
Para justificar a decis�o, o Partido Novo alegou que o “bolsonarismo, assim como o petismo, tem como prop�sito melhorar a vida de alguns �s custas da maioria”. Al�m disso, a dire��o da legenda afirmou que, "ap�s dois anos de governo, foi visto que o bolsonarismo pode causar tanto mal quanto o petismo”.
Para o Novo, o governo federal "abandonou" as pautas "essenciais para o cidad�o", como as reformas. Al�m disso, a sigla reprovou o estilo de comunica��o de Jair Bolsonaro, classificando como "ofensiva", citando como exemplos as falas contra o Congresso Nacional, o Poder Judici�rio e o Sistema Eleitoral.
O Novo tamb�m citou a interfer�ncia de Bolsonaro no comando da Pol�cia Federal e o uso da m�quina p�blica para produzir a defesa de familiares do presidente em processos.
A pandemia tamb�m foi lembrada pela dire��o do Novo para se afastar do governo Bolsonaro. O partido disse que o presidente "divulgou medicamento n�o recomendado pelas autoridades sanit�rias" e trocou diversas vezes o comando do Minist�rio da Sa�de. A sigla tamb�m afirmou que o governo deixou de priorizar a compra de vacinas e o planejamento de imuniza��o, "impactando na quantidade de �bitos e prolongando o per�odo de incertezas ao postergar a retomada normal das atividades econ�micas".
Zema
Filiado ao Partido Novo, o governador de Minas Gerais, Romeu Zema, foi um dos chefes de Executivo estaduais que n�o assinou uma nota de rep�dio contra Bolsonaro, emitida na �ltima segunda-feira (1º/03). Ao todo, 19 dos 27 governantes se colocam contra Bolsonaro, ap�s um post feito no dia 28 de fevereiro com valores relativos a repasses aos estados em 2020.
J� na �ltima quinta-feira (04/03), governadores se uniram para enviar uma carta a Bolsonaro, pedindo que o Governo Federal adote medidas para conseguir mais doses das vacina contra a COVID-19. Novamente, Zema n�o assinou a nota. Ao todo, 14 dos 27 governadores chancelaram o documento.
Veja, na �ntegra, a manifesta��o do Novo
O NOVO nasceu a partir de um prop�sito: melhorar de forma duradoura a qualidade de vida do maior n�mero de pessoas. Para cumprir este objetivo, o caminho escolhido foi o da pol�tica, com a cria��o de um partido baseado em ideias, princ�pios e valores, e neste sentido, o NOVO apresenta a sua Diretriz Partid�ria de nº 03.
O bolsonarismo, assim como o petismo, tem como prop�sito o oposto: melhorar a vida de alguns �s custas da maioria. Os meios tamb�m diferem. No lugar de ideias, vemos pol�micas; ao inv�s de princ�pios e valores, oportunismo.
Ap�s 2 anos de governo, vemos que o bolsonarismo pode causar tanto mal quanto o petismo aos brasileiros. O NOVO �, e sempre ser�, oposi��o a qualquer ideologia pol�tica perversa e populista que v� na dire��o oposta da constru��o do Brasil que merecemos.
Diante do cen�rio de nova polariza��o entre bolsonarismo e petismo que se desenha para 2022, o NOVO trabalhar� ainda mais arduamente para que o Brasil tenha um caminho alternativo nas urnas.
Diretriz Partid�ria DN-NOVO – ATO N° 03 DE 06 MAR�O DE 2021.
