
Em entrevista coletiva na sede do Parlamento, em Bras�lia, Maia citou epis�dios como a recusa � vacina da Pfizer, as controv�rsias em rela��o ao imunizante do Butantan e as diversas falas em prol de rem�dios sem efic�cia comprovada.
“N�o tenho d�vida nenhuma de que j� tem crime. Pelo menos o ministro da Sa�de j� cometeu crime. N�o tenho d�vida nenhuma. A irresponsabilidade dele de tratamento precoce, de n�o ter respondido � Pfizer, de n�o ter se aliado ao Butantan para acelerar a produ��o daquela vacina — e n�o apenas da Fiocruz. Tudo isso caracteriza crime. A Procuradoria-Geral da Rep�blica (PGR) j� est� investigando”, afirmou o deputado.
A carta em que a Pfizer pede celeridade ao governo brasileiro nas negocia��es por doses da vacina produzida em parceria com a BioNTech veio a p�blico no �ltimo s�bado (23). No mesmo dia, o procurador-geral da Rep�blica, Augusto-Aras, pediu ao Supremo Tribunal Federal (STF) a abertura de inqu�rito contra Pazuello. Um dos t�picos citados por Aras � a crise humanit�ria, decorrente da aus�ncia de oxig�nio em hospitais, em Manaus (AM).
Ao comentar o imbr�glio entre o Pal�cio do Planalto e a Pfizer, Rodrigo Maia defendeu a apura��o dos fatos por meio de uma Comiss�o Parlamentar de Inqu�rito (CPI).
"N�o ter respondido � Pfizer, ter tratado de forma irrelevante o alerta da Pfizer, para mim, � crime. S� que os crimes precisam ser investigados. Por isso defendo que a C�mara possa avan�ar em uma CPI, e essa CPI possa esclarecer tudo, para que a gente possa ter argumentos para dizer de quem s�o as responsabilidades”, afirmou.
No Congresso Nacional, parlamentares t�m recolhido assinaturas para a instala��o de uma comiss�o mista que apure, na C�mara e no Senado, as a��es da equipe de Jair Bolsonaro (sem partido) no enfrentamento ao novo coronav�rus.
Para a abertura dos trabalhos, � preciso que haja o aval de 171 deputados e 27 senadores. Os n�meros correspondem a um ter�o de cada uma das casas legislativas.
Maia critica postura de Lira e projeta crescimento de mineiro
Ainda nesta segunda, Maia comentou sobre a elei��o que define, no pr�ximo dia 1°, seu substituto no comando da C�mara para o bi�nio 2021-2022. Os favoritos � vit�ria s�o Arthur Lira (PP-AL), apoiado por Bolsonaro, e Baleia Rossi (MDB-SP), que tem a simpatia do atual presidente da Casa Legislativa.
Alguns deputados do DEM na Bahia, contudo, aderiram � candidatura de Lira. Apesar disso, Maia garantiu que Baleia deve ter entre 20 e 222 votos de parlamentares demistas.
“Esse jogo que a candidatura patrocinada pelo presidente da Rep�blica faz � um jogo que nunca vi aqui na C�mara: trabalhar para criar conflitos internos nos partidos. Todo mundo tem maturidade. O DEM estar� no bloco (de Baleia Rossi)”, garantiu.
O presidente do DEM na Bahia � ACM Neto, ex-prefeito de Salvador. Ele esteve com Lira nesta segunda para, de acordo com Maia, comunicar o apoio formal da legenda a Baleia.
Ao assegurar a vit�ria de Baleia, Rodrigo Maia garantiu que o emedebista deve chegar ao segundo turno ap�s ser o candidato com mais votos no pleito inicial. Ele projetou alguns “desembarques” da campanha de Lira em prol do mineiro F�bio Ramalho (MDB-MG), candidato independente. Nos c�lculos do presidente, Ramalho deve ser escolhido por cerca de 50 deputados.