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Estado de Minas

Mandetta: 'Pena que este governo � t�o ruim e n�o est� entregando vacinas'

Lentid�o na imuniza��o da popula��o brasileira foi criticada pelo ex-ministro da Sa�de; muta��es aumentam risco de problemas generalizados


25/02/2021 19:00 - atualizado 25/02/2021 00:09

Mandetta lembrou que há muitas incertezas em torno da COVID-19(foto: AFP / Sergio LIMA)
Mandetta lembrou que h� muitas incertezas em torno da COVID-19 (foto: AFP / Sergio LIMA)
Enquanto variantes do novo coronav�rus avan�am pelo territ�rio brasileiro, a estrat�gia nacional de imuniza��o caminha a passos lentos. Para o ex-ministro da Sa�de, Luiz Henrique Mandetta, o governo federal n�o tem aproveitado o potencial do Sistema �nico de Sa�de (SUS), reconhecido internacionalmente pela velocidade das campanhas de vacina��o. 

Em entrevista ao Estado de Minas, o m�dico disse que, al�m das medidas de preven��o, as inje��es s�o as �nicas formas de minimizar o colapso que se abate sobre algumas regi�es do pa�s.  “Tendo a oportunidade, vacine-se. Vacina, vacina e vacina. Pena que este governo � t�o ruim e n�o est� entregando as vacinas ao SUS, que tem uma das maiores experi�ncias do mundo em sistema de vacina��o. Temos uma Ferrari e um motorista de Toyota Bandeirante que n�o p�s gasolina para a Ferrari andar. Isso � o que tem dado ansiedade. Tendo a oportunidade, vacine-se”, afirmou. 

A Toyota Bandeirante, citada por Mandetta, � um tipo de jipe, modelo de ve�culo bastante utilizado por tropas militares. Eduardo Pazuello, atual ministro da Sa�de, � general do Ex�rcito.

Mandetta lembrou que h� muitas incertezas em torno da COVID-19. O espalhamento de muta��es, portanto, torna ainda mais essenciais medidas que j� se tornaram corriqueiras, como uso de m�scaras

“Proteja-se, n�o se exponha e n�o saia de casa, se poss�vel. Se sair, guarde dist�ncia de tr�s metros das pessoas. Use m�scaras e lave as m�os muitas vezes ao dia — se n�o tiver �lcool, use �gua e sab�o. Evite aglomera��es. N�o pense que � um passeio no parque. � uma doen�a grave e que n�o tem previsibilidade. H� gente jovem que achamos que vai sair tranquila, mas morre; h� gente de idade que achamos que pode ter problemas, mas se sai bem. Ainda h� muita coisa dessa doen�a que n�o est� bem explicada”.

‘Bomba at�mica’

Luiz Henrique Mandetta foi demitido pelo presidente Jair Bolsonaro (sem partido) em abril, ap�s diverg�ncias sobre o cumprimento de medidas referendadas pela ci�ncia. O substituto, Nelson Teich, durou menos de um m�s no Pal�cio do Planalto. Veio, ent�o, Eduardo Pazuello.

A equipe da pasta tamb�m sofreu dr�sticas mudan�as. Ap�s a sa�da de Mandetta, nomes como Wanderson de Oliveira, secret�rio de Vigil�ncia, e Jo�o Gabbardo dos Reis, que ocupava a secretaria executiva, tamb�m desembarcaram do governo. Muitos postos acabaram preenchidos por militares.

“A troca total da equipe do Minist�rio da Sa�de — e n�o estou falando do ministro, que voc� pode trocar —, mas da retirada de Wanderson, Gabbardo e de todos que estavam ali embaixo, substituindo-os por militares, � uma bomba at�mica dentro do setor de sa�de, que deveria acarretar em queda de 100% da Bolsa, e n�o de 20%, como no caso da Petrobras. � de total indigna��o o que n�s, as fam�lias e as empresas est�o sofrendo por culpa �nica e exclusivamente do presidente da Rep�blica, que brincou e brinca com a vida das pessoas”, protestou o ex-ministro, fazendo alus�o � recente troca no comando da estatal de petr�leo.

A entrevista

O Estado de Minas publica, nesta quinta (25), trechos de entrevista exclusiva com Luiz Henrique Mandetta. A conversa ocorreu �s v�speras do primeiro caso de COVID-19 no pa�s, registrado em 26 de fevereiro do ano passado, completar um ano. � ocasi�o, ele era o ministro da Sa�de. A �ntegra vai ao ar nesta sexta (26), nas p�ginas impressas do jornal e na internet.


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