O DIRET�RIO NACIONAL do PARTIDO NOVO - NOVO, no uso das compet�ncias que lhe conferem o art. 7º, §1º, da Lei 9.504/97 e o art. 31, incisos, III, IV, XXIV, XXV e XXVI do seu Estatuto, RESOLVE estabelecer novas Diretrizes Partid�rias do NOVO, sem revogar quaisquer outras anteriores, o que o faz nos seguintes termos:
• Considerando que a atua��o do Partido NOVO tem por princ�pios da sua funda��o zelar pelo cumprimento da Constitui��o Federal, defender os Direitos Fundamentais nela garantidos, a Democracia e as institui��es a ela inerentes, contribuindo para o desenvolvimento socioecon�mico sustent�vel do nosso pa�s e o respeito � liberdade de express�o, em defesa dos princ�pios republicanos de respeito � coisa p�blica e ao bem comum, em busca da efici�ncia e qualidade na gest�o p�blica (art. 2º do Estatuto do NOVO)
• Considerando o abandono pelo Governo Federal de pautas relevantes envolvendo reformas essenciais para o cidad�o e para o retorno ao crescimento sustent�vel do pa�s;
• Considerando a forma de comunica��o ofensiva utilizada pelo Presidente da Rep�blica em v�rias ocasi�es para com as institui��es democr�ticas estabelecidas, entre elas o Congresso Nacional, o Poder Judici�rio e o Sistema Eleitoral, acabando por estimular discursos e a��es radicais contra estas institui��es, tanto nas redes sociais, quanto em atos p�blicos;
• Considerando o abandono das pol�ticas anticorrup��o, culminando com o encerramento da Lava Jato, maior opera��o de combate � corrup��o da hist�ria da Rep�blica Federativa do Brasil, por meio de ato do Procurador-Geral escolhido para o cargo pelo Presidente da Rep�blica;
• Considerando a interfer�ncia direta do Presidente da Rep�blica em institui��es do Estado como a Pol�cia Federal, na escolha direta de cargos n�o diretamente ligados ao Presidente, contrariando seu ent�o Ministro da Justi�a, escolhido exatamente por sua atua��o no combate a corrup��o, e tamb�m se omitindo sobre a acusa��o da participa��o de �rg�o do Governo na elabora��o de material para a defesa em processos de interesse e/ou envolvimento de seus familiares, totalmente estranhos �s fun��es que devem nortear tais atribui��es;
• Considerando a atua��o do Minist�rio das Rela��es Exteriores voltada a quest�es ideol�gicas, e n�o aos mais importantes e relevantes interesses que devem nortear o bom relacionamento entres as na��es e com �nfase nos interesses econ�micos e comerciais do Brasil;
• Considerando as omiss�es e a falta de lideran�a do Presidente da Rep�blica que, ao longo da maior crise sanit�ria mundial do �ltimo s�culo, deixou de coordenar as a��es, optando por menosprezar o problema, desprezando a��es de efetivo controle da pandemia, divulgando medicamento n�o recomendado pelas autoridades sanit�rias; acabando por trocar tr�s vezes o ministro da Sa�de, at� escolher aquele que, por n�o ter conhecimento da �rea de sa�de e sua estrutura, deixou de criar as m�nimas condi��es para um melhor controle e combate da pandemia, por meio de est�mulos e informa��es � popula��o acerca da mais adequada maneira de se realizar o controle da dissemina��o do v�rus da Covid-19; deixando de priorizar, de maneira pr�via e imediata, a compra e o planejamento da distribui��o de vacinas para a popula��o brasileira, hoje notadamente em falta, impactando na eleva��o da quantidade de �bitos e prolongando o per�odo de incertezas ao postergar a retomada normal das atividades econ�micas.
• Considerando a percep��o do uso pelo Governo Federal de falas e a��es populistas e irrespons�veis, j� t�o combatidas pelo NOVO quando utilizadas em governos anteriores;
• Considerando a uniformidade de posicionamento do NOVO, centrado em princ�pios e valores, a exemplo do seu posicionamento frente aos governos do PT, em que sempre se manifestou de forma clara e objetiva, se opondo frontalmente a atos e pol�ticas populistas e contr�rias aos interesses do eleitor e do pagador de impostos;
• Considerando que as pr�ticas populistas e patrimonialistas do governo ao longo dos �ltimos dois anos em nada se diferenciam das pr�ticas antirrepublicanas dos governos do PT, �s quais o Novo sempre se op�s
Art. 1º - O Partido NOVO posiciona-se como oposi��o ao atual Governo Federal, orienta��o esta que nortear� desde j� tanto nossas posi��es institucionais quanto nossas candidaturas para 2022.
Orientando-se, fundamentalmente:
I - no disposto no Estatuto Partid�rio;
II - nos Princ�pios fundantes do Partido; e
III – nos considerandos iniciais desta Diretriz.
Par�grafo Primeiro: ressalva-se que a atua��o e vota��o dos mandat�rios seguir� sendo pautada de acordo e em conson�ncia com os princ�pios e valores do NOVO e a favor do Brasil, n�o sendo seus votos, como jamais foram, definidos pela orienta��o do governo em rela��o �s mat�rias colocadas em pauta.
Par�grafo Segundo: a bancada federal permanecer� formalmente independente na C�mara dos Deputados, n�o se aliando aos partidos do bloco de oposi��o que, assim como o governo, tamb�m n�o apresentam compatibilidade com os princ�pios e valores do NOVO.
A posi��o institucional do NOVO, portanto, jamais ser� contr�ria aos interesses do pa�s, mas sim �s irresponsabilidades cometidas pelo governo.
Art. 2º - O Partido NOVO tamb�m reitera, e assim orienta seus filiados, contra a realiza��o, fomento, divulga��o ou repasse de quaisquer atos ou discursos que visem a desmoraliza��o das institui��es democr�ticas, envolvendo quaisquer dos tr�s poderes federais, os �rg�os de Estado e o processo eleitoral.
A presente Diretriz Partid�ria entra em vigor na data de sua publica��o.