — que ficaria, justamente, com Edmar Branco, o mais votado da sigla.
A a��o cita Nayssa Barbosa, que concorreu a vereadora da capital mineira pelo Pros no ano passado. Segundo Branco, ela � irm� de um dos assessores de Wesley. Elaine de Assis, por sua vez, tamb�m teria liga��o com outro funcion�rio do parlamentar.
A magistrada Fabiana Cunha estipulou cinco dias como prazo para que os citados na a��o se manifestem. O prazo vale, tamb�m, para a apresenta��o de testemunhas. O Minist�rio P�blico Eleitoral (MPE) foi intimado.
Na elei��o do ano passado, Edmar Branco obteve 8.103 votos. A quantia foi insuficiente para a reelei��o. “A gente viu que tinha algo errado e fez a den�ncia. A Justi�a aceitou. Ent�o, agora, cabe a ela ver se tem algo errado — e punir, se algo for detectado”, afirmou, � reportagem.
Apoiador do presidente Jair Bolsonaro (sem partido), Wesley, por seu turno, foi escolhido por 4.958 belo-horizontinos. Apesar de ter ser menos votado que Branco, o candidato do Pros acabou eleito em virtude do sistema proporcional que rege as elei��es legislativas no Brasil. O modelo divide as cadeiras em disputa por meio da quantidade de votos recebida por toda a lista de candidatos apresentada pelas agremia��es.
Se irregularidades forem detectadas, haver� recontagem de votos. “N�o sei se (a recontagem) chega ao PSB. Estamos na torcida para que, se houver algo errado, que a Justi�a seja feita”, completou Edmar Branco.
A reportagem procurou Wesley Autoescola por meio de liga��es telef�nicas e mensagem enviada pelo WhatsApp. At� a publica��o deste conte�do, n�o houve retorno. O espa�o para manifesta��o segue aberto.
Outros candidatos do Pros tamb�m se movem
Um interlocutor ligado a outro candidato do Pros na elei��o passada diz que integrantes da chapa apresentada pelo partido pretendem ajuizar a��o contra Wesley. A alega��o do grupo � que o vereador foi o respons�vel por montar o grupo de candidatos. O objetivo do movimento � impedir que o Pros perca a vaga.
Filiados ao partido avaliam que o grande n�mero de candidatos com poucos votos impediu que o Pros conseguisse mais uma vaga na C�mara Municipal. Na legislatura passada, a agremia��o tinha dois representantes. Agora, tem apenas um.
Alvo de a��o ignorou colega e gerou revolta
Na �ltima sexta-feira (1), durante a posse dos parlamentares belo-horizontinos, Wesley Autoescola protagonizou cena de teor preconceituoso. No microfone do plen�rio, ele resolveu parabenizar a vereadora mais votada da cidade, mas cumprimentou Professora Marli (PP), e n�o Duda Salabert (PDT), que � transexual.
� ocasi�o, a pedetista criticou duramente a atitude do colega. “Vim aqui para discutir pol�tica, projetos de emprego, renda, moradia e sa�de para Belo Horizonte. Epis�dios transf�bicos, como o ocorrido aqui, a gente resolve fora da C�mara, indo � delegacia e fazendo den�ncia para que ele seja preso, caso se configure, de fato, como transfobia.”
Wesley ganhou notoriedade no ano passado, ao propor mo��o de aplausos a Bolonaro por suposta “atua��o exemplar e valorosa” ante a pandemia do novo coronav�rus. O texto acabou rejeitado.