
Segundo apurou o Estado de Minas, o documento j� tem pelo menos 30 assinaturas — eram necess�rias 26 para dar prosseguimento ao pedido. O aval � cria��o do colegiado caber� ao presidente do poder Legislativo, Agostinho Patrus (PV).
As respostas, contudo, n�o deixaram os deputados estaduais satisfeitos. O requerimento para a cria��o da CPI teve Ulysses Gomes (PT) como primeiro signat�rio. Entusiastas da ideia buscam mais assinaturas para levar � frente o pedido.
Al�m da quest�o ligada aos imunizantes aplicados em funcion�rios do governo, a CPI quer informa��es sobre o montante de recursos aplicados pelo governo nas a��es de combate � COVID-19. A ideia � ter detalhes sobre quest�es como o n�mero de leitos contratados para ampliar o combate ao v�rus.
O presidente da Comiss�o de Sa�de do Legislativo, Jo�o V�tor Xavier (Cidadania), lembrou que grupos como as for�as de seguran�a, os professores e parte dos idosos ainda n�o foram vacinados. “A rainha da Inglaterra esperou a fila de vacina��o. Porque o secret�rio de Estado de Sa�de de Minas Gerais e os servidores da parte administrativa da secretaria n�o poderiam esperar?”, disse.
Antes dos deputados oficializarem o in�cio da coleta de assinaturas, um grupo solicitou ao secret�rio que fornecesse a lista de cerca de 500 servidores da sa�de que receberam as inje��es. Amaral explicou que precisaria conversar com o departamento jur�dico do governo antes de entregar o documento. A postura incomodou os parlamentares.
“Muito foi dito e muito pouco foi respondido. Parecem aquelas respostas do Rolando Lero”, afirmou Jo�o V�tor, em men��o ao famoso personagem da “Escolinha do Professor Raimundo”, da "Rede Globo".
O Minist�rio P�blico de Minas Gerais (MPMG) tamb�m est� apurando a aplica��o de vacinas nos servidores da sa�de. A aplica��o das inje��es em funcion�rios que n�o est�o na linha de frente foi revelada pelo portal "R7".
Agostinho Patrus teceu duras cr�ticas e classificou como “trem da alegria” a antecipa��o de doses a pessoas que n�o comp�em os grupos priorit�rios. “O Parlamento mineiro n�o vai se calar diante de um maior absurdo. Aqueles que devem vigiar a linha e tomar conta das galinhas s�o os primeiros a serem vacinados”.

Deputados se esquivam sobre afastamento de Amaral
Os deputados evitaram tratar de um poss�vel pedido de afastamento de Carlos Eduardo Amaral da chefia da sa�de estadual. “Nomeamos nosso gabinete. Quem nomeia e tira secret�rios � o governador do estado. Essa decis�o � exclusiva do governador. O que entendo, como presidente da Comiss�o de Sa�de, � que o secret�rio precisa apresentar respostas que n�o foram apresentadas hoje. Em o secret�rio n�o apresentando, o governador precisa apresentar”, explicou Jo�o V�tor Xavier.Ulysses Gomes pediu aumento do investimento estadual em quest�es de sa�de. “Falta uma posi��o mais r�gida e determinada do governo do estado. O que a gente quer, independentemente da troca de secret�rio, � que o governador Zema invista mais recursos, ao contr�rio do que aconteceu. O governo reduziu investimentos e estamos colhendo um tr�gico resultado.”, criticou.
Entenda como funciona uma CPI
As CPIs s�o formadas para apurar den�ncias de irregularidades. Uma comiss�o do tipo t�m poderes de Justi�a e, portanto, pode convocar suspeitos a prestar depoimentos, ouvir testemunhas e outras pessoas ligadas ao caso em quest�o. Ao fim dos trabalhos, o grupo de parlamentares constr�i um relat�rio final com as conclus�es obtidas ao longo do processo de investiga��o.
Na Assembleia de Minas, as CPIs podem funcionar por 120 dias. Posteriormente, � poss�vel prorrogar os trabalhos por mais 60 dias.