
A demiss�o foi decidida ap�s o site O Antagonista mostrar mensagens trocadas entre o servidor e o chefe de gabinete de um deputado. A conversa teria rela��o com articula��es no Congresso para um futuro impeachment do presidente Jair Bolsonaro.
A troca de mensagens "chocou" a equipe de Mour�o. Aos colegas, Ricardo Filho disse ser v�tima de uma "arma��o". Na conversa publicada pelo site, um contato com o nome de Ricardo Roesch envia mensagens a um interlocutor identificado como chefe de gabinete de um parlamentar.
O servidor da Vice-Presid�ncia convida o destinat�rio a "tomar um caf� mais reservadamente" e sugere: "eu tenho conversado com os assessores de deputados mais pr�ximos � bom sempre estarmos preparados". O chefe de gabinete pergunta por qual motivo a prepara��o seria necess�ria. Primeiro, a pessoa identificada como Ricardo Filho alega que n�o seria "nada demais, articula��o normal mesmo". Em seguida, introduz um assunto e sugere a perda de for�a do general Augusto Heleno, chefe do Gabinete de Seguran�a Institucional (GSI) da Presid�ncia. "Sabe que Mour�o dividiu a ala militar", escreveu. "Antes Heleno dominava agora est�o divididos - Capit�o est� errando muito na pandemia - Gal. Mour�o � mais preparado e pol�tico voc� sabe disso".
Antes de confirmar a demiss�o do servidor, o gabinete de Mour�o emitiu uma nota por meio da qual repudiava a "inverdade de toda a narrativa" e dizia que ningu�m de sua equipe teve, tem ou ter� comportamento como aquele revelado pelo site O Antagonista. A nota apresentou, ainda, uma declara��o atribu�da ao vice, que � militar da reserva: "Na profiss�o que exerci por 46 anos a lealdade � uma virtude que n�o se negocia".
Ao jornal O Globo, Mour�o contou que o funcion�rio negou ter disparado as mensagens e alegou que seu celular foi hackeado. O vice, por�m, n�o acreditou na vers�o. "Agiu sem meu consentimento e contra minhas determina��es. Ser� exonerado", disse o vice-presidente nesta quinta.
Na ter�a-feira (26), em entrevista � CNN Brasil, Mour�o reclamou da falta de di�logo com o presidente Jair Bolsonaro. "N�o h� conversas seguidas entre n�s. As conversas s�o bem espor�dicas", disse o vice. "Faz falta at� para eu entender em determinados momentos o que eu preciso fazer".
Em entrevista ao Estad�o no �ltimo dia 15, Mour�o recha�ou a tese de impeachment. "Deixa o cara governar, p�!", afirmou ele. "N�o vejo hoje que haja condi��o de prosperar qualquer pedido de impeachment contra o presidente Bolsonaro